29 de outubro de 2018

BULDOGS VENCEM DERBI ALFACINHA E COMANDAM PERSEGUIÇÃO

O São Miguel vencendo o Benfica por 23-22 garantiu a terceira posição na tabela classificativa, com dois pontos de avanço em relação ao Caldas, que empatou em casa com o Évora a 14-14 e assegurou a quarta posição com 11 pontos na classificação.
Está assim desfeito o trio perseguidor, mantendo-se Montemor e Lousã na frente, apenas com vitórias.

A Lousã cumpriu a sua parte na jornada, vencendo o Santarém em casa por 35-6, com direito a ponto de bónus, enquanto o Montemor foi a Guimarães assegurar a dianteira na classificação ao derrotar os bravos por 10-66, marcando 10 ensaios e sofrendo apenas um.


O CRAV ao vencer o Vila da Moita por 17-12 sobe ao sexto lugar da tabela, e os ribatejanos registam o seu primeiro ponto (de bónus defensivo) na classificação, decolando do Guimarães que é neste momento a única equipa que ainda não pontuou, embora o Vila da Moita também some por derrotas as partidas realizadas.

CALDAS 14-14 ÉVORA (1-2)
Um encontro que se apresentava muito disputado entre o Clube de Rugby de Évora, equipa que disputou a Divisão de Honra e que se apresentava para esta época com legítimas aspirações ao título, mas com um início abaixo das expectativas, e o Caldas Rugby Clube disposto a mostrar que está nesta Divisão para disputar todas as partidas.
Uma tarde a indiciar que já estamos em pleno Outono, um vento fortíssimo e que veio a condicionar a prestação técnica de ambas as equipas. Apesar da tarde desagradável, assistência composta, exclusivamente de adeptos Pelicanos, muitos ex-jogadores que tiveram no final da manhã o seu treino de Touch Rugby, o Bar do Rugby com almoço muito participado de sócios e a presença sempre de saudar da Autarquia Caldense.
A jogar contra o vento, o Caldas entrou titubeante.
Jogando a partir dos seus avançados, onde estiveram particularmente dominadores, os chaparros colocaram forte pressão nos Caldenses e, aos 5 minutos chegaram, com naturalidade, ao primeiro ensaio pelo nº 8 Frederico Couto, a concluir fase nos 5 metros adversários. Transformação eficaz pelo médio abertura Diogo Appleton.
Reagiu o Caldas e começou a encadear jogadas a partir de fases de avançados, conquista de penalidades jogadas à touche, com tentativas de “maul”, sempre bem defendidas pelo Évora nos seus últimos 10 metros.
Com domínio territorial, conquistas a partir de alinhamentos e lançamento dos “5 de trás”, a romper e a ultrapassar a linha de vantagem, os Pelicanos desperdiçaram três boas oportunidades de chegar ao ensaio por “erros de manuseamento” no passe final.
Os segundos 20 minutos iniciaram-se na mesma toada, com uma nova oportunidade para a equipa da casa, travada nos 10 metros, mas, pouco a pouco, o Évora foi equilibrando e, dominando a formação ordenada, com saídas poderosas do nº 8, começaram a criar dificuldades à defensiva Caldense.
E na oportunidade de chegarem aos 22 metros, os Eborenses chegaram a novo ensaio, aos 32 minutos, pelo centro António Fonseca, a partir de nova saída de 8, muito rápida e fase de avançados nos últimos 5 metros. Transformação fácil de Diogo Appleton.
O Caldas procurou regressar ao jogo, com tentativas a partir do centro, mas o Évora respondeu sempre com defesa coesa e muito eficaz, e assim se chegou ao intervalo.
1ª Parte: Caldas RC - 0 / CR Évora - 14 (2 E, 2 T).
Esperava-se um regresso com tudo dos Pelicanos, agora a jogar a favor do vento que se mantinha muito intenso.
E foi o que aconteceu. A partir de pontapés táticos, a entrada para centro de Jonathan Nolan acentuou esta capacidade, conquistas de alinhamento e fases de “maul” apenas travadas em falta, o Caldas foi conquistando penalidades.
Tentadas aos postes pelo chutador “Tommy” Lamboglia, aos 4 minutos, este na sequência de falta a derrubar “maul” que custou amarelo ao pilar Eborense, e aos 9 minutos, esta contestada pelos Alentejanos que se viram penalizados com ”mais 10 metros”, ambas concretizadas com êxito.
A pressão Caldense acentuava-se mas o Évora defendia com autoridade e procurava sempre que possível colocar o jogo no meio campo adversário, a partir do jogo muito conseguido dos seus avançados.
Aos 16 minutos, e numa dessas jogadas nos últimos 10 metros Caldenses, o recém-entrado pilar Pelicano, Mariano Farias, viu-se “enviado para o sin.bin”, por falta no “breakdown”. 
O jogo Caldense ressentiu-se e a pressão, que se vinha a acentuar, foi contida.
No quarto final da partida os Caldenses entraram com tudo, mas sempre bem contrariada pelos Eborenses.
O Caldas, mesmo com 14 nesta fase, não baixou os braços. 
E, aos 64 minutos uma nova falta do Évora, a tentar conter mais uma jogada de penetração do “arrière” Claúdio França, foi tentada aos postes por "Tommy" Lamboglia que com um excelente pontapé colocou o resultado na diferença de um toque de meta.
Não desacelerou a equipa da casa e numa excelente jogada de toda a linha de ¾ viu Claúdio França concretizar, à ponta, empatando o marcador, aos 69 minutos. 
O pontapé de transformação adivinhava-se difícil, mas o chutador Pelicano quase concretizava.
Os últimos10 minutos seriam intensos. O Caldas perdeu serenidade e critério na decisão de jogadas, arriscando talvez em demasia nos pontapés a tentar conquistar território, colocando a oval nos últimos 10 metros dos visitantes.
O Évora, mais esclarecido colocou o jogo como se impunha no perímetro curto e, beneficiando de duas saídas dos pontapés táticos pela linha de fundo, conquistou com clareza as formações ordenadas e pressionou o último reduto Caldense nos últimos momentos. Foi a vez do coração Pelicano responder defendo a linha de ensaio com carácter e procurando sair a jogar à mão dos seus 22 metros numa última tentativa.
Resultado Final: Caldas RC - 14 (1 E, 3 P) / CR Évora - 14 (2 E, 2 T).
Partida intensa e de entrega total por todos os jogadores, que, certamente, não deixaram dececionada a bancada.
Ambas as equipas viram o seu jogo prejudicado pela forte ventania que se fez sentir, adaptou-se melhor o Évora jogando curto e impondo-se nas formações ordenadas. O Caldas procurou sempre o jogo à mão, nem sempre com o melhor critério e vendo algumas das suas conquistas da vantagem comprometidas por erros de manuseamento.
Texto: António Marques

LOUSÃ 35-6 SANTARÉM (5-0)
Mais uma vez, como vem sendo habitual, os lousanenses entraram de rompante e aos 3 minutos alcançaram o primeiro ensaio transformado.
Uma reação dos visitantes permitiu-lhes reduzir para 7-3 através duma penalidade.
Entrou-se então num período dalgum adormecimento geral com os homens da casa a dominarem totalmente a nível de melées e alinhamentos, mas nitidamente inferiores nos rucks, onde perderam várias bolas e fizeram algumas faltas. 
Foi um período onde a equipa da Santarém teve algum domínio e mostrou ser uma equipa bem organizada e com bom nível de rugby.
Mas aos 25 minutos o resultado voltou a ser alterado com novo e excelente ensaio para os da casa. Nos 15 minutos seguintes, mais uma vez a bem organizada equipa de Santarém conseguiu equilibrar, sem contudo ter qualquer oportunidade de ensaio, que acabou por ser alcançado pelos homens da casa na bola de jogo do primeiro tempo.
Com o resultado em 21-3 chegou-se ao intervalo.
No recomeço, logo aos 7 minutos os cavaleiros reduzem para 21-6 através duna penalidade.
A reação lousanense foi imediata e aos 8 e 14 minutos alcançam mais dois ensaios que transformados elevaram o resultado para 35-6.
Quando se esperava a quebra dos visitantes, aconteceu precisamente o contrário. O médio de formação lousanense em tarde não, retardando sistematicamente a saída da bola em situações de ataque, foi permitindo a recolocação à bem organizado defensiva visitante. 
Com um lance infeliz numa jogada que daria novo ensaio para a Lousã, o numero 9 chutou uma bola para as mãos adversárias de cujo contra-ataque fez com que os lousanenses fossem remetidos para a sua área de 22 onde se mantiveram por um largo período.
Mérito para os visitantes, que mesmo sem conseguirem alcançar algum ensaio, dispuseram de algumas oportunidades que só o esforço dos locais impediu que fossem tranformadas em pontos.
O resultado não se alterou até ao final.
Texto: Francisco Rios

CRAV 17-12 VILA DA MOITA (2-2)
Depois da pesada derrota sofrida na jornada anterior frente ao Montemor, o CRAV entrou em campo decidido a dar uma imagem mais positiva de si, frente aos seus adeptos.
E foi um CRAV dominador que iniciou a partida instalando-se no meio campo visitante lançando boas movimentações coletivas que iam encostando o adversário à sua área de validação.
Assim foi sem surpresas que os arcuenses chegaram ainda na 1ª parte a uma vantagem de 17-0, fruto de uma penalidade e dois ensaios convertidos.
Foi só na parte final da primeira metade que os visitantes da Moita reagiram e conseguiram equilibrar mais o jogo, aproveitando uma falha coletiva da defesa minhota, para marcarem um ensaio que selaria o resultado da primeira parte em 17-7.
Na segunda parte o CRAV apresentou um jogo menos conseguido onde continuava a apresentar boas movimentações coletivas atacantes, perfurando a ganhando metros, para invariavelmente ou com um passe adiantado ou uma falta desnecessária se verem impedidos de concretizar.
O Vila da Moita procurou um melhor resultado e aproveitando alguma apatia e falta de garra na defesa arcuense foram lançando alguns ataques perigosos, que quase sempre tinham como protagonista o seu médio de abertura, um antigo internacional português, que numa jogada onde
conseguiu desequilibrar “fabricou” o segundo ensaio do seu clube.
O CRAV tentou responder e marcar, dispondo de várias oportunidades para o fazer e construir um resultado mais volumoso, mas mostrou-se algo desatento em alturas cruciais o que frustrou os seus intentos e fez com o resultado final ficasse em 17-12.
Texto: Artur Azevedo


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