23 de maio de 2017

TAÇA E PRIMEIRONA EM SETÚBAL, SEGUNDONA EM COIMBRA E BELAS

O final de semana vai começar com a final da 1ª divisão em Setúbal, com o encontro entre o C.R. Évora e o Benfica Rugby, que derrotaram o CRAV e o Bairrada nas meias finais realizadas no passado fim de semana - as duas equipas foram as melhores durante toda a fase de apuramento, terminando a mesma nas duas primeiras posições, com o Évora na liderança.

Apuradas de antemão para a promoção à Divisão de Honra, as duas equipas vão defrontar-se pela terceira vez esta época.


E os alentejanos parecem ser quem está em melhores condições para a vitória final na prova, depois de terem vencido em Évora por 25-13, e no Jamor por 51-3, mas o Benfica tem consolidado a sua equipa e pode muito bem fazer uma surpresa no Vale da Rosa.

Recorde-se que o apuramento prévio das duas equipas se fica a dever ao alargamento provisório da Divisão de Honra de 10 para 12 equipas, mas tenham em atenção que no final da próxima época, a principal divisão do rugby nacional será reduzida de 12 para oito equipas, obrigando à descida direta para a 1ª divisão de quatro equipas, e a um play-off entre o 8º classificado da Divisão de Honra e o vencedor da Primeirona...



TAÇA DE PORTUGAL
Ainda em Setúbal, após a final da Primeirona, vai ter lugar a final da Taça de Portugal, entre Agronomia e Cascais, que derrotaram respectivamente, nas meias finais, a Académica (33-10) e o Técnico (25-16), apresentando-se os agrónomos como favoritos, embora os cascalenses sejam sempre uma equipa que pode surpreender, mas as duas vitórias na fase de apuramento (12-9 na Tapada e 43-17 na Guia) atribuem a Agronomia o referido favoritismo.

Note-se que esta é a grande oportunidade que Agronomia tem de se destacar na liderança da tabela dos vencedores da prova, que partilha neste momento com o Direito e o Benfica, com nove vitórias cada.


SEGUNDONA FINALMENTE AS MEIAS FINAIS
Resolvido o problema de quem participaria na prova, com o afastamento definitivo do Elvas e a chamada ao Belas, estão encontrados os semi finalistas e marcadas os dias e horas dos jogos - ver o quadro no final.

Entretanto, embora sem que tenha sido publicado o regulamento das 1ª e 2ª divisões, segundo a indicação dada mais cedo pela FPR deve manter-se a 1ª Divisão com 10 equipas, o que vai obrigar a que o último da tabela deste ano (Vitória de Setúbal) se mantenha na divisão, e que os dois finalistas da Segundona sejam promovidos ao segundo escalão nacional.

Também aqui se deve ter em consideração que em 2017-2018, por força da redução da Divisão de Honra, haverá uma descida automática das últimas quatro classificadas, e um play-off entre o sexto da tabela e o vencedor da Segundona.

Infelizmente em todo este processo que mobilizou a federação - e que produziu um regulamento nunca antes visto com 51 artigos, quase tantos como os 69 do RGC , que mais parece querer substituir, entrando em áreas que não deviam ser reservadas à competição principal, como por exemplo a das transferências - não se aproveitou para definir como vai ser o rugby dos pequeninos que se espalham pelo país e que são tratados com menosprezo e desdém por quem (des)manda no rugby nacional.

Enfim, mais uma palhaçada fundamentada num ilusório aumento da competitividade da Divisão de Honra em 2018-19.
Se repararem, querem fazer-nos acreditar que a redução de 10 para oito vai provocar esse aumento de competitividade, mas a verdade é que estamos a falar de 4 jogos numa época, que se agora são disputados com equipas eventualmente mais fracas (mas que podem melhorar), simplesmente deixarão de ser disputados...
Alguém acredita que isso vai dar mais competitividade ao campeonato???
Deixem-se de tretas e usem a cabeça para pensar...

Além do mais esta não realização desses jogos traz consigo alguns efeitos perversos, dos quais destaco a não realização de jogos de equipas mais fracas com adversários de nome, em casa, e que constituem um enorme fator no apoio ao desenvolvimento dos pequenos clubes espalhados pelo país,
como acontece por exemplo no futebol quando o Benfica, o Porto ou o Sporting vão jogar a pequenas vilas e estimulam com isso o crescimento do desporto.

Por outro lado, nesses jogos, em que a diferença entre as equipas é grande, porque não aproveitam os mais poderosos para dar tempo de jogo aos seus jogadores que menos jogam durante a época?
Agora acreditar que pela eliminação desses jogos se beneficia o rugby nacional, só contaram pra você...


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