13 de junho de 2017

PORTUGAL EM CONTÍNUA RENOVAÇÃO AFUNDA-SE NO GPS

Um fim de semana para esquecer, empurra Portugal para a cauda do pelotão da Europa de Sevens, regressando da Polónia com um empate e uma vitória e a 11ª posição entre 12 seleções nacionais.

Aquela que um dia - e durante muitos anos - foi a melhor equipa europeia da modalidade, foi perdendo o seu estatuto aos poucos, e este fim de semana teve uma das suas piores classificações desde que o Europeu teve início em 2002.

Na verdade esta foi a segunda vez que Portugal ficou na 11ª posição (a outra vez foi em Lyon em 2014), a que se seguiram dois décimos lugares (Bucareste 2014 e Gdynia 2016) e dois nonos (Manchester 2014 e Exeter 2016). (cf. em  www.portugalsevens.maodemestre.com)

Fala-se muito que isto se deve ao fato dos outros países terem apostado nos sevens, e isso é meia verdade (ou meia mentira, se preferirem).
Porque enquanto os outros apostaram nos sevens, Portugal orgulhosamente só, resolveu que os sevens são uma menoridade e abandonou completamente a variante.
Então, se durante muitos anos - em que ninguém (dizem os intelectuais) ligava aos sevens - Portugal foi a melhor equipa da Europa, porque não começámos a dar importância aos sevens no nosso país enquanto era tempo?
Não consigo entender este raciocínio. Somos os melhores sem nada fazermos por isso, apenas pela natural habilidade dos nossos jogadores e técnicos, mas se os outros começam a fazer alguma coisa, nós, em vez de fazermos o mesmo, desistimos! Simplesmente desistimos!

Podia dizer-se que desistimos dos sevens porque tínhamos um plano. Mas a verdade é que nem Amado da Silva, nem Cassiano Neves mostraram plano algum!
Um disse mata, o outro vem a seguir e diz esfola!

Claro que nem Cabé, nem Cassi, são os únicos responsáveis! Tem mais! Muito mais.
E tem os clubes! Que são ainda mais responsáveis, porque nunca fizeram fosse o que fosse para parar este chorrilho de asneiras!

Os "clubes da província" passam todo o tempo a lamuriar-se do que a federação faz para proteger os "clubes de Lisboa".
Mas o que fazem os "clubes da província" para evitar esse estado de coisas? Porra nenhuma!

QUANTO AOS SEVENS...
Com o resultado do Torneio de Lodz Portugal fica praticamente afastado do Mundial de sevens de 2018 e do apuramento para equipa residente do Circuito Mundial em 2018-19.
Matematicamente ainda é possível, mas não depende de nós, e esta vai ser mais uma pérola na coroa do presidente da FPR que já lá tem uma série delas!

Numa semana, entre Moscovo e Lodz, oito dos 12 jogadores de Portugal foram mudados, o que é uma situação que nunca deveria ter acontecido e inviabiliza qualquer possibilidade de formação de uma verdadeira equipa.

Dons oito jogadores agora chamados, dois fizeram a sua estréia internacional, um já tinha participado num torneio em Setembro de 2016, e outro participou em quatro torneios na época passada.
Frederico Oliveira regressa à equipa nacional, com 45 participações entre Junho de 2008 e Novembro de 2013, João Belo, que se estreou em Setembro de 2014 e conta com 22 torneios disputados até Julho de 2016, Nuno Sousa Guedes, com 30 participações entre Dezembro de 2012 e Julho de 2015, e finalmente Pedro Leal, que conta com 97 torneios disputados entre Dezembro de 2004 e Julho de 2016, completam o lote dos nossos jogadores.

Uma palavra para os nossos árbitros, Paulo Duarte e Filipa Jales, que estiveram respectivamente em Lodz e em Ostrava na República Checa (no Trophy do Europeu de Sevens Feminino), e que, curiosamente, apitaram cinco jogos cada e ambos apitaram o jogo do 3º lugar do torneio em que atuaram  - Irlanda-País de Gales (Paulo Duarte) e Roménia-Ucrânia (Filipa Jales).
Parabéns aos dois!

Fiquem com a constituição da equipa portuguesa, com os resultados do fim de semana e com o ranking do Grand Prix Sevens, depois desta segunda etapa.

(Com realce a amarelo, os quatro jogadores que estiveram em Moscovo)



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