12 de setembro de 2014

EM HONG KONG LOBAS APURADAS PARA QUARTOS DE FINAL

Portugal conseguiu o apuramento para os quartos de final do torneio de qualificação para o Circuito Mundial feminino, após uma sofrida vitória sobre Hong Kong no último jogo do primeiro dia da prova.

Portugal começou com uma derrota frente ao Brasil, que se vingou assim da derrota sofrida num amigável realizado no Jamor em 2011, mostrando claramente que o investimento do Brasil na modalidade - expresso em empenho e dinheiro - está a dar os seus resultados, enquanto que as nossas Lobas se vão contentando com um papel muito aquém das suas possibilidades.

No segundo jogo do dia, nova derrota, desta feita contra a Holanda, para depois, no derradeiro jogo da fase de apuramento, surgir a tão desejada vitória e o oitavo posto no ranking da competição, com o respectivo acesso aos quartos de final, onde amanhã defrontarão as poderosas atletas das Ilhas Fiji.

Fiquem com o quadro dos resultados de hoje e os jogos de amanhã.

8 comentários:

Anónimo disse...

O primeiro dia ficou abaixo das expectativas fruto de muitos erros técnicos individuais (adiantados), falhas de placagem e opções de jogo menos conseguidas.

Talvez o principal equívoco tenha sido colocar a atleta Cristina Ramos na ponta, posição para a qual não tem velocidade. Há melhores opções na equipa. Outro equívoco foi a utilização a formação da atleta Maria de Jesus, sempre lenta e sem soluções a atacar e defender.

Portugal até começou bem com o Brasil, a ganhar 7-0, mas as falhas de posicionamento, de placagem, de velocidade ditaram o resultado fina de 38-7.

Com a Holanda assistimos a um jogo equilibrado, com muitas falhas dos dois lados,que podia ter pendido para qualquer das equipas. Acabaram por ser mais felizes as holandesas, por ser mais objetivas.

O jogo com Hong-Kong, finalmente viu-se Portugal a jogar bem e a construir boas jogadas de ataque. Esteve a ganhar 19-0 mas, talvez por excesso de confiança ou por cansaço ia deitando tudo a perder quando perto do final deixou as adversárias chegar ao empate.

Valeu uma iniciativa da atleta Leonor Amaral, que inventou espaço nos 5 metros adversários para marcar o ensaio (24-19), depois transformado, terminando o jogo logo a seguir.

Amanhã segue-se as Fiji. Pelo que vimos é uma equipa que tecnicamente não é superior á portuguesa. A diferença está no aspeto físico e as moças são grandes, enormes.

Não creio que o jogo esteja perdido à partida. No rugby (e muito menos no sevens) não há disso.

Consigam as nossas jogadoras resistir fisicamente e fazer circular a bola, defender com garra e podemos ter a TAL vitória que nos faz falta.

A surpresa pode acontecer.

Great_duke disse...

Muito difícil, o jogo de amanhã. Mas devo dizer que não se pode apontar um dedo ao comportamento das meninas hoje. Fizeram jogos de coragem e garra. Como seria bom se elas pudessem ter mais rodagem a este nível (creio que, no final, foi o que fez a diferença para as brasileiras). E estivemos muito perto de puder surpreender as holandesas...

Anónimo disse...

Segundo dia não foi diferente do primeiro, com os resultados:

1/4 Final: Portugal 7 x Fidji 28
Meia Final da Taça Plate: Portugal x Brasil 10
7º/8º Lugar: Portugal 7 x Holanda 31

Continuaram os erros e as más opções na escolha da equipa.

A realidade é esta e não se pode esperar mais. O problema não foi certamente da humidade.

Anónimo disse...

Discordo com o comentário 15:33. Que eu saiba (e vi) a atleta Maria de Jesus nunca jogou a Formação neste torneio, mas sim a Talonador. As duas atletas que jogaram na posição 4 foi a Daniela Correia e a Leonor Amaral. Para além disso a atleta Maria Vasquez, quando entrou foi das melhores a defender no jogo do primeiro dia contra a Holanda, juntamente com a Iris Silva, Isabel Ozorio, Christina Ramos e Catarina Ribeiro.

Já agora se considera que a Christina Ramos não devia jogar a ponta, quem acha que poderia jogar?

Na minha opinião o 7 inicial contra Fiji não era um 7 de COMBATE (e até algo lento) e nesse jogo tínhamos que defender que tudo o que mexia e saber contra atacar com eficácia. Coisa que não aconteceu, só acordamos na 2 parte mas mesmo assim as Fijianas são de outro campeonato.

Acho que no primeiro dia o objectivo foi cumprido (apesar do jogo sofrido contra Hong Kong) mas na minha opinião o segundo dia foi muito abaixo das expectativas. Primeiro porque foi condicionado com as más opções técnicas e em segundo lugar pela falta de experiência internacional que a equipa tem (não é culpa das atletas, nem dos treinadores mas quem gere a FPR).

Apesar de tudo ficou comprovado que o investimento e aposta no rugby feminino tem muito potencial. Bem trabalhadas fisicamente e com mais experiência internacional, podemos conseguir mais e melhores resultados.

Parabéns a todas as atletas pela garra e atitude ao longo do torneio.

Anónimo disse...

Em Hong-Kong estavam duas jogadoras que teriam dado muito mais rendimento e segurança a defender na ponta: Catarina Ribeiro e a Raquel Freitas, jogadora rotinada neste lugar. Qualquer uma com muito mais velocidade que a Cristina Ramos. Outras para esse lugar ficaram em Lisboa. Opções ou provavelmente uma questão de quotas entre clubes.

Não se pode dizer que a equipa, ou pelo menos estas jogadoras tenham falta de experiência internacional, pois são praticamente as mesmas que jogam há anos na seleção. O treinador sim, não tem qualquer experiência, que me parece um pouco perdido e deixa muito a desejar para o que esta equipa precisa.

Concordo que temos algum potencial, que tecnicamente temos jogadoras muito boas e a maioria com capacidade para progredir e aguentar-se mais uns anos. Assim lhe seja dada a possibilidade de ter mais contactos internacionais, mais jogos ao longo do ano em torneios internacionais.

Não é com uma competição interna abaixo de sofrível - onde apenas Benfica, Técnico, Agrária e Porto têm algum ritmo de jogo - que o nível de seleção vai longe.

Tudo passa por uma opção da FPR que, até há bem pouco tempo estava pouco interessada no rugby feminino e cujo DTN era até a favor que se acabasse com ele.

Mais grave ainda é a base de captação para a seleção; encontrar mais jogadoras com a mesma qualidade do grupo que atualmente treina na seleção vai ser complicado. E a hora de renovação está perto.

Great_duke disse...

Devo dizer que acho que contra Fiji fizemos uma boa segunda parte mas a diferença já estava feita na primeira parte. E, fisicamente, a diferença entre as duas equipas é enorme. Há que apoiar esta equipa...

Anónimo disse...

Caro anónimo das 16h30.
Certamente que tem visto jogos nacionais e internacionais diferentes dos que eu tenho acompanhado!

A Maria de Jesus é certamente das melhores jogadoras portuguesas da actualidade e se discorda é porque não vê os jogos do campeonato e também não vê as exibições dela com a camisola das quinas!

Relativamente à escolha da ponta posso dizer o seguinte, a Raquel Freitas tem cometido erros que uma jogadora com a experiência dela nunca deveria cometer e não dá minha opinião segurança na defesa e se acha que estou a dizer um disparate é simples vá rever os jogos das etapas do europeu!
A Christina alem de não ser tao lenta como você diz, também é uma atleta fisicamente muito forte e que transmite muita segurança a defender.

É certo que temos jogadoras mais rápidas e poderia enumerar mais uma ou duas, mas talvez ainda não estejam tecnicamente ao nível de uma selecção.

Concordo que é preciso aumentar a qualidade da competição interna e dar mais experiência internacional.
Mas também acho que é preciso dar mais oportunidades a outras atletas fora deste leque que estão sempre presentes.
Principalmente nas áreas em que temos mais lacunas, como a velocidade.

Mas acho que a selecção tem principalmente falta de rotina em jogos internacionais.

Claro que se eu fosse seleccionador haveriam pessoas que trocava por questões técnicas e tácticas.

A Sara do técnico devia estar ai, assim como a Cátia João do Benfica!

Mas como não sou seleccionador, cumpro o meu papel de adepto e apoio quem está, porque falar é fácil difícil é fazer!

Anónimo disse...

Penso que a Raquel Freitas já não está tão rápida como seria à uns anos e sobretudo já não dá segurança a defender. Já no caso da Catarina Ribeiro concordo que seria uma boa opção à ponta.

Maria Vasquez é uma excelente jogadora nomeadamente a jogar a formação. Não percebi porque joga tão pouco e quando joga vai para a talonador??? O mesmo aconteceu com a Vera Simões, estava convocada e nem se viu....

Acho que houve más opções técnicas com a equipa inicial e as substituições ao longo do torneio. Mas talvez alguns desses erros tenham começaram logo a convocatória.

Ainda assim um bem haja às nossas jogadoras que tiveram uma excelente atitude e deram o seu melhor. É preciso dar-lhes condições e não é com esta competição interna - ridícula - que vamos longe certamente.