7 de outubro de 2009

UM PLANO PARA O RUGBY PORTUGUÊS

Como todos esperam, esta semana vai ficar marcada pela decisão do Comité Olímpico Internacional de incluir o rugby sevens no programa dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Com essa inclusão, Portugal, tal como outros paises emergentes, terão a possibilidade de provar ao mundo até onde podem ir, na modalidade.

Com o natural afluxo financeiro, e a exposição publica que os Jogos proporcionam, e na véspera de eleições para FPR, espera-se que os responsáveis pelo desenvolvimento do rugby em Portugal definam um plano, com base na multiplicação dos torneios de sevens locais, e na preparação de duas seleções nacionais, competindo quer nas Séries Mundiais, quer nos campeonatos da Europa e do Mundo, quer ainda em outros torneios de grande nível competitivo.
Porque, se é verdade que cada dia surgirão mais equipas que apenas se dedicam à sua prática, quer ao nível de clube, quer a nível das federações, não deixa de ser verdade que sem uma enorme base de praticantes amadores, não será possível manter aquelas equipas profissionais.
E essa é que deve ser a opção a tomar por Portugal.
Se tivermos em conta que, desde 2007, com a exposição que o rugby teve em Portugal com a participação na fase final do RWC, o numero de praticantes cresceu mais de 50%, podemos imaginar o que acontecerá com a admissão nos Jogos Olímpicos.
A grande tarefa será conseguir enquadrar todo esse entusiasmo e transformá-lo numa equipa vencedora.
Desde o aparecimento do Lisboa Sevens em 1987, e durante os anos em que o Torneio se disputou, até 2003, os sevens em Portugal cresceram de zero até onde se encontram hoje. Apenas a Seleção Nacional evoluiu, fruto da sua participação crescente em Torneios internacionais.
Ou seja, para que se possa dar um pulo em frente, é fundamental tornar a organizar o Lisbon Sevens, onde as equipas de clubes e equipas de convites possam competir, e, ao mesmo tempo, lançar dois novos torneios internacionais, destinados, um a equipas de índole Regional, e outro destinado a Seleções Nacionais.
Entretanto deverá ser dado um novo impulso ao Campeonato Nacional de Clubes, e introduzir um Campeonato Nacional de Regiões. Ficará assim completo, em conjunto com os torneios organizados pelos clubes, o quadro competitivo dos sevens em Portugal, com intensa actividade, a todos os níveis. Só assim se poderá ambicionar um lugar ao sol no novo concerto das nações que se avizinha.
Mas os sevens não vivem apenas de jogadores. É necessário formar novos árbitros e conseguir que os melhores estejam permanentemente em actividade de nível internacional, e novos treinadores também, formados pela Equipa Técnica Nacional, para que se vá criando uma identidade própria para as equipas portuguesas, que seja comum em todos os níveis.
Que os novos dirigentes da FPR mantenham o foco, e se comprometam a promover o desenvolvimento ao serviço dos praticantes, clubes e adeptos, em geral, e não para seu próprio benefício ou dos seus clubes.
E agora pessoal, vamos ter pensamentos positivos e criar um campo magnético em redor do Comitê Olímpico Internacional. Para que, na sexta-feira, o Rugby Sevens seja um Desporto Olímpico!

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