10 de agosto de 2016

JAPÃO EM ALTA VENCE NOVA ZELÂNDIA E FRANÇA BATE AUSTRÁLIA

Quando no jogo inaugural do ingresso dos sevens nos Jogos Olímpicos o 11º do ranking (França) bateu o quarto (Austrália), foi dada a nota dominante do jogo reduzido, numa incerteza permanente em relação aos resultados que estimula e incentiva os mais fracos a se superarem e fazerem tropeçar os mais poderosos.

Mas seria preciso esperar apenas mais um pedaço para que esta máxima da incerteza fosse confirmada, quando o Japão (15º do ranking) derrotou a Nova Zelândia (3º do ranking), numa partida em que qualquer outro resultado seria uma injustiça!


Claro que podem dizer que este resultado se ficou a dever a uma menor valia dos All Blacks, mas quando a Grã-Bretanha não conseguiu mais que vencer os japoneses por dois pequenos pontos (21-19), ficou a clara impressão que afinal quem deve ter feito o trabalho de casa foram os filhos do Sol Nascente...

Brasil Espanha e Quénia foram as únicas equipas a perder os dois jogos do dia, enquanto Fiji, África do Sul e Grã-Bretanha as únicas a ter o mesmo número de vitórias, deixando tudo em aberto para amanhã, no que diz respeito a saber quem, dos restantes - todos - participantes seguirá em frente na luta do ouro.

Pode muito bem acontecer que amanhã, depois de disputados os seis jogos que faltam para terminar o apuramento, haja em mais de um grupo três equipas com uma vitória, deixando a decisão quanto à classificação e quanto ao apuramento, nas mãos do diferencial de pontos marcados e sofridos.

Cada dia que passa os sevens se afirmam mais como um espectáculo de grande interesse e entusiasmo, como os que viveram o Lisboa Sevens dos anos 80 e 90 recordam com certeza, onde a incerteza dos resultados continua a ser o ponto de maior interesse - a cada 14 minutos há um novo vencedor e um novo vencido - e onde os mais pequenos podem rivalizar em confronto directo com os maiores, sem complexos ou derrotas antecipadas.

Que pena terem deixado o rugby português cair fora deste mundo... Agora lamentam-se que não há apoio, que não há patrocínios, que não há espectadores... Mas os culpados pela situação têm nome e endereço e serão lembrados por muito tempo, pelos piores motivos.


O BRASIL NO PRIMEIRO DIA DOS JOGOS*Estreando nos Jogos Rio 2016 no Grupo A contra a equipe mais forte do torneio, Fiji, o Brasil não se intimidou e foi para cima do adversário. 

Empurrados pela torcida, os brasileiros trocaram muitos passes até furar o bloqueio fijiano. 
Felipe Claro, (o Alemão) foi o autor do ensaio  que surpreendeu a todos e colocou os Tupis em vantagem, com 5-0.


A resposta de Fiji foi imediata. Veremalua arrancou pelo meio e marcou o primeiro ensaio fijiano ainda antes do intervalo, que, convertido, virou o marcador para os visitantes. Final de primeiro tempo com 7-5 no placar.

No segundo tempo o cenário mudou e só deu Fiji, que se aproveitou da força e da altura de seus atletas para se impor na partida. 
Ganhando praticamente todas pelo alto nas saídas de bola, Fiji foi ao ataque e fez cinco ensaios em sequência, com Kolinisau, Viriviri, Tuisova (duas vezes) e Veremalua.

O Brasil só conseguiu retomar a posse de bola no fim da partida e mostrou que a equipe tem potencial. 
Rambo (Gustavo Albuquerque) encontrou um buraco na defesa fijiana e arrancou para marcar o segundo ensaio brasileiro, convertido por Boy (André Silva). 
Fim de jogo com 40-12 de Fiji sobre o Brasil.

* com In Press Media Guide
Fotos: World Rugby

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