12 de agosto de 2016

FIJI DOMINA E CONSEGUE PRIMEIRO OURO OLÍMPICO DOS SEVENS

Os deuses de Olimpo fizeram uma vénia quando os Fijianos Voadores perfumaram o Estádio Deodoro com a sua arte, a sua força, o seu querer, e conquistaram o primeiro Ouro Olímpico de sevens, vencendo a Grã Bretanha por claros 43-7.

Especial também para todos os fijianos, os do rugby e os outros, já que esta medalha é simultaneamente a primeira de sempre conquistada pelos desportistas da pequena República das Ilhas do Pacífico.


Foi um final perfeito para aquela que é, indiscutivelmente a melhor equipa de sevens do mundo da actualidade, vencedora do Circuito Mundial nas duas últimas épocas, e aquela que serve de exemplo quando queremos mostrar o que são os sevens.

O encontro tem pouca história, pois as Fiji entraram a dar o máximo, não deixaram a Grã Bretanha desenvolver o seu rugby, e foram superiores em todas as áreas do jogo, chegando ao intervalo com um registo de 29-0.

Foi só no segundo tempo, quando o marcador mostrava 36-0, que a Grã Bretanha conseguiu marcar o seu ensaio de consolação, que foi muito pouco para os sete que as Fiji marcaram.

ÁFRICA DO SUL VENCE BRONZE, MAS JAPÃO FICA NA HISTÓRIA
O Japão não conseguiu manter a concentração durante a segunda parte do jogo do Bronze, e depois de estar a perder por 21-14 aos 2 minutos do segundo tempo, foi incapaz de suportar a grande categoria da equipa da África do Sul e sofreu 33 pontos nos restantes oito minutos de jogo.
Apesar da diferença pontual, a verdade é que o Japão foi a equipa sensação do torneio, e não fossem alguns erros defensivos, em grande parte provocados pelo génio de Cecil Afrika, e com certeza o resultado seria mais equilibrado.
Nem pensar, no entanto, em tirar mérito à vitória dos Blitzbokes que levam para casa uma medalha de bronze que vai ocupar um lugar de destaque entre os troféus da federação sul africana.

NOVA ZELÂNDIA FICA COM O 5º LUGAR E FRANÇA COM O 7º
Em dois jogos de grande equilíbrio a Nova Zelândia bateu a Argentina por 17-14 e terminou a prova no quinto lugar, enquanto a França venceu a Austrália por 12-10 e reclamou a sétima posição na tabela classificativa final, valendo a pena salientar o elevado nível de todas as equipas, com destaque, claro, para as oito primeiras, mostrando que um alargamento do número de participantes na prova não irá afectar a qualidade da mesma,e, pelo contrário, irá aumentar o interesse sobre a competição com tudo de bom que isso trará para a modalidade.

RESULTADOS NORMAIS NAS FINAIS DO 9º AO 12º
O Brasil foi derrotado pelo Quénia no jogo da fuga ao último lugar por 24-0, que afinal não são mais do que o reflexo da diferença que existe entre as equipas que disputam provas internacionais de alto nível com regularidade - caso do Quénia, equipa residente do Circuito Mundial - e as outras.
Claro está que existem excepções, mas o que se disse acima aplica-se quase sempre, já que é jogando com os melhores que os outros podem melhorar e esperar por uma oportunidade que lhes permita afirmarem-se no meio daqueles.

(O mesmo se aplica quando se fala de competições nacionais, mesmo de XV, pois a melhoria global só se consegue quando as equipas de segundo nível jogam sistematicamente com as de primeiro nível, em especial num país onde se contam pelos dedos de uma só mão as ditas equipas de primeiro nível)

Os Estados Unidos venceram a Espanha por 24-12, conquistando o prémio de consolação de melhor entre as piores (do torneio, entenda-se!), confirmando o que se disse em relação ao jogo do 11º lugar, mesmo que a Espanha possa ser neste momento considerada uma das tais excepções, mas que já muito fez ao chegar até aqui.

Para o registo, aqui fica o quadro dos resultados deste primeiro torneio Olímpico de sevens!


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