16 de janeiro de 2015

MESMO COM DERBY EM MONSANTO, CDUP-AGRONOMIA É O JOGO DA JORNADA *


* António Henriques 
Num fim-de-semana que marca o regresso das competições europeias de clubes – e no que concerne a emblemas nacionais teremos a novidade da presença do CDUL na agora criada fase de qualifying para a edição 2015/16 da Challenge Cup, deslocando-se os campeões nacionais a Veneto para defrontar o Mogliano Rugby no jogo inaugural do grupo B –, disputa-se internamente a 13.ª jornada da DH com duelos entre equipas do mesmo grupo, folgando desta feita Belenenses e CRAV.

Depois dos dilatados desfechos que aconteceram nas quatro desiguais partidas da ronda da passada semana, há condições para o menu deste fim-de-semana ter mais equilíbrio, pelo menos nalguns jogos, o que traz sempre um superior interesse a quem assiste… e para quem comenta.
Mas tal como os melões, só depois de abertos poderemos saber como os encontros se vão desenrolar. Ora pelo menos em Leça da Palmeira (e seria bom em Monsanto e também na visita da Académica a um diminuído CDUL…) tudo aponta para um duelo rasgadinho e picante q.b.. A ver vamos. 

Este é o programa completo da 13.ª jornada disputada maioritariamente no sábado e concluída no domingo:                    

CDUL-ACADÉMICA (EU Lisboa, 15.00)
Com o plantel completo, este seria um jogo de 5 pontos para os campeões nacionais sem qualquer margem para dúvidas (sabem quantos foram no jogo da 1.ª volta? 71-13 e 11-1 em ensaios para os lisboetas). Agora sabendo que, por exemplo, dos 22 universitários que estiveram na Taça Ibérica em Valladolid, 18 viajaram até Veneto – sobram Pedro Cabral, Tiago Girão, João Almeida e Tomás Botelho – aí as coisas já parecem mais equilibradas.
A palavra agora passa para os jogadores disponíveis do CDUL para este compromisso nacional, habituais segundas opções e que vão querer mostrar a razão de englobarem o plantel de um campeão nacional – algo que já não pode ser oferecido de mão beijada. Do lado dos pretos, ocasião rara e única para conseguirem o seu primeiro êxito fora de casa nesta DH. E seria bom não a desperdiçarem, pois olhem que não vão ter muitas mais como esta…
     
RC MONTEMOR-CASCAIS (Montemor, 16.00)
O último classificado recebe a equipa, primeiro surpresa e agora já certeza da época, que apenas perdeu por duas vezes e na 1.ª volta venceu na Guia por claros 17-0. Os homens da Linha não marcam muitos ensaios (33, contra os 67 de Direito ou mesmo os 53 já conseguidos pelo Técnico, equipa que até está atrás de si na tabela), mas já mostram uma assinalável consistência, pelo que novo triunfo será certamente o que os vai embalar na viagem de regresso de Montemor.
Para os alentejanos ainda não será amanhã dia para obter o segundo êxito da temporada, absolutamente necessário para reentrar na luta pela permanência.

CDUP-AGRONOMIA (Leça da Palmeira, 18.00)
5.º classificado recebe o 6.º na partida mais aguardada da ronda e com vista direta para o play-off. No jogo da 1.ª volta os agrónomos não precisaram de suar para derrubar na altura um débil CDUP (33-10 e 5-1 em ensaios). Mas essa jovem equipa portuense já não é mais o quinze que se apresentava pronto para a degola na maioria dos campos, sendo uma presa demasiado dócil e fácil. Ganhou peito, somou experiência, levantou o queixo e enfrenta agora os adversários de olhos nos olhos, o que pode tornar bem desconfortável esta deslocação ao Norte da equipa da Tapada.
Conjunto que parece estar em subida, mas não é na defesa que Agronomia apresenta problemas, pois apesar das suas 6 derrotas, é a 2.ª equipa com menos ensaios concedidos (14, só atrás de Direito) e tem, curiosamente, os mesmos pontos sofridos que CDUL (0 derrotas) e Cascais (2). Mas a atacar os agrónomos vêm denotando dificuldades (atente-se aos zero pontos marcados em Arcos de Valdevez!), o que não deixa de ser estranho face aos nomes que compõem as suas linhas atrasadas.
Esta será a grande oportunidade para as duas equipas mostrarem ao que vêm para o resto do campeonato. O 5.º lugar está à mão de semear… e a Académica espreita.

DIREITO-TÉCNICO (Monsanto, domingo, 15.00)
Ao longo dos anos confronto entre advogados e engenheiros, qualquer que seja a prova, é sempre ocasião para reavivar uma rivalidade que se arrasta há muito. Pena é – para quem gosta de duelos emotivos e equilibrados, bem entendido, por que para o lado de Monsanto os recentes 10/12 anos têm proporcionado fortes motivos de gozo… – que nos últimos tempos Direito tenha ganho um ascendente tão claro que acaba por tornar este ‘derby’ numa mera recordação daquilo que já foi.
E para não irmos mais longe quanto ao momento de forma e atual situação de ambos, basta atentarmos no que aconteceu no último fim-de-semana, com advogados a pregarem 10 ensaios ao Belenenses enquanto viam os engenheiros serem cristalinamente batidos em casa por um CDUL que nem precisou de fazer uma exibição por aí além.
Quer isto dizer que o encontro que encerra a jornada será mais um assinalado por acentuado desnível? Calma, que já se percebeu que o quinze das Olaias passa de bestial a besta (e vice-versa) com extrema facilidade. E com mais uma semana de adaptação e conhecimento dos seus dois mais recentes elementos, o trio neozelandês pode causar alguns embaraços. Mas não cremos que o consistente conjunto armado por Martim Aguiar – mais pontos e ensaios marcados, menos ensaios e pontos sofridos da DH – abdique de somar a sua 10.ª vitória na prova.

13 comentários:

Anónimo disse...

O jogo CDUL x Académica é uma das tais situações em que se deveria adiar.

É situação que pode beneficiar a Académica, caso ganhe, prejudicando outros adversários directos.

Desta vez não vamos ouvir queixas vindas do lado de Coimbra.

Anónimo disse...

Um CDUL de segundas escolhas chegou e sobrou para a Académica!

A AAAC nunca chegou verdadeiramente a assustar um misto de três ou quatro titulares habituais, uns quantos veteranos (grande Acosta)e um punhado de valorosos jovens, com destaque para o n.º 10 do CDUL, com 17 anos de idade...

Parabéns ao CDUL ! E assim vai o rugby português...

Anónimo disse...

Pois é, e se calhar ainda há quem ache que a FPR não tem razão. Talvez se comece a perceber que não basta haver mais jogadores, mais clubes e mais competição. É fundamenta haver melhores jogadores , melhores equipas e dessa forma melhor competição. É por isso que penso que a proposta do presidente é a que melhor satisfaz neste contexto.
CDUL e Direito são indiscutivelmente as melhores equipas que por agora não têm oposição. Apenas Agronomia que está claramente a recuperar e que tem excelentes condiçoes de trabalho com uma assinalavel sustentação nos seus muitos jovens, o Cascais exactamente pelas mesmas razões, se lhes podem opor. Mais remotamente e por questões opostas, o Belenenses com escolas mas sem séniores e condiçoes de trabalho, e o Técnico com boas condiçoes , uma razoavel equipa de seniores, mas sem formação, terão que contar com um gigante adormecido que logo que reuna condiçoes de trabalho vai ser um Clube dominador no rugby nacional. Fali do CDUP que sendo o Clube do Porto pode arranjar financiamentos como nenhum outro clube em Portugal. A Académica e o Benfica , em restruturação, serão a mefio prazo equipasde topo. Por isso me parce que é preciso alterar o modelo competitivo e como jyxtifiquei o 6+6 é o que melhor serve.

Anónimo disse...

Bom Dia

Em primeiro lugar queria dizer que me parece que esta forma de andar sempre a mudar o figurino da competição é má. Não se dá tempo de os resultados aparecerem nem de se validar o modelo competitivo.

Com todas estas mudanças dá a sensação de que tudo é feito sem planeamento a longo prazo, sem estratégia e fruto apenas das conveniências do momento.
Independentemente do mérito da nova proposta estas constantes mudanças ficam mal á Direcção da FPR e da sua estrutura profissional.

Quanto ao mérito da proposta sinceramente ela parece uma forma de cristalizar a actual evolução do Rugby Nacional, os bons ficarão bons (mas sem que evoluam grandemente), os médios ficarão para sempre médios (sem hipóteses de evolução porque a entrada ou saída de membros de cada um dos grupos se restringe a apenas um) e os clubes mais fracos ficarão fracos.

É evidente que este tipo de competição restringida a seis clubes vai pretensamente trazer mais competitividade mas isso é diferente de trazer mais qualidade.

Parece evidente que existem treze clubes em Portugal (sim apenas treze clubes, que miséria) que levam o Rugby mais a sério ou se quiserem com mais qualidade, são eles os 10 da DH mais Lousã, Évora e Benfica. Todos os outros clubes têm um rugby de muito fraca qualidade e em nada comparável não só na qualidade técnica mas também na filosofia que cimenta os clubes (a cultura do clube) com este TOP 13.

Estes treze clubes são poucos, muito poucos, para podermos ficar descansados com o futuro do rugby e a sua expansão e evolução. Tem no entanto uma coisa muito boa são treze clubes que estão dispersos do Minho ao Alentejo e por isso podem constituir o núcleo do desenvolvimento do rugby e implementação territorial em termos de qualidade técnica.
Claramente estes treze clubes deveriam poder jogar uns contra os outros e constituir apenas uma divisão (ainda que claramente existisse acentuadas diferenças entre eles mas isso acontece em todos os campeonatos de todos os países).

Existem depois todos os outros clubes, que com o devido respeito estão longe de perceber ou sequer saber o que é alta competição, sem desprimor mas para muitos deles o rugby é a desculpa para umas noites de copos e muita cerveja entre os jogadores mas pouco mais. Nestes clubes não se treina, ou treina-se pouco, não se faz ginásio, ou faz-se pouco, não existe cultura de competição e o cimento que os une não é o desejo de superação e vitória. Estes clubes praticam o chamado Rugby Social. Têm eles direito a existir? claro que sim e devem existir porque são muito importantes para o rugby agora não vale a pena querer pô-los a jogar um rugby mais competitivo porque os próprios jogadores recusam a ideia (O Caldas apresentou isto como um dos argumentos para a rescisão com a Groundlink)).

O Sporting está coberto de razão na proposta que faz, reduziam-se as despesas em deslocações, o que permitia investimentos noutras áreas, a inclusão das equipas B iria dar uma maior competitividade a este modelo (ainda que fosse injusto para as Equipas B de alguns clubes, já imaginaram o que seria a Equipa B de um CDUL ou Direito a jogar contra um Caldas ou um São Miguel?!) o que é que estas equipas B iriam ganhar? provavelmente nada a não ser que os clubes ditos grandes estavam a dar a sua contribuição para o Rugby Nacional e permitir que todos os clubes tivessem um vislumbre do que é competição.

Por ultimo se os clubes do TOP 6 entendem que o actual modelo alargado não é suficiente, então criem eles próprios uma Super Liga uma vez que já nada os impede de o fazer.

Á FPR um conselho pare de fazer reuniões de comadres, discuta os modelos competitivos de forma aberta em que todos tenham a oportunidade de ouvir a opinião de todos, deixe um tempo de discussão e só mais tarde se tome a decisão porque fazer o que têm andado a fazer é mais do mesmo, ou seja mudar o modelo de dois em dois anos.

Anónimo disse...

Comentário das 13.49. Tem muita razão em muito do que afirma e menos razão noutras. Uma por exemplo é julgar que qualquer experiência deve ter um prazo mais alargado. Estaria correcto, não fosse o caso dos clubes portugueses sofrerem enormes alterações dum ano para o outro. Basta faltar um patrocinador, basta sair um elemento preponderante duma direcção, basta alguns atletas atingirem o limite de idade, etc. Etc., vemos com frequência um clube estar no topo e passados dois ou três anos estar na mó de baixo. Por isso haver alterações nas duas principais divisões é perfeitamente natural, do que andar a deixar cair completamente uma fórmula e depois ser mais difícil regressar. Como diz, temos 13 clubes bem estruturados. Eu diria que temos mais uns quantos. Caldas, Moita, Setúbal, Agrária, Guimarães, Famalicao, o próprio Sporting ( ainda não me convenceu muito, mas está num bom caminho) o Loulé, Bairrada, que já estão num patamar acima do tal rugby social. Precisam de mais apoio, seja técnico, seja no apoio aos directores desses clubes. Troca de experiências, para cada um nas suas terras poderem melhorar sem fazerem asneiras. Cada caso é um caso, e por isso devia haver os tais congressos para troca de experiências. Vemos muitos directores recentemente chegados ao rugby que apresentam soluções que a muitos que andam nisto à muitos anos já esqueceram. É preciso conhecer a realidade de cada clube e incutir-lhes formação, troca de experiências e sobretudo ânimo para não desistirem. Como disse num post atrás já estou um bocado por tudo quanto a novas fórmulas e só faço votos que o que a Direcção (Presidente) decidir seja decidido depois de ouvir todos os clubes. Claro que não é em reuniões de uma hora que todos podem apresentar as suas razões, os seus interesses, as suas preocupações, etc. Por isso defendo, tal como se fez à muitos anos atrás que se realizem congressos, onde sejam debatidos em grupos bem definidos tudo o que ao rugby interessa. É tanta a diversidade de interesses e posições que mesmo não se resolvendo tudo, muito se pode evitar de pernicioso para nós todos.
Nota: aos muitos clubes que não mencionei atrás, peço as minhas desculpas mas este post foi feito ao correr da pena e sem qualquer rigor estatístico.
José Redondo

Anónimo disse...

Acabei de enviar o post e logo me lembrei de mais dois clubes em minha opinião, bem estruturados. O Santarém e o S. Miguel. Outros haverá certamente. Nao os quis, obviamente, ofender. Foi lapso. José Redondo

Antonio Ferreira Marques disse...

Ao anónimo das 13:49h
Gostaria de deixar três esclarecimentos relativos às opiniões apresentadas:
- a referência à razão invocada pelo Caldas para não prosseguir a opção Groundlink, resultado da escolha dos jogadores por solução menos exigente, ou foi mal transmitida ou mal compreendida;
- a referência a apenas existirem 13 Clubes "organizados" em Portugal - os potenciais 6 + 6 e o Benfica, revela desconhecimento da realidade de como se trabalha ... e luta em muitos Clubes da província;
- as opiniões referem-se ao modelo competitivo do escalão sénior - que é o que está em discussão, mas quando se opina sobre os Clubes há que ter em conta todo o trabalho em todos os escalões. Os resultados do escalão de topo são muitas vezes circunstanciais, como aliás a atual classificação da Divisão de Honra demonstra.
Aproveito para colocar algumas "opiniões" entendidas como simples contributos para discussão:
- Conceitos como "competição" e "competitividade" não são sinónimos. Pode existir mais competição e a competitividade do Rugby português continuar baixa.
- Nesta discussão as questões do financiamento do modelo competitivo têm que entrar na equação.
Lanço um desafio para pensar-mos:
Os custos base dos Clubes - inscrições, seguros, arbitragem????, deslocações poderiam ser "financiados" totalmente pela FPR, através de "sponsorização" obtida tipo "franchising", com obrigação de todos os Clubes publicitarem esses apoios - é uma solução já desenvolvida na Argentina - obrigado pela informação Patrício, e comum no modelo desportivo americano - referido pelo CDUL quando da apresentação da sua proposta. Bases idênticas para todos os clubes, a diferenciação obtida pelo mérito de cada um em ter projetos credíveis para obter apoios.
Todos queremos um Rugby mais "competitivo".
Todos conhecemos as limitações - não temos condições de "profissionalismos" total, competimos com outros desportos com "imagem" mais atrativa? Temos dificuldade de deixarmos de ser "tão senhores do nosso ego".
Mas, amamos um Desporto de excelência e podemos e devemos ser capazes de encontar soluções.
Viva o Rugby

Unknown disse...

A opinião do Sr. José Redondo, saber de experiência feito, reflecte ideias essenciais sobre as quais todos devemos reflectir e discutir.

Antonio Ferreira Marques disse...

A opinião do Sr. José Redondo - conhecimento de experiência feito - reflete as questões essenciais que todos deveríamos ponderar e discutir.
A natureza e complexidade do tema, Modelo Competitivo - e dos que lhe estão subjacentes, necessitam de tempo e espaço.
Congresso, Encontro ... o que se quiser seria uma boa oportunidade.
António Ferreira marques

Anónimo disse...

O José Redondo sabe muito bem que só tem quatro jogos competitivos este ano e sabe também muito bem que se o modelo for este os clubes de topo da Primeirona não podem evoluir como merecem, daí a importância de um modelo alargado de clubes na DH.

O António Ferreira Marques sabe do que fala, o exemplo de um campeonato competitivo mas sem qualidade é o da Primeira Divisão, em que três equipas jogam um Rugby mais evoluído e depois as restantes arrastam-se na mediocridade do seu rugby e isso acontece não devido á falta de apoios ou de dinheiro mas á falta de cultura desportiva e atitude competitiva (o Caldas é o exemplo prefeito disto). Estão estes clubes condenados ao Rugby Social? claro que não mas o que não podem pedir é que o Rugby nivele por baixo apenas e só porque eles não sabem ou não querem esforçar-se mais.

Quanto á desculpa esfarrapada de que os clubes de provincia são uns coitadinhos que não conseguem apoios e que os "bichos papões" da DH comem todos os patrocínios é outra falácia de que o Caldas é exemplo, quanto custou ao CRC o magnifico estádio que tem? ZERO quantos clubes da DH podem dizer o mesmo?.

Quanto ao facto de estes clubes de Rugby Social serem eles próprios motores de fomento do rugby a nível regional e de formação sem duvida nenhuma que o são. Vem daí a sua grande importância e por isso devem ser apoiados, é essa a função do Rugby Social e dos clubes que se sentem confortáveis a praticá-lo.
Existem clubes notáveis em termos de formação como a Moita, ou o St Julians + Galiza, são o exemplo perfeito do que se pode fazer em formação. O Lousã e o Montemor e Évora podem ser apontados em termos de provincia como bons exemplos. Sinal de quando existe exigência os resultados aparecem e quando não existe exigência e/ou conhecimento técnico eles nunca hão-de aparecer por muito dinheiro e condições que existam.

Já aqui defendi noutro post que os clubes têm que olhar de forma muito séria para a captação de patrocínios e que a FPR deve ela mesmo procurar patrocínios para o Rugby, em vez de andar a competir com os clubes por patrocinio.
Concordo que seria fundamental para o desenvolvimento do rugby que a FPR pudesse ela própria assegurar despesas comuns a todos os clubes, em vez de beneficiar apenas alguns com pretensas Academias e com prémios chorudos aos vencedores da DH.

Outra coisa completamente diferente é os clubes andarem na "mama" da FPR nada fazendo pela captação de patrocínios e depois chorando pelos mesmos. Os clubes têm que se habituar a apresentar resultados factuais, palpáveis em vez de quimeras não quantificáveis.

A FPR deveria ser ela própria exigente e inclusiva, fazer um encontro de Rygby onde se discutisse Rugby seria interessante mas para isso seria importante existir vontade de discutir o Rugby e não de resolver problemas pontuais e por outro espirito de liderança e isso não está ao alcance de todos.

Mais uma vez digo se as equipas do TOP 6 querem uma super liga criem-na, já não existem obstáculos legais a isso agora não queiram que seja o rugby como um todo a pagar isso quando isso terá resultados discutíveis.
Sou frontalmente contra uma fórmula que existe um TOP 6 (Divisão de Lisboa) e depois + 6 (resto do país).

Quanto á proposta do Sporting...ela é o melhor para o Rugby e para a sua evolução pela hipótese que estas equipas terão degastar menos dinheiro em deslocações e poderem jogar com as equipas B dos clubes da DH.

Caro António Marques eu sei que o senhor é do Caldas mas o seu clube é o exemplo perfeito de que ter todas as condições não é sinónimo de sucesso e isso aconteceu porque lhe falta tudo o resto que não custa dinheiro mas custa muito em sacrifício e em exigência.


Gaspacho Y Migas

Anónimo disse...

O modelo construido pós mundial 2007 fracassou , afunilou o rugby , criou diferentes oportunidades e colapsou financeiramente . As academias para alguns , um sistema de centralização deixou para trás muitos e desmotivou bastantes . Falhámos 2011 com tudo o que tínhamos , repetimos em 2015 sem perceber que o rugby são os clubes e não a centralização e a pseudo-profissionalização levada a cabo pelo Tomaz Morais desde 2007 . Não houve rumo nem existe actualmente , todos anos são diferentes , este ano são sevens para o ano será outro certamente , erros sucessivos em que não tem traçados quaisquer projectos a médio longo prazo .

Anónimo disse...

Realmente como se vê cada cabeça cada sentença. Uns mais esclarecidos do que outros mas todos querendo o melhor para o rugby nacional.O problema é que cada um pensa que tem a solução e que todos os outros estão errados. Será que os tecnicos da FPR são incompetentes e que a Direção e em particular o seu presidente não pensam nos assuntos ou que pensando são estúpidos ?
Este assunto merece sempre ser discutido só que curiosamente isso só acontece quando a Direção toma a iniciativa.Aliás parece que agora se fala em congressos porque o Presidente o anunciou logo no início da época.É bom saber que não me lembro de alguma vez se ter realizado um Congresso de rugby em Portugal.
Mas também penso que o Presidente fez muito bem em querer ouvir os Clubes na procura de consensos que parecem cada vez mais difíceis. Quem melhor do que os presidentes dos Clubes para apresentarem propostas ? E não se diga que não há tempo.Só não haveria se de fato fosse um assunto novo. Mesmo num congresso há sempre uma base para a discussão. Todavia mais importante é que quem se quer pronunciar o possa fazer mesmo à margem dos Clubes. Há no entanto uma condição essencial, é que os intervenientes conheçam o rugby nacional , as leis e os regulamentos e preferencialmente o financiamento e as contas da Fpr.
Quando, por exemplo, se diz que a Fpr devia ou podia financiar os Clubes seria bom que dissessem como e com que verbas, sabendo-se que há contas a prestar .
Também me parece muito importante conhecer como os Clubes estão organizados, que sustentabilidade manifestam, o que pretendem para o futuro.
Parce claro que depois de ensaiado durante três anos o atual modelo não satisfaz. É verdade que nivelou , mas nivelou por baixo.
o Sr. Redondo parece que se esquece da sua postura de faz de conta quando joga para não ganhar. Que modelo de competição será este ?
É evidente que a alteração para 6+6 é vantajosa. Quem quiser trabalhar a sério que se chegue aos melhores. É preciso acabar com essa ideia bizarra de que só se quer que haja rugby em Lisboa. Infelizmente o que se verifica é lá que estão as melhores equipas e os melhores Clubes. Será que não se percebe que quem tem que mudar são os outros Clubes ? Basta ver o que aconteceu este fim de semana, uma equipa do Cdul sem os seus melhores 25 jogadores ganhou por 40 à Académica , enquanto uma sub Agronomia ganhou por 28 -0 ao Cdup, no Porto. Estamos a falar das duas melhores equipas fora de Lisboa.
Em contrapartida parce que o CDUL foi muito elogiado pelos responsaveis da atual melhor equipa italiana.
São evidências que não podem ser ignoradas se queremos progredir e não perder o comboio relativamente aos nossos concorrentes europeus.

Manuel Cabral disse...

Anónimo das 00,09
Nada melhor que escrever como anónimo. Podem-se dizer falsidades sem que se possam atribuir responsabilidades...

Seria bom que quem comenta se informasse um pouco sobre a história do rugby português, para não fazer afirmações do género "É bom saber que não me lembro de alguma vez se ter realizado um Congresso de rugby em Portugal"

Já houve sim, foram momentos de análise da situação do nosso rugby, em que cada um pode dizer o que pensava ser o melhor, e onde todos puderam ser ouvidos, não apenas os presidentes dos clubes.
Por exemplo, o comentarista poderia aí ter lugar, mas como acha que os presidentes dos clubes são os melhores para apresentarem propostas, não vai ter...

Com que direito um qualquer anónimo faz referências a um dos mais prestigiados presidentes de clube do País?

E com que ciência o anónimo diz que o sistema de 10+10 nivelou por baixo??? Então se fossem 8+8 ou 6+6 o nivelamento seria por cima? Por amor a quem vocês queiram, tirem-me daqui!!!

Na verdade está a chegar o fim do prazo dos anónimos neste sítio, pela simples razão que eu estou farto de comentários ignorantes de quem não tem tomates para se identificar...

Mas é natural. Quando se aproximam eleições, aparecem sempre uns caramelos a tentar criar um ambiente favorável a certos candidatos, mesmo que eles sejam conhecidos e reconhecidos por serem uns dos principais responsáveis do estado a que chegámos.

Mas não desanimem: na altura própria falaremos sobre esses candidatos, da sua obra (sim, dessa!) e da sua incompetência experimentalista e sede de mudança baseada em ignorância e ambição sem fundamento.