15 de maio de 2017

ÁFRICA DO SUL VENCE EM PARIS E GARANTE TÍTULO DO CIRCUITO MUNDIAL DE SEVENS

Batendo a Escócia por 15-5 na final, a África do Sul venceu o Torneio de Sevens de Paris, nona etapa do Circuito Mundial, e garantiu já a vitória na prova nesta edição 2016-2017, quando falta ainda realizar a décima e derradeira jornada que se desenrola em Londres no próximo final de semana.

A Escócia tinha vencido os blitzbocks em Paris na fase de grupos, mas na final os sul africanos impuseram-se e confirmaram a superioridade que têm demonstrado ao longo do ano.
Reparem que a África do Sul esteve em oito das nove finais já disputadas esta época, tendo vencido cinco delas! (ver ranking no final)


Depois do mau resultado em Singapura - sexto lugar da geral - os blitzbocks conseguiram recuperar a sua posição dominante e apesar da já referida derrota frente à Escócia na fase inicial do torneio, foram apurados como segundos do seu grupo e bateram depois, sucessivamente, Samoa por 12-0, Nova Zelândia por 26-5 e os escoceses na final por 15-5.

A Escócia teve a sua melhor classificação duma época que começou bem, com um sexto lugar no Dubai, um quarto na Cidade do Cabo e um terceiro em Wellington, mas que depois caiu na segunda metade da tabela, de onde apenas saiu agora com um grande conjunto de resultados, com destaque para a vitória ainda na primeira parte da prova perante a África do Sul (19-12) e depois, já na fase eliminatória, para as vitórias sobre as Fiji por 24-0 e sobre a Inglaterra por 19-17.
Apenas faltou o gás para o jogo derradeiro...

O Canadá, vencedor inesperado em Singapura, não foi capaz de repetir a façanha e teve que se contentar com um 11º lugar, com apenas duas vitórias no final de semana, frente ao Japão (21-7) e frente à Rússia (33-0).

Quanto às posições no ranking muita coisa pode ainda mudar em função dos resultados da última etapa, mas a África do Sul tem 34 pontos de vantagem sobre a Inglaterra, o que lhes permite um passei em Twickenham, aproveitando a festa que se avizinha.
Mas quanto ao resto tudo ainda pode acontecer, incluindo em relação ao último classificado, que deverá ser o Japão, embora os oito pontos de vantagem que os russos levam não seja garantia de sucesso...

Recorde-se que para a época 2017-2018, a Espanha vai ter o estatuto de equipa residente, que conquistou no torneio de apuramento disputado em Hong Kong, mas a verdade é que no confronto direto com os japoneses, estes levaram a melhor e venceram por 26-19, tendo ainda vencido a Rússia por 19-10 na disputa do 13º lugar.

Na distribuição das equipas pelos grupos, para Londres, os espanhóis vão defrontar a Inglaterra (4º lugar em Paris), Samoa (6º) e Austrália (10º), enquanto os russos defrontarão a Escócia (2º), França (8º) e Argentina (9º).
Por outro lado o Japão terá pela frente a Nova Zelândia (3º), a Fiji (7º) e o Canadá (11º) e o Quénia vai enfrentar os vencedores de Paris, a África do Sul, os Estados Unidos (5º) e o País de Gales (11º, com os mesmos 11 pontos do Canadá).

Será mais um fim de semana sem certezas antecipadas e a luta pelos lugares imediatamente abaixo do primeiro vai ser interessante de seguir, com os ingleses na segunda posição com 145 pontos e os fijianos com 142, enquanto escoceses (87 pontos), canadianos (81) e argentinos (80) terão um duro fim de semana na luta pelo sétimo lugar na classificação final.

O 10º lugar vai ser objeto de luta entre o País de Gales (66 pontos), França (61) e Quénia (58), enquanto o Japão que tem 19 pontos vai fazer um esforço desesperado para fugir ao último posto, mas o seu adversário direto, a Rússia, tem 27 pontos.

A confirmar-se a última posição dos japoneses, e com a subida da Espanha, aumentará para seis o contingente europeu no Circuito Mundial, a que se segue a Oceania com três representantes, os mesmos que as Américas, ficando a África com dois e a Ásia com um só representante.

A força do rugby sevens europeu é significativa, e dói verificar que Portugal deixou fugir um lugar ao sol pelo abandono completo a que foi condenado pelas gestões equivocadas da nossa pobre federação, sendo curioso verificar que hoje alguns dos que ao longo do tempo mais obstruíram o crescimento dos sevens nacionais, sacudam a poeira dos ombros e vão afirmando que outros tomaram as decisões erradas...

No mês que vem começará o Grand Prix Series da Europa, e com a Inglaterra, a França e a Bélgica pela frente na primeira fase do primeiro torneio (na Rússia), não será fácil aos Linces conseguirem o apuramento para o troféu principal.

Este ano com quatro etapas - além de Moscovo (3 e 4 de Junho), haverá visitas a Lodz (Polónia 10/11 de Junho), Saint-Etienne (França 1/2 de Julho) e Exeter (Inglaterra 15/16 de Julho) - Portugal precisava de uma posição apenas atrás das equipas que têm a participação garantida no Circuito Mundial, para poder ambicionar estar presente no apuramento para equipa residente em 2019-2020, mas tendo como competidores diretos a Irlanda, a Itália, a Geórgia, a Alemanha e ainda a Bélgica e a Polónia, a tarefa, não sendo impossível, apresenta grandes dificuldades...

Fique com o quadro completo dos resultados de Paris, e o ranking atualizado da competição.



Sem comentários: