23 de junho de 2010

7 BOLAS CURTAS

COM A CHEGADA DO VERÃO TAMBÉM AS GRANDES EQUIPAS,depois dos jogos deste fim de semana, vão fazer um breve descanso antes de voltarem ao ativo.

Para terminar em beleza a chamada Janela de Verão vamos ter já hoje o último jogo da Inglaterra, defrontando desta feita os NZ Maoris.

A Inglaterra vem de uma importante vitória frente à Austrália, mas os Maoris estão preparando a equipa com argumentos de peso, dos quais se destaca o pilar Clint Newland, com os seus 130 kg…

Na verdade é na formação que os ingleses baseiam todo o seu poderio, e só com um pack forte e experimentado será possível fazer frente à equipa de Martin Johnson.

Mas bastou aos ingleses ganharem um jogo para ficarem de novo com o rei na barriga.

De tal forma que o jogo de hoje é encarado com um certo ar de desprezo “so british”, e do XV inicial que ganhou aos Wallabies, apenas um, Chris Ashton , faz parte da equipa que vai começar com os Maoris.

Com 14 mudanças em 22 jogadores Johnson tenta assim libertar-se do peso de uma eventual derrota, com o argumento de apresentar uma segunda equipa…

OS SPRINGBOKS QUE VÃO DEFRONTAR NO SÁBADO pela segunda vez a Itália, não seguem a mesma política, e apesar de terem ganho o primeiro embate, reforçam ainda mais a equipa, com o retorno do capitão e talonador John Smit e do terceira linha Schalk Burguer.
A ausência mais notada na equipa inicial é Victor Matfield, que fica em repouso, substituído por Juan de Jongh.
Entretanto os italianos ainda não anunciaram o XV que começará a jogar, sabendo-se apenas que o pilar direito Martin Castrogiovanni continua a fazer tratamento na esperança que possa alinhar no jogo de sábado.
O TREINADOR DOS ALL BLACKS GRAHAM HENRY fez setealterações à equipa que esmagou o País de Gales na semana passada, mas as alterações em vez de enfraquecerem a equipa, ainda a tornam mais poderosa.
Na formação a primeira linha reforça-se com a entrada de um “novo” par de pilares com Neemia Tialata à direita e Tony Woodcock à esquerda, o regresso do segunda linha Tom Donnelly e do asa Jerome Kaino.
Nas linhas atrasadas começa Richard Kahui, que substituiu Conrad Smith no decurso do primeiro jogo, no centro, enquanto o veterano defesa Mils Muliaina (82 testes) regressa recuperado da lesão que o afetou.
O rapidíssimo René Ranger, dos Blues, com 23 anos, foi chamado à equipa, apesar de ficar no banco ao princípio.
Dan Carter, que teve uma brilhante atuação no primeiro jogo, vai comandar o assalto aos galeses de novo.
Os galeses, pelo seu lado, resolveram abrir a porta ao publico no ultimo treino que farão antes do segundo teste frente à Nova Zelândia.
Warren Gatland, treinador do País de Gales está de volat à sua terra natal, e tem feito questão em aproximar a equipa da população, numa tentativa de criar um bom ambiente que dure até ao Mundial do ano que vem.
Com uma franqueza pouco habitual a este nível, o manager da equipa, Alan Phillips, afirmou que” nem sempre podemos ter absoluto domínio sobre o que se passa dentro de campo, mas podemos controlar como nos comportamos fora dele, e convidar os amantes do rugby para nos visitarem e assistirem ao treino é apenas uma pequena parte do que tencionamos fazer para conquistar alguns corações antes do nosso regresso para o campeonato do Mundo”.
Será que resulta?
A IRLANDA PREPARA UMA EQUIPA QUASE A 100% para o jogo com a Austrália, e dos jogadores que defrontaram os NZ Maoris, apenas quatro se mantém no XV inicial, sendo o maior novidade a estréia em internacionais (não esqueça que os jogos com os NZ Maoris não têm esse estatuto) a presença de Chris Henry com o nº 8, substituindo o castigado James Heaslip.
Aliás no pack apenas Henry e o terceira linha Niall Ronan se mantém, entrando um novo cinco da frente – Cian Healy, Sean Cronin e Tony Buckley na frente, e Mick O’Driscoll e Donncha O’Callaghan na segunda linha – e um asa, Shane Jennings.
Nas linhas atrasadas fica o centro Paddy Wallace e o abertura Jonathan Sexton, entrando Robert Kearney para a defesa, Tommy Bowe e Andrew Trimble para as pontas, e Brian O’Driscoll para o miolo.
Para municiar Sexton, a camisa 9 vai ficar com Tomas O’Leary, o formação de Munster, habituado a jogar sob forte pressão.
A Austrália, apesar da derrota sofrida frente à Inglaterra, só procedeu a duas substituições, e mesmo estas por lesão, não por opção tática, o que significa que os responsáveis dos Wallabies ficaram satisfeitos com o comportamento da equipa.
Adam Ashley-Cooper (11) e Luke Burgess (9), entram para os lugares de Digby Ioane e Will Genia, mas fica a dúvida se esta será realmente a melhor equipa que os australianos podiam arranjar.
EM BUENOS AIRES A ARGENTINA VAI DEFRONTAR A FRANÇAdepois de duas derrotas frente à Escócia, o que não prenuncia nada de bom para a equipa sul americana, partindo do princípio que os franceses vão querer terminar em beleza, e não irão facilitar em nada a vida do adversário.
A um ano do Mundal, e da sua admissão no Três Nações – que passa a Quatro – a Argentina parece em desaceleração e os seus resultados desportivos são uma desilusão, tanto com os Pumas, como com os Pumitas ou com os Jaguares.
Claro que os argentinos argumentam que as condições climáticas com vento forte e chuva abundante, favoreceram os escoceses, mas a este nível esse tipo de desculpa não serve.
A verdade é que a indisciplina dos seus jogadores, e as conseqüentes penalidades sofridas, castigaram a equipa, que nunca mostrou soluções para ultrapassar a primeira linha de defesa escocesa.
Se isso voltar a acontecer, e apesar dos franceses parecerem já ter entrado de férias, o resultado pode ser muito desagradável para a equipa das papas.
NO PACÍFICO AS FIJI, CUJO PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO se encontra detido pelo regime militar sob acusação de lançar boatos quanto a um tsunami que atingiria as Ilhas esta madrugada, vão defrontar Samoa e não devem ter dificuldade em se impor.
No outro jogo desta última jornada o Japão vai defrontar Tonga num encontro de forças desproporcionadas.
Enquanto isso, ali perto, no Cambodja, joga-se hoje o Laos-Brunei, e no sábado a equipa da casa defronta o Laos.
FINALMENTE PARA FECHAR A SÉRIE DOS EVENTOS mais importantes do fim de semana começa amanhã o Carcassonne Sevens, em que participam as equipas portuguesas de Sub-21, com o nome curioso de equipa da Academia Super Bock, e a seleção nacional feminina, em preparação para o Europeu de Moscovo.
Felizmente que a crise financeira que impediu os Linces de terem a preparação mais adequada não afetou as meninas, nem as nossas esperanças.
Enquanto isso, em Moscovo, vai disputar-se um tal campeonato da Europa de clubes, que mais não é que uma maneira que os russos arranjaram para manter em atividade competitiva os jogadores dos dois clubes que habitualmente fornecem a matéria humana das seleções, e de outros dois que poderão vir a fornecer no futuro.
Nós que nos gabamos tanto da nossa imaginação, desta vez não tivemos nem engenho nem arte para nos “desenrascarmos”…

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