7 de setembro de 2017

FANTÁSTICO COMPORTAMENTO DOS U20 DE PORTUGAL E OUTRAS BOLAS CURTAS

Com três vitórias em três jogos, Portugal alcança a final do Trophy da categoria, um feito extraordinário que é uma lufada de ar fresco no tão mal tratado rugby nacional.
Depois de vencer o Uruguai na primeira jornada por 20-18 - na verdade o jogo que colocou a nossa equipa na rota do sucesso! - os portugueses bateram a seleção de Hong Kong por 31-24 no segundo encontro, e terminaram em grande com uma vitória sobre as Fiji por 16-13.
No domingo Portugal disputa a final da prova frente ao Japão, e aproveitamos para deixar aqui um forte aplauso a todos os jogadores e à equipa técnica liderada por Lois Pissarra, pois independentemente do resultado da final, esta é uma equipa de campeões!
Mas, já agora, vejam lá se trazem a taça na mão e o apuramento para novas aventuras na bagagem!


A seleção nacional de sevens de U18 disputa neste final de semana em Heidelberg, na Alemanha, o Campeonato da Europa do escalão, defrontando na primeira fase da prova as equipas do País de Gales, da Rússia e de Israel.
Sob comando de Rui Carvoeira e João Mirra, a equipa nacional será composta dos seguintes elementos:
Duarte Matos, Francisco Afra, Jerónimo Morais (Direito), José L. Costa, Martim Garcia, Tomás Cabral (Agronomia), Manuel Pinto, Rodrigo Marta, Vasco Morais (Belenenses), Manuel Nunes (Montemor), Martim Bello (Cascais) e Raffaele Storti (Técnico).

Congresso da Federação anunciado para o fim de semana 27 a 29 de Outubro na Curia, sob organização de Pedro Fragoso Mendes, que muitos recordarão como um dos principais responsáveis pelo saudoso Torneio Internacional Lisboa Sevens.
Ainda sem se conhecerem os detalhes do evento, este anuncia-se como um momento de reflexão e apresentação de novos caminhos para o rugby nacional, que sucessivas gestões inadequadas levaram a um ponto de rotura que urge sanar.
Apelamos a todos que tenham propostas, ideias, reflexões a apresentar que não deixem de o fazer, pois o rugby nacional precisa de todos para recuperar a vitalidade que já teve noutros momentos.


1 comentário:

Claudio disse...

Há muita coisa para fazer, apenas em relação ao XV nacional, porque continuo convencido que o desenvolvimento do râguebi em Portugal apenas poderá realizar-se de cima para baixo, ou seja, é com resultados positivos no XV nacional que se enche e se desenvolve os clubes portugueses e os estadios, que se encontra patrocínios, se dá visibilidade, se encontra dinheiro. É também por esse caminho que se ganha fama e respeito por parte dos clubes estrangeiros e que assim se facilita a disponibilidade dos jogadores portugueses que lá jogam. Já disse e repito : será sempre mais fácil para um jogador profissional obter por parte do seu patrão uma disponibilidade para jogar contra Georgia ou Roménia, que para ir encontrar Moldávia ou Ucrânia.

Há muita coisa para fazer, e acho que pelo menos deveria ser feito/continuado o seguinte em relação aos Lobos :


1 - em relação aos jogadores que atuam no estrangeiro :

• ligar novamente com jogadores dos campeonatos franceses, principalmente com os lusodescendentes, já que a comunicação com os portugueses de Portugal que jogam em França parece menos comprometida ;

• desenvolver uma relação de confiança com os clubes franceses onde jogam esses jogadores portugueses e assim facilitar as suas disponibilidades para representar a seleção nacional ;

• convencer os jogadores de França de se comprometerem pelos menos por um jogo ou dois jogos do campeonato europeu por ano ;

• aceitar a ideia que não há mal em vir a Portugal jogar apenas um jogo ou dois durante o ano quando se trata de jogadores profissionais, porque o que conta é que eles venham e ajudem ;

• correr França á procura de novos jogadores lusodescendentes/lusafricanos ;


2 - em relação aos jogadores que atuam em Portugal :

• correr Portugal de alto a baixo á procura de novos talentos para representar o país ;

• facilitar, tanto como possível, experiências de jogadores portugueses em campeonatos estrangeiros, especialmente nos campeonatos franceses ;

• desenvolver a formação dos jogadores avançados em Portugal e valorizar estes jogadores já que temos no país muitos "corpos" apropriados para estas posições.


3 - em relação aos jogos da seleção de XV :

• entrar em campo sempre com os jogadores profissionais, mais ainda tratando-se dos avançados, o que não é forma de desprezo para os que começam no banco ;

• efectuar substituições no momento correcto do jogo ou seja sem demorar, recordando se que no rugby moderno não convém ir muito além dos 50 minutos com uma primeira linha de titulares, e que é mesmo no último terço do jogo que os jovens ou os amadores são mais-valia :

• abandonar hábitos de jogo de "outros tempos", tipo chutos para a frente a devolver a bola ao adversário depois de grandes esforços inúteis - mas bastanto cansativos - geralmente por parte dos avançados para ganhar metros com a bola na mão e também proibir ticos/atitudes de sevens, sejam esses ticos essas atitudes muito bonitos porque XV não é 7 e que no XV é importantíssimo guardar o posso de bola, construir com paciência uma táctica de jogo.

et caetera