Após o parecer da Rugby World Cup Limited Board para que o Mundial de 2023 tivesse lugar na África do Sul, poucos (ou ninguém!) acreditavam que a decisão final da World Rugby Council fosse contra aquela recomendação.
Mas não foi isso que aconteceu, e a escolha dos conselheiros do rugby mundial recaiu na França, que recebe desta forma a prova máxima da modalidade 16 anos após o Mundial da nossa satisfação, quando Portugal e os jogadores portugueses partilharam palcos com as maiores potências do rugby no mundo.
A recomendação da Board que aconteceu no princípio do mês, mereceu alguns comentários menos delicados por parte de elementos ligados ao rugby francês e ao rugby irlandês - os rivais dos sul-africanos - mas passados esses momentos de desconforto, era assumida como certa a decisão pela África do Sul.
Hoje em Londres, na reunião especialmente convocada para a tomada final da decisão, a surpresa foi (quase) geral, e eventualmente pressionados com os recentes acontecimentos no Zimbabué onde Mugabe se viu afastado do poder pelos militares, os conselheiros decidiram pela França, que desta forma repete o evento de 2007, onde Portugal participou, já nessa altura como única equipa amadora entre tantas profissionais.
Na votação final a França recebeu o voto favorável de 24 dos 39 conselheiros (na primeira votação a França recebeu 18 votos, a África do Sul 13 e a Irlanda oito), e terá assim a honra de organizar o evento que acontecerá 200 anos após a irreverente ação de William Webb Ellis, quando, pegando na bola com as mãos, mudou o futuro do rugby no mundo.
Segundo Tom Hamilton da ESPN UK, "Fundamentally, the brutal reality is that this was a financial decision. It is understood France's proposal guaranteed a net revenue return of £350 million for World Rugby to invest back into the game; Ireland and South Africa's in turn came in at around £270m. That England's winning bid for 2015 saw a return of £160m for rugby's global governing body shows how quickly the sport moves, and why romance is dead in the modern game."
15 de novembro de 2017
FRANÇA RECEBE MUNDIAL 2023 CONTRA EXPECTATIVAS
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