15 de novembro de 2017

FRANÇA RECEBE MUNDIAL 2023 CONTRA EXPECTATIVAS

Após o parecer da Rugby World Cup Limited Board para que o Mundial de 2023 tivesse lugar na África do Sul, poucos (ou ninguém!) acreditavam que a decisão final da World Rugby Council fosse contra aquela recomendação.

Mas não foi isso que aconteceu, e a escolha dos conselheiros do rugby mundial recaiu na França, que recebe desta forma a prova máxima da modalidade 16 anos após o Mundial da nossa satisfação, quando Portugal e os jogadores portugueses partilharam palcos com as maiores potências do rugby no mundo.


A recomendação da Board que aconteceu no princípio do mês, mereceu alguns comentários menos delicados por parte de elementos ligados ao rugby francês e ao rugby irlandês - os rivais dos sul-africanos - mas passados esses momentos de desconforto, era assumida como certa a decisão pela África do Sul.

Hoje em Londres, na reunião especialmente convocada para a tomada final da decisão, a surpresa foi (quase) geral, e eventualmente pressionados com os recentes acontecimentos no Zimbabué onde Mugabe se viu afastado do poder pelos militares, os conselheiros decidiram pela França, que desta forma repete o evento de 2007, onde Portugal participou, já nessa altura como única equipa amadora entre tantas profissionais.

Na votação final a França recebeu o voto favorável de 24 dos 39 conselheiros (na primeira votação a França recebeu 18 votos, a África do Sul 13 e a Irlanda oito), e terá assim a honra de organizar o evento que acontecerá 200 anos após a irreverente ação de William Webb Ellis, quando, pegando na bola com as mãos, mudou o futuro do rugby no mundo.

Segundo Tom Hamilton da ESPN UK, "Fundamentally, the brutal reality is that this was a financial decision. It is understood France's proposal guaranteed a net revenue return of £350 million for World Rugby to invest back into the game; Ireland and South Africa's in turn came in at around £270m. That England's winning bid for 2015 saw a return of £160m for rugby's global governing body shows how quickly the sport moves, and why romance is dead in the modern game."

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