14 de outubro de 2009

ABORDAGEM FILOSÓFICA

Elaborei uma sinopse que desejei contivesse a filosofia com que sempre encarei o meu desporto favorito:
1. O Rugby é um desporto onde o contacto físico é inevitável.
2. O Rugby de bom nível é jogado sob pressão .
3. O Rugby é um Jogo em que se corre e se placa.
4. O Rugby é um Jogo de ataque.
5. O Rugby é um Jogo de equipa.
6. O jogador de Rugby deve conhecer muito bem as Leis do Jogo.
7. O jogador de Rugby está sempre dentro da jogada.
8. O jogo só se interrompe ao apito do árbitro.
9. Mesmo nas interrupções o jogador deve sempre ter os olhos na bola.
10. O real objetivo desportivo do Rugby é marcar ensaios.
11. Manter o adversário sob pressão, tirar-lhe a iniciativa, fazê-lo cometer erros e conquistar-lhe a bola.
Foi com esta abordagem filosófica , que está na base daquilo que me havia de trazer o epíteto do inventor do “rugby-côr-de-rosa” – de que muito me orgulho – que o CDUL inaugurou as suas vitórias no Campeonato de Portugal.


( Extratos de um texto – a que também chamou, com o seu afiado humor, “testamento político” – do Engº Vasco Pinto de Magalhães, na Rugby Revista de Outubro de 1980)

Foi depois de apitar uma final da Taça de Portugal, entre o CDUL e o Benfica, que comecei a entender melhor, e a apreciar, o Engenheiro. Nesse dia, depois do jogo, ele foi até à minha cabine, saudar-me pela arbitragem. Nada de especial nisso, apenas uma demonstração de boa educação. Mas, ao ver, espreitando do meu saco de equipamento, o livro das Leis do Jogo, do qual ele fora um dos tradutores, não se conteve e disse: “Olhe, Manuel Cabral, essa é uma boa leitura...”

Sem comentários: