29 de setembro de 2017

NOVA TEMPORADA COMEÇA HOJE NA TAPADA

Arranca este fim de semana a principal competição nacional de rugby, com a sua abertura marcada para o Campo de Rugby da Tapada, hoje, às 20 horas, com um Benfica-Agronomia a lembrar velhos tempos, com a satisfação de ver um dos mais importantes clubes de rugby de Portugal voltar a jogar no topo da pirâmide.
No sábado jogam-se os restantes encontros, com o Direito a visitar a Lousã, o Belenenses a ir a Leça defrontar o CDUP, o CDUL a viajar até Évora, e o Técnico no jogo mais equilibrado da jornada, a visitar a Académica no velhinho Estádio Universitário de Coimbra.
O último jogo que deveria levar o Cascais a Montemor, foi adiado.
Veja aqui o quadro dos jogos.


Entretanto a seleção nacional de sevens está na Alemanha, onde vai disputar hoje e amanhã o Oktoberfest Sevens, na companhia de mais 11 equipas nacionais, divididas em três grupos de quatro:
Grupo A: África do Sul, França, Espanha e Portugal;
Grupo B: Inglaterra, Argentina, Alemanha e Uganda;
Grupo C: Fiji, Austrália, Chile e Irlanda.
O torneio disputa-se no Estádio Olímpico de Munique, e consta que a World Rugby estará atenta ao que se vai passar, com a possibilidade do Estádio que viu as Olimpíadas de 1972 acontecerem, vir a ser sede de mais uma etapa do Circuito Mundial.
Mais um comboio que Portugal perdeu...

O que se passa com o anunciado Congresso do Rugby Português, que deveria ter lugar na Curia no fim de semana de 27 a 29 de Outubro deste ano?
Segundo ouvimos dizer o baixo número de aderentes estará a pôr em causa a realização do encontro, em mais um pobre momento do rugby nacional.
Os clubes não querem saber, não têm ideias ou não estão com paciência para falar delas, mas depois reclamam esquecendo-se que o rugby nacional é aquilo que os clubes dele fizerem.
Sem a intervenção dos clubes e dos seus integrantes, não há rugby que resista e não vale a pena Cassiano Neves demitir-se, nem Amado da Silva tentar novo mandato.
O rugby português precisa de uma lufada de ar fresco, mas quem tem que soprar, são os clubes!

E o que se passa com os árbitros? Segundo um comunicado da sua associação, eles não soprarão no apito este fim de semana, cansados de promessas não concretizadas e de dívidas não pagas.
Mais uma consequência de um desenvolvimento que não foi o mais adequado ao rugby nacional, que continua a hesitar entre ser o melhor dos amadores ou o pior dos profissionais...
Tentou-se construir um edifício sem estruturas, e não se conhece ainda a verdadeira dimensão do desastre.
Como se pode querer um rugby profissional, com árbitros, treinadores e jogadores na folha de vencimentos, quando a modalidade não gera receitas próprias e vive do paitrocínio de uns poucos e das migalhas do poder?
Enquanto não se puserem os pés no chão, não vamos lá...

Mas nem tudo são desgraças, nem razões para chorar! Como não havia nada mais importante a fazer, a FPR alterou a nomenclatura das competições nacionais de seniores, acabando com  a Divisão de Honra e passando a chamar-lhe 1º Escalão ou Campeonato Nacional 1, e com a 1ª Divisão a passar a 2º Escalão e a 2ª Divisão a 3º Escalão.
Um momento de boa disposição, que ignorou a importância que a antiga designação de 1ª Divisão teve para a consolidação do rugby fora das grandes cidades, e cuja razão de ser por enquanto não se vislumbra.
Faz lembrar uma tal Taça Patrocinador que existiu há uns anos, mas que nunca teve patrocinador algum...

4 comentários:

Claudio disse...

Peço desculpa por não ter a ver com o artigo, mas amanhã no jogo Montpellier - Brive do Top14 vai haver mais lobos lusodescendentes em campo que em qualquer jogo da seleção dos dois últimos anos... Bardy, Tadjer Barbosa, Marques... trata-se de um evento !

Duarte disse...

Viste o jogo? Se sim, podes dizer-nos - de uma forma imparcial ;) - como é que cada um deles esteve?

Claudio disse...

Por acaso estive em Portugal este fim de semana e não vi o jogo, apenas o resultado (54-10 ganhou o Montpellier) e notei que Bardy et Tadjer saíram aos 49, Marques aos 56.

Duarte disse...

Obrigado.