O Grand Prix de Sevens da FIRA foi um enorme sucesso desportivo, apesar da pouca exposição mediática que teve, e promete vir a estabelecer-se como um dos principais eventos desportivos europeus, nem futuro muito breve.
Depois das duas primeiras etapas, em Lyon e Moscovo, tudo parecia indicar que a Inglaterra dominaria tudo e todos, ao conseguir a vitória naqueles dois primeiros eventos.
Mas Barcelona foi o Torneio de todas as surpresas, e a Inglaterra não aguentou a pressão, apesar de ter reforçado a sua equipa e se ter apresentado com a disposição de matar o borrego - quem não esteve pelos ajustes foi a Rússia, que a afastou da final, e Portugal que a derrotou no apuramento do terceiro lugar.
Depois do torneio de Espanha, a derradeira etapa apresentava uma questão fundamental: seriam os ingleses capazes de recuperar o ritmo dos primeiros torneios, e chegar, pelo menos, às meias finais, que lhe dariam automaticamente o título?
E a verdade é que a Inglaterra não foi capaz de chegar a essas tão desejadas meias finais, apesar de ter igualado os russos em número de pontos, mas com estes a beneficiarem da vitória obtida na fase de apuramento contra esse mesmo adversário.
Estava assim criada a segunda questão, que envolvia diretamente Portugal, já que era a única equipa que ainda poderia roubar a coroa à equipa britânica, pois quer a Rússia, quer a Espanha ou a França, mesmo vencendo o torneio, nunca conseguiriam somar pontos suficientes para ultrapassar os ingleses.
E foi nesta perspectiva que os Linces abordaram as meias finais, onde venceram a Rússia por 19-7, e, graças à vitória da Espanha sobre a França por 19-12, estava armado o cenário para uma final entre aquelas que são, no momento, as duas grandes equipas de sevens da Europa.
E na final houve de tudo! A Espanha começou melhor e adiantou-se no marcador, mas Portugal reagiu bem e terminou a primeira parte a vencer por 7-5.
No segundo tempo a Espanha voltou a passar para a frente, e um cartão amarelo a um jogador português, parecia oferecer a vitória aos espanhóis.
Quem não se deu por vencida foi a equipa lusitana, que soube aguentar a desvantagem e, nos últimos segundos do jogo, beneficiou de uma formação ordenada nos seus próprios 22, ganhou a introdução, e "mandou" Duarte Moreira (*) com uma mensagem para todos nós: SOMOS CAMPEÕES DA EUROPA!
Face à classificação final, a Roménia e a Moldávia descem de divisão, por troca com a Alemanha e a Escócia.
Veja aqui os resultados finais do torneio de Bucareste, e a tabela final oficial do Grand Prix 2011.
(*)Segundo informação do site da FIRA, quem teria marcado o ensaio final seria o Gonçalo Foro, por isso o publiquei. Agradeço as informações prestadas na caixa de comentários e de acordo com elas procedi à troca do Gonçalo Foro pelo Duarte Moreira.
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