3 de dezembro de 2017

DUBAI SEVENS TERMINA COM ÁFRICA DO SUL NO COMANDO

Enquanto no Torneio International Invitation o Samurai não conseguiu chegar à final, embora tenha vencido a equipa de Desenvolvimento da França nos quartos de final por 22-14, a grande vencedora do final de semana foi a África do Sul, que venceu na final da primeira etapa do Circuito Mundial a Nova Zelândia por 24-12.

A Inglaterra assegurou o terceiro lugar do Dubai Sevens, derrotando a Fiji por 28-21, enquanto a Austrália derrotou a Samoa por 22-17 assegurando o quinto lugar na prova.
Quénia e Escócia completaram o lote das equipas que disputaram a Cup, e na final do Challenge Trophy (9º lugar) a França bateu a Espanha por 21-12.


Voltando ao Torneio International Invitation, o Speranza 22 derrotou o Samurai nas meias finais por 22-14 e bateu a equipa da Academia de sevens da África do Sul na final por 17-5.
Enquanto isso o Samurai perdia na disputa do terceiro lugar frente aos franceses do Froggies por 24-19.

É com enorme tristeza que vejo o completo alheamento português deste tipo de eventos, e apenas quero ressaltar que entre as 16 equipas que participaram do International Invitation se contavam as seleções da Alemanha, da Irlanda, da Geórgia e da Zâmbia, além das equipas de Desenvolvimento (com este ou outro nome) da Alemanha, da França, da África do Sul e do Canadá.

Portugal já ocupou uma posição de destaque nos sevens mundiais, mas as últimas gestões federativas não entenderam o potencial da variante, mesmo depois dela ser integrada nos Jogos Olímpicos, e nunca fizeram qualquer investimento na mesma.

Não vale a pena virem argumentar que foi graças ao seu esforço que Portugal esteve representado no Circuito Mundial ou teve presenças nos Mundiais, porque isso não passa de treta.

Nunca houve um investimento, nem um aproveitamento das naturais aptidões dos jogadores portugueses por esta variante, que sempre foi encarada como uma coisa menor, sem importância.
Portugal podia claramente ser uma potência do Rugby Sevens, se tivesse havido um olhar inteligente sobre a variante, mas não conseguiu atingir esse patamar, apesar do esforço e dedicação de alguns dos seus jogadores e treinadores.

O resultado está aí, enquanto Portugal tem que se contentar com a presença de alguns dos seus jogadores numa prestigiada equipa de convites, a generalidade dos países se esforça por melhorar e investe seriamente numa variante que tem um incrível potencial de divulgação, e mesmo de geração de receitas como o conjunto dos torneios realizados este final de semana no Dubai demonstra.
E nada se faz para tentar recuperar o terreno perdido!

Agora que todos esperamos que Cassiano Neves deixe o cargo que de forma tão desastrosa tem ocupado, é bom que aqueles que se pretendam candidatar ao cargo tenham bem noção da importância dos sevens, afinal o meio que o rugby encontrou para estar presente no maior evento desportivo do Mundo: os Jogos Olímpicos.

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