8 de agosto de 2016

CONTRA TUDO E CONTRA TODOS ESPANHA CHEGA AO RIO DE JANEIRO

A Espanha foi a equipa que mais prendeu a atenção ao conseguir a qualificação olímpica sobre equipas teoricamente bem mais fortes, como era o caso da Rússia e de Samoa, ou mesmo da Irlanda, a Alemanha ou Honk Kong, que podíamos considerar do seu nível.

Mas essa avaliação foi completamente derrubada pelo comportamento dos espanhóis no Torneio Final de Qualificação Olímpica, onde a Espanha venceu em campo a Irlanda, a Rússia e Samoa, apenas cedendo para Hong Kong na fase de apuramento, e não defrontou a Alemanha, recordando que Rússia e Samoa foram equipas residentes do Circuito Mundial, enquanto a Espanha esteve fora desse grupo muito especial.

Agora, com um apuramento conquistado a menos de dois meses do torneio olímpico, a equipa dos nuestros hermanos vai enfrentar a Austrália, a França e a África do Sul, e a sua única esperança de apuramento reside em conseguir um dos dois melhores terceiros lugares, mas temos que admitir que a tarefa é bem difícil...
Não só vai precisar de vencer um jogo - o que logo à partida não é muito provável que aconteça - como ainda terá que o conseguir com um diferencial geral entre pontos marcados e sofridos que a afaste de ser a pior das terceiras classificadas.
Na verdade a Espanha, o Brasil e o Japão são mesmo as equipas que mais próximo estão de ocuparem os quartos lugares de cada um dos grupos classificativos, aparentemente condenadas a disputar o nono lugar na classificação final da prova.

Em oposição a esta previsão, quem parece ter mais possibilidades de chegar ao fim do apuramento na cabeça dos grupos, são as Fiji, a África do Sul e a Nova Zelândia - as equipas que terminaram as duas últimas épocas ocupando as três primeiras posições do ranking mundial por esta ordem, e por ordem diferente nas duas épocas imediatamente anteriores... -, deixando para a Argentina e os Estados Unidos no Grupo A, para a Austrália e a França no Grupo B, e para o Quénia e a Grã-Bretanha no Grupo C, as segundas e terceiras posições.
Não esquecendo que se apuram os dois primeiros de cada grupo mais os dois melhores terceiros.

O APURAMENTO MUNDO FORA
Uma nota final para recordar que o apuramento olímpico foi decidido ao longo de 27 torneios que começaram a ser disputados em Outubro de 2014 e se prolongaram até Junho de 2016, envolvendo 99 equipas, das quais 41 europeias, 20 africanas, 14 asiáticas, 9 norte americanas, 8 da Oceania, e 7 sul americanas.

Como resultado destes 27 torneios foram apuradas uma equipa da Ásia, outra da América do Norte, duas da África e outras duas da América do Sul (embora o Brasil como dono da casa e não por participação em nenhum qualificativo), três da Oceania e mais três da Europa.

Uma referência para Portugal, confessando a nossa enorme desilusão pelo completo alheamento da nossa selecção nacional da luta pelo apuramento, não conseguindo sequer a presença na repescagem mundial.
Uma pena que a pequenez de certos dirigentes nacionais tenham conduzido a esta ausência - e a outros resultados desoladores para quem já dominou o rugby de sevens na Europa.
Claro, já sei que alguns vão dizer que fomos ultrapassados porque outros começaram a dedicar-se à variante, e isso é verdade...
Como é verdade também que não consigo entender porque nós não fizemos o mesmo, acompanhando o que se estava a passar.
Originalidades que nos levaram a perder o comboio dos sevens ao mesmo tempo que perdemos o comboio do XV, com o estúpido argumento que os sevens são uma coisa menor...
Digam isso ao futuro Campeão Olímpico!


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