Claro que existe culpa dos clubes, uns porque desistiram, outros porque adiam os seus jogos, mas a verdade é que compete ao orgão dirigente criar as condições para que as competições se disputem de forma harmoniosa e de acordo com a realidade, o que não aconteceu mais uma vez este ano.
Reparem, mesmo sem falarmos de adiamento de jogos, as equipas que participam da prova realizam, entre 10 de Outubro e final de Dezembro entre três e quatro jogos do campeonato, além de disputarem entre uma eliminatória da Taça de Portugal (cinco equipas), duas eliminatórias (mais quatro equipas) e três eliminatórias (quatro equipas).
E como isto acontece em 11 possíveis finais de semana, significa que há equipas que neste período fazem quatro, cinco, seis ou sete (no máximo) jogos, ficando algumas paradas por sete semanas em 11...
Não teria sido possível refazer o calendário - que logo à partida apresentava demasiadas folgas - para que as equipas pudessem jogar, todas elas, entre sete e nove encontros?
Porque as equipas existem para jogar, e não para estarem paradas. E porque não se ajuda as equipas a manterem os seus atletas interessados na rugby, se afinal só lhes permitem jogar de vez em quando...
Muito bem, há equipas que não aguentam isso, dirão alguns. Então essas equipas devem participar nas competições de emergentes e não em campeonatos nacionais. Sem desprimor, nem desconsideração.
Quando estiverem preparadas para jogarem com maior assiduidade, então poderão entrar nessas competições.
Agora obrigar equipas que querem e têm condições de jogar, a ficarem paradas, é, no mínimo, castrador.
Vamos então ao calendário dos jogos deste fim de semana:
SOBREDENSE - BORBA, Pista de Atletismo da Sobreda, Sábado, 16 horas.
Como todas as equipas, estas só disputaram uma partida e ambas a perderam, curiosamente pela mesma marca.
A equipa da Sobreda da Caparica esteve presente na primeira etapa da actividade dos emergentes - que organizou e venceu - aproveitando uma das muitas folgas que o calendário oferece, mas será que os alentejanos não serão capazes de pontuar em Almada?
CR TÉCNICO - IP TOMAR, Olaias, Sábado, 17,15 horas
Jogo em atraso da segunda jornada e que marca a estreia do IP Tomar na competição, praticamente um mês depois do seu início...
O Técnico é um sério candidato à vitória na zona, e não vai encontrar dificuldades em bater os jovens templários...
BELAS - FC TECNOLOGIA, Domingo, 16 horas
Outra estreia na prova - da FCT - que viu o seu jogo com o Tomar (primeira jornada) adiado.
O Belas venceu com facilidade o seu primeiro jogo, mas agora em casa vai ser mais difícil encontrar o caminho da vitória.
Mas como não fazemos nenhuma ideia do estado em que a FCT se vai apresentar, damos o benefício da dúvida às duas equipas e apostamos na tripla...
14 comentários:
O mesmo se passa no campeonato dos sub18, grupo B, com equipas a fazerem apenas 4 jogos até meados de Janeiro de 2015, e pelas mesmas razões: desistências de equipas e um calendário concebido à partida com demasiadas fogas.
É por isso urgente, pelas razões certeiras apontadas no artigo, que a Federação estude e adapte o calendário competitivo destes dois campeonatos. O rugby e os seus protagonistas agradecem.
Segundona Zona Norte é mais um caso!
É uma balda, toda esta organização dos campeonatos. Só se pensa em selecções e nada mais. Depois lá mais para Abril pensa-se no jogo da final CDUL-Direito e o resto é paisagem. Tristíssimo tudo isto. Os 60.000 euros que se está a pagar a um treinador fictício dava para pagar as deslocações de todas as equipas da 2ª divisão e ainda para pagar aos árbitros. E nesse caso até teríamos equipas completas de arbitragem.
Entendo perfeitamente o porquê do exagerado numero de folgas na Segunda Divisão (principalmente norte e centro)... Não existe o numero suficiente de árbitros para o numero de jogos semanais referidos. Se tivéssemos 4/5 jogos na zona norte, a FPR teria muitas dificuldades em assegurar todos os jogos...
A responsabilidade da FPR é por demais evidente , parece o ministério da educação de Crato , todos os anos uma tremenda confusão com campeonatos e calendários , folgas , equipas que não jogam , desnível nos grupos A e B , uma vergonha , mata-se o trabalho árduo de alguns para se manter o dos mesmos de sempre . Á anos que assistimos a este desnorte completo sem responsabilização do quer que seja , estaremos todos melhores quando forem talvez só quatro equipas a jogar em Portugal .
Ainda não perceberam, porque não têm tempo para pensar na segunda divisão, que antes de começar um campeonato devia haver um torneio de abertura , como antigamente, para se atestar quem nesse ano estaria em condições de participar. Exigir que as equipas se inscrevam em Julho e azer calendários em Setembro dá nisto. Os directores dalguns clubes inscrevem-se pois têm a promessa de jóias atletas que vão colaborar e para não perderem o comboio inscrevem as equipas. Depois acontece o que estamos a ver. Chega a hora de participar e falham, desistindo e deixando todos os outros clubes pendurados com um calendário que só serve para no ano seguinte haver mais malta a desistir.
Anónimo das 15,45
Concordo com o princípio. Se não existirem Torneios de Abertura podem-se organizar torneios de sevens, que servirão para atrair mais jogadores e pôr as máquinas a funcionar.
Voltamos ao velho tema da proibição de as equipas B poderem jogar na II Divisão, depois daquele vergonhoso episódio em que a FPR queria impedir o Técnico de apresentar uma equipa B quando os regulamentos o permitiam.
A história do rugby em Portugal demonstra a grande utilidade destas equipas B, que proporcionam a utilização de todos os atletas séniores e não só, fazendo rodar jogadores, mais novos e mais velhos, pôr a jogar os que regressam de lesões, para ir ganhando ritmo, etc.
E, sobretudo, proporcionar a equipas mais fracas poderem fazer jogos mais equilibrados e subirem a sua qualidade de jogo, quando defrontam equipas mais evoluídas.
Além disso, permitia manter em atividade malta mais velha, que já não tem lugar nos AA, mas que gosta de ir fazendo uns joguinhos!
E que bons velhos tempos onde, logo a seguir aos jogos dos AA, se faziam os jogos das BB, permitindo grandes convívios e boas terceiras partes...
Que fizeram?
Criaram campeonatos de sub21 e agora de sub23 para quê? Estes jogadores são séniores e ponto final. já se viu o desastre que tem sido, com apenas três ou quatro equipas em atividade neste dito escalão...
Estão a matar progressivamente o rugby, mas tudo continua a assobiar alegremente como se nada se passasse.
Próximo ano já se fala num campeonato Sub-25. Dar a mão à palmatória é que não.
Ainda bem que o ano passado contrataram um Director para a 2ª divisão e julgo para a 1ª também, isto ficou muito melhor!
alargamentos... diretores técnicos....treinadores nacionais às pazadas.... mas att muito dos que protestam apoiaram essas decisões... na altura interessava ficar uma divisão acima e outras coisas que tais... uma sugestão era uma divisão elite e uma segunda com uma fase regional que depois se dividiria em uma divisão nacional e mais uma ou duas regionais...não será esta a realidade do rugby português?
Tanta confusão. Será que ainda não entenderam que o amadorismo irresponsável de muitos Clubes impede o funcionamento e o desenvolvimento da modalidade? Não se,limitem a atribuir culpas à FPR, porque nem tem culpa nem pode resolver a maioria dos problemas dos clubes. Mais do que apresentarem propostas vejam se ajudam e colaboram com os vossos Clubes cuja organização está a km luz de distancia da Federação
A Federação tem bom remedio, seja mais rígida e fiscalize o real estado dos clubes antes de aceitar pre inscrições.
Se o nível de exigência subir mantém se as pessoas com real capacidade e elimina se os problemas.
E por isso, sim, a culpa disto tudo é da FPR.
A Federação exigir mais responsabilidades aos clubes é de gargalhada. Então a Federação criou equipas mais profissionais e nós da segundona perguntamos. Melhorou a organização da Federação a nivel de campeonatos da segundona, Sub-18, Sub-16, etc. .? Sabem o que vos digo? Desempatem a loja e vão chutar para outro lado. Tudo no rugby é conduzido por 3 ou 4 clubes. O resto é paisagem. Querem lá saber dos Borbas, Aveiros, Belas, tecnologias, etc. Querem é saber dos Direitos, CDULs, Agronomias, Belenenses e SELECÇÕES. Dá vontade de os deixarem a falar sozinhos
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