4 de junho de 2017

PORTUGAL MELHORA NO GPS MAS É PRECISO MAIS

Embora a nossa equipa nacional tenha tido um comportamento acima do que se esperava, em especial no primeiro dia em que se sagrou vencedora do seu grupo de apuramento depois de bater a França e a Inglaterra, vamos ter que melhorar se queremos manter as nossas esperanças de qualificação para o Mundial e para o Torneio de Qualificação do Circuito Mundial.

O segundo dia do Moscovo Sevens começou para os portugueses com uma derrota frente à Irlanda por 19-17 que nos afastou da luta pelos primeiros quatro lugares, e é precisamente aí que precisamos melhorar.
Se realmente pretendemos conseguir os apuramentos referidos no corpo da notícia, temos obrigatoriamente que entrar no grupo dos quatro melhores nos torneios que falta realizar.


Reparem que na nossa frente, acedendo ao grupo dos quatro melhores ficaram apenas quatro candidatos ao apuramento para o Mundial de São Francisco - Irlanda, Espanha, Rússia e Itália - e nós temos que conseguir ultrapassar três desses candidatos se queremos is ver e comparar a ponte de lá com a nossa ponte sobre o Tejo...

Já para o qualificativo para o Circuito Mundial as coisas estão um pouco melhores, já que das equipas que ficaram na nossa frente, apenas Irlanda e Itália contam.
Ou seja, temos que conseguir ultrapassar uma destas equipas, sem que nenhuma outra candidata passe por nós.

Afastado da luta pela Cup, restava a Portugal lutar pelo 5º lugar, e mesmo com dificuldade lá conseguimos passar a Geórgia com 14-5 no marcador.
Na final da Plate (5º lugar) encontrámos a França novamente, e desta vez os franceses foram melhores, não apenas nos aspetos técnicos e físicos, mas ainda no aspeto disciplinar que nos poderia ter saído caro, obrigando os nossos jogadores a repensarem a sua atitude em campo (e fora dele), mesmo quando as coisas não nos correm de feição.

Em resumo, uma presença positiva da equipa portuguesa, de que realçamos a atitude lutadora dos nossos jogadores, que apenas nos pareceram com poucas pernas para o segundo dia da prova.

Para finalizar uma palavra para o Paulo Duarte que esteve bastante bem durante toda a competição, e terminou com a sua atuação numa das meias finais (Rússia-Irlanda) e na final (Espanha-Irlanda). Foi claramente o árbitro do fim de semana.

Veja agora o quadro completo dos resultados do Moscovo Sevens.


A SEGUNDA ETAPA, EM LODZ, NA POLÓNIA
Concluída a primeira etapa do GPS, importa salientar que Portugal passou do grupo das seis mais fracas, para o grupo das seis mais fortes, e que isso tem reflexos imediatos na seleção dos nossos adversários no próximo sábado.

Na verdade, sendo um dos seis primeiros, significa que - no plano da teoria - apenas temos no nosso grupo uma equipa melhor do que nós, no caso a Irlanda, e que as outras duas equipas são - de novo em teoria - mais fracas do que nós.

Fiquem com o quadro dos primeiros jogos do próximo sábado e a constituição dos três grupos de apuramento.


JOGOS OLÍMPICOS DE 2020 - O APURAMENTO
Falámos na semana passada no apuramento para o Mundial de 2018 em São Francisco, e no apuramento para equipa residente do Circuito Mundial em 2018-19.

Hoje, embora de uma forma rápida, vamos abordar o apuramento para os Jogos Olímpicos de 2020 que se vão realizar em Tóquio.

Embora ainda não esteja definido como será esse apuramento, recorde-se que em 2016 das 12 equipas apenas sete chegaram ao Rio de Janeiro através de torneios de qualificação, tanto nos Homens, como nas Mulheres, já que um dos lugares foi reservado para o país organizador, e quatro ficaram a pertencer aos primeiros quatro classificados do Circuito Mundial.

Se a situação se mantiver, então na Europa apenas uma equipa se apurará, o que torna tudo muito complicado, embora possa haver ainda outro país a conseguir chegar a Tóquio, mas através do torneio de repescagem Olímpica.

O que já se sabe é que, seja qual for o numero de equipas a apurar, o único torneio de apuramento olímpico na Europa, será o GPS do ano de 2019.

No meio disto tudo fala-se de muita coisa, mas a maior parte não deve passar de conversa da treta.
A única boca que pode ter fundamento diz respeito à união das equipas da Inglaterra, País de Gales e Escócia numa equipa da Grã-Bretanha, para disputar o Circuito Mundial de Sevens, e fortalecer as suas hipóteses de apuramento através dele.
A ser assim, colocam-se duas hipóteses quanto ao futuro do Circuito Mundial, já que das 15 equipas residentes, duas desapareceriam.

A primeira possibilidade é que mantendo-se o formato de 16 equipas, sejam qualificadas duas equipas mais para substituir as que saem, dando assim um forte impulso nas expectativas dos principais candidatos ao (agora) único lugar em aberto.

Mas fala-se numa outra possibilidade, que é um verdadeiro aborto - como o é o formato Olímpico de 12 equipas! - de reduzir o Circuito Mundial de 16 para 12 equipas também!
Isto iria colocar fora da cena internacional quatro equipas - as duas britânicas, mais outras duas - e reduzir drasticamente as esperanças daquelas que pensam em lutar por uma vaga naquele Circuito Mundial

Partindo da possibilidade desta redução, há quem fale na criação de uma Liga de Acesso com outras 12 equipas, que substituiria o único torneio de qualificação para equipas residentes, que se tem realizado em Hong Kong.

Vamos aguardar que o bom senso prevaleça e que em vez de ser o Circuito Mundial a ser reduzido para 12 participantes, seja o Torneio Olímpico a ser alargado a 16 equipas, no mais que aprovado formato dos quatro grupos de quatro com que o Circuito da World Rugby se tem disputado.

1 comentário:

Pedro disse...

Boa noite, sei que o meu comentário não se enquadra neste post mas gostava de saber se alguém entrou em contacto com o Cedate Gomes Sá do Racing 92 para vir a Portugal treinar e jogar pelos lobos. Obrigado, Pedro