9 de setembro de 2011

SEM ELES NÃO TERIA SIDO POSSÍVEL

SEM OS VOLUNTÁRIOS não teria sido possível, foi a clara mensagem que o presidente Lapasset passou aos milhões de rugbistas, atletas, administradores e meros espectadores, espalhados pelo Mundo, que assistiram às suas declarações na cerimónia inaugural do 7º Campeonato do Mundo de Rugby.

Introduzindo um claro agradecimento aos mais de mil voluntários de diversas nações que se juntaram para ajudar a pôr de pé um Campeonato que, a julgar pela cerimónia inicial, será o mais mediático de sempre, Bernard Lapasset ultrapassou largamente os limites do protocolo, juntando aos agradecimentos e reconhecimentos formais uma palavra especial para aqueles que mantém viva a chama do Rugby.



Seria bom que estas palavras fossem ouvidas por quem pode alterar o rumo dos acontecimentos, nas federações internacionais, nas federações nacionais, nos clubes, por forma a garantir que o advento do profissionalismo não acabe por matar a nossa galinha...

Porque na verdade o Rugby deve manter-se como propriedade dos seus praticantes, mas também dos seus adeptos, e os dirigentes a todos os níveis, devem manter sempre presente, que dirigem a modalidade no interesse daqueles praticantes e adeptos.

Além disso, seria bom que não se perdesse a noção que a base de todo o desenvolvimento é o rugby nacional (jogado pelos clubes e pelas escolas) e o respeito pelas tradições, pelos companheiros e pelos adversários.

E que a constituição de seleções nacionais de grande nível competitivo é apenas parte integrante do processo de expansão, consolidação e sustentação do próprio Jogo.

Nos próximos anos, o rugby amador e o rugby profissional existirão em simultâneo, e da relação entre aquelas duas vertentes, depende o futuro de uma modalidade que deve, em qualquer circunstância, ser, prioritariamente, um meio colectivo de diversão, entretenimento e convívio, onde os princípios morais – a que nós chamamos o Espírito do Rugby – prevaleçam sobre os interesses econômicos, competitivos e individuais.

Esta é a grande missão, transmitir às novas gerações, este conjunto de princípios e tradições, que recebemos das gerações mais antigas.

Seja como jogadores, treinadores, árbitros, dirigentes ou simples adeptos.

Este é o desafio, e será perante ele, que todos os intervenientes terão que responder.

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