24 de outubro de 2018

DIREITO VENCE CDUP E LIDERA DE BRAÇO DADO COM O CDUL QUE VENCEU EM CASCAIS

Direito e CDUL partilham a liderança da Divisão de Honra, depois de vencerem respectivamente o CDUP (31-15), na Tapada, e o Cascais (43-25) e são as únicas equipas a terem como vitórias os dois jogos realizados até agora na prova.

O Belenenses segue na terceira posição, depois de bater com ponto de bónus (41-18) o Técnico, que tinha sido a surpresa da jornada inaugural, enquanto Agronomia recuperou da derrota nas Olaias e vencu a Académica em Montanto por 29-5.
Curiosa esta mudança de campo de Direito e Agronomia, que cumprindo as decisões dos orgãos responsáveis da FPR, trocaram de casa e jogam os seus jogos na casa do outro...
Mais curioso vai ser quando o Direito receber Agronomia na Tapada, e os agrónomos receberem os advogados em Monsanto...

DIREITO 31-15 CDUP (3-2)
Em casa emprestada devido a castigo que impede o GDD de utilizar o seu campo de Monsanto, os advogados receberam o CDUP, emblema que deu que falar na semana anterior devido ao empate imposto ao campeão nacional.
Em jogo de despedida de Manu Vilela, que vai defender as cores de um clube australiano, e ainda com a ausência de Zé Maria Vareta (não jogou por lesão), o Direito entrou dominador e instalou-se no meio campo do CDUP mostrando claramente a sua intenção de não sair dali.
Foi assim durante os vinte primeiros minutos do encontro em que o GDD controlou o jogo, impondo-se nas formações ordenadas e nos alinhamentos mas sem saber ou sem o suficiente descernimento, para sair dali com pontos.
Do lado contrário, da primeira vez que o CDUP passou a linha de meio campo conseguiu arrancar uma falta que foi convertida colocando o resultado em três pontos a zero a favor dos visitantes.
A partir daí o CDUP conseguiu equilibrar um pouco o jogo mas foram os advogados a sairem para intervalo a vencer por 9-3, graças às penalidades marcadas por Sousa Guedes.
Na segunda parte vieram finalmente os ensaios.
Os advogados continuaram sempre na sua toada dominadora mas com um jogo um pouco inconsequente, perdendo bolas aparentemente fáceis, que os nortenhos aproveitaram para lançar as suas linhas atrasadas, muito rápidas e muito móveis, que foram ao longo do jogo dificilmente paradas pela linha de defsa da casa.
Ainda assim nunca os advogados deixaram de dominar o jogo, em todos os seus aspectos.
Duas faltas por parte do Direito, passíveis de amarelo, deixaram a formação de Monsanto com menos dois jogadores.
Nesta fase, embora o Direito tenha conseguido converter mais uma penalidade, o CDUP, aproveitando um pontapé defensivo que não sai do campo e foi recuperado pelo seu ponta que, galga pelas linhas defensivas da equipa da casa e marca o primeiro ensaio do dia colocando o placar em 12-10.
Através de uma jogada de insistência dos avançados o GDD consegue finalmente chegar ao ensaio no culminar de uma jogada de insistência e pick and go.
Com o resultado um pouco mais dilatado, uma nova penalidade elevava as contas a favor do Direito e um novo ensaio no culminar de uma jogada combinada na formação alinhada, marcado por Luís Sousa parecia que acabava com as contas, mas acabou por não ser bem assim.
No caminho para o final do jogo, em ataque de perfuração, Manu pontapeia a bola desastradamente directo para as mãos do centro do CDUP que, com uma autêntica avenida à sua frente marcou mais um ensaio que, não sendo convertido, colocou os nortenhos nos 15 pontos.
Daí até ao final, embora o CDUP tenha apresentado umas linhas atrasadas bem interessantes pela sua dinâmica e rapidez, com destaque para o endiabrado número 12, só deu Direito que, pressionando a linha de defesa verde, obrigando o defesa a fazer um erro deixando cair a bola dentro da área de validação, o que foi aproveitado de imediato para o GDD concretizar o seu último ensaio que, convertido por Sousa Guedes colocou o resultado final em 31-15.
Pode-se dizer que se esperava mais de um CDUP que na jornada anterior tinha imposto um empate aos campeões nacionais, mas nunca durante o jogo esteve em causa a vitória do Direito que, não fosse alguma ingenuidade incompreensível no seu jogo poderia sair da Tapada com um resultado mais dilatado.
Texto: Pedro Pinto Fernades

Foto de capa: Pai Conde



Sem comentários: