Uns mais bem guardados que outros, todos os que agora foram revelados têm grande importância para o rugby mundial, já que estabelecem calendários, e anunciam alterações ao que já era conhecido (quase todos).
Naturalmente vamos começar por aquilo que mais nos diz respeito, e isso é, sem sombra de dúvida, o que se vai passar em 2016 nos sevens femininos, em que a nossa equipa nacional está directamente envolvida.
A primeira notícia é apenas logística e anuncia a data de realização do Torneio Final de Qualificação Olímpica, para o qual as nossas jogadores conseguiram o brilhante feito de serem apuradas, e que vai acontecer em Dublin, nos dias 25 e 26 de Junho, pouco mais de um mês antes dos Jogos do Rio de Janeiro.
Com a aproximação desse torneio, ficou a saber-se também quando acontecerá o Europeu de Sevens Feminino - mais uma vez com a participação nacional - que será disputado em duas etapas, a primeira das quais a disputar na Rússia, em Cazã, antes do Torneio Final de Qualificação Olímpica, e o outro, já em Setembro, em França, em Brive-Malemort.
Ainda no rugby feminino, infelizmente já sem a intervenção da nossa equipa nacional, o Circuito Mundial Feminino sofreu uma alteração, com a introdução de um quinto torneio, que se realizará no fim de semana 28 e 29 de Maio, em Clermont Ferrand.
Recorde-se que em 2014-15 o Circuito foi composto de seis etapas, e tudo indicava que este ano o número de eventos se repetiria. No entanto, quando se anunciou o calendário foi dito, primeiro, que afinal seriam apenas cinco etapas, para depois se anunciarem apenas quatro torneios...
A introdução da França, embora tardia, representa alguma recuperação dos sevens femininos, mas a verdade é que se regrediu do ano passado para este ano, e isso tem também efeitos negativos no número de equipas que têm a oportunidade de participar na competição, já que se em 2014-15 apenas numa etapa houve a troca de uma equipa (em Amsterdão, saiu o Brasil e entrou a equipa da casa) pelo que se fica na dúvida se este ano alguma outra equipa, além as que estiveram no Dubai - as mesmas que estarão no Brasil - será bafejada com uma participação.
Recorde-se que das 16 participantes do Torneio Final de Qualificação Olímpica, apenas três participam no Circuito Mundial, e, curiosamente, elas são todas europeias - Rússia, Espanha e Irlanda - deixando de fora a quarta europeia (Portugal) e todas as restantes 12 participantes na qualificação para o Rio de Janeiro.
Desta forma as três equipas citadas partem para o Torneio Final de Qualificação com uma enorme vantagem sobre todas as outras.
Para encerrar o capítulo das novidades dos sevens femininos, confirmou-se o que o Mão de Mestre já havia anunciado, com a desistência da África do Sul em participar nos Jogos Olímpicos, para os quais se tinha qualificado no apuramento africano, quando no passado mês de Setembro bateu o Quénia por 31-5 na final.
Assim o Quénia, segundo classificado no apuramento regional, recebe um inesperado brinde e garante um lugar nos Jogos do Rio de Janeiro.
Desta forma quem avança para Dublin - se não houver nenhuma surpresa - será Madagascar, quinto classificado na qualificação africana, já que o terceiro e o quarto classificados (Tunísia e Zimbabwé) já se encontravam qualificados para este Torneio Final de Qualificação.
Apenas para informação, o Senegal foi sexto classificado, o Uganda sétimo e a Namíbia oitavo, no apuramento africano...
Terminadas as novidades femininas, resta informar que o Torneio Final de Qualificação Olímpica Masculino será disputado no Mónaco, no fim de semana de 18 e 19 de Junho, onde, infelizmente, Portugal não estará representado.
Finalmente, o Grand Prix Sevens da Europa terá este ano quatro etapas - mais uma que no ano passado - que se realizarão em Moscovo (4 e 5 de Junho), Exter (9 e 10 de Julho), Gdansk na Polónia, a novidade do ano, (16 e 17 de Julho), e, finalmente, em Lyon, no mês de Setembro, com data ainda por determinar.
Conheça todos os passos da qualificação Olímpica no hot-site que dedicamos à prova.
1 comentário:
As quatro "home nations" não vão participar no próximo Europeu Sub18.
Como Portugal e Geórgia se qualificaram automaticamente e era uma delas que ia ter que participar no torneio de qualificação, as quatro manas fugiram a sete pés.
Enorme falta de desportivismo e enorme falta de consideração pelos jovens jogadores de todas as nações envolvidas.
Conseguiram assim acabar com o único campeonato europeu em que todas as nações apresentavam as suas melhores equipas.
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