13 de dezembro de 2021

VITÓRIA DIFÍCIL EM ELVAS MANTÉM O CALDAS SÓ COM VITÓRIAS A PAR DA LOUSÃ

Disputou-se este final de semana a primeira jornada da 2ª volta do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, que se esperava não oferecer dificuldades maiores aos primeiros classificados, mas na verdade não foi isso que aconteceu.

No Grupo Sul o Caldas - líder da tabela - foi a Elvas defrontar o lanterna vermelha, mas ao contrário do que se imaginava a vitória dos pelicanos foi bem suada, graças às dificuldades que a equipa da casa lhes criou. O resultado de 10-16 diz bem das dificuldades dos caldenses.


Já o segundo classificado do Grupo, o Santarém foi à Moita sofrer uma inesperada derrota por 14-9 num jogo de baixo nível técnico em que o Vila da Moita se destacou pela pressão defensiva e no aproveitamento dos erros escalabitanos.

No Grupo Norte jornada tranquila para os primeiros, com a Lousã a ir a Braga vencer por 3-66, e o Arcos de Valdevez a vencer o Guimarães em casa por 36-15

Nota negativa para os dois jogos adiados para o dia 8 de janeiro - CDUP B-Bairrada e Setúbal-Galiza.

Embora se entenda que as condições deste ano são bem complicadas, em especial devido aos casos de Covid, pensamos que os clubes devem fazer tudo o que puderem para evitar adiamentos, que dão uma péssima imagem do nosso desporto perante a sociedade.

RUGBY CLUBE DE ELVAS 10-16 CALDAS RUGBY CLUBE (1-2) - Estádio Municipal de Elvas

Tarde muito agradável no Alentejo, vento moderado e muito publico, afeto à equipa da casa, apoiando com vigor os seus atletas.
Magnifico relvado, uma sugestão à FPR para vir a organizar futuras partidas internacionais fora de Lisboa.

Regressava o CN1, após paragem para disputa da Taça de Portugal e semana de descanso.
O Caldas apresentou-se com algumas baixas nas suas linhas atrasadas e via o regresso, ainda que com limitações, de alguns lesionados, que já estiveram no banco. O Elvas apresentou-se bem composto, alguns jogadores mais experientes a darem estrutura a uma equipa muito jovem e com futuro.

Desde o início o Caldas procurou impor o seu jogo. Mas, falta de concentração e indecisão nas jogadas, erros não habituais de manuseamento, principalmente no passe e uma atitude competitiva muito forte do Elvas não permitiram que o rugby Pelicano estivesse, esta tarde, no verde Alentejano.
Pouco a pouco o Elvas ia-se superiorizando, e aproximando.se de situações em que a quebra de linha adversária esteve eminente.

Aos 17 minutos, uma oportunidade de transformação de penalidade aos postes foi bem conseguida, e o Elvas inaugurou o placard, 3-0.
A partida prosseguiu na mesma toada e apenas aos 31 minutos o Caldas conseguiu uma superioridade ao conquistar uma penalidade no jogo no solo. O faltoso, o pilar Pedro Rodrigues foi admoestado com 10 minutos no “sin bin”, e Cristóvão Monteiro aproveitou para transformar aos postes, com êxito. 3-3 no marcador.

Com vantagem de mais um homem em campo esperava-se que o Caldas passasse à ofensiva, mas pouca clareza no explanar do jogo e nas decisões das jogadas e uma excelente defesa Elvense comprometiam qualquer possibilidade de ultrapassar a linha de vantagem.

1ª Parte: RC Elvas – 3 (1P) Caldas RC – 3 (1P)

O marcador espelhava o equilíbrio que se registou dentro das quatro linhas. Ambas as equipas sem grandes ocasiões para pontuar, o Caldas sem conseguir impor o seu jogo, o Elvas sempre a responder com forte pressão defensiva a todas as iniciativas e sempre a procurar colocar a oval nos 22 metros adversários.

Entrou melhor o Elvas para a 2ª parte e logo a abrir uma boa jogada à mão desde os seus 22 metros apenas foi travada “in-extremis” já à entrada dos últimos 10 metros Caldenses.
Os Elvenses acreditavam e colocaram forte pressão na linha defensiva Pelicana. O Caldas não conseguia ligar as suas jogadas, falhas na última transmissão a comprometer as iniciativas.
Adivinhava-se o ensaio da equipa da casa, e respondeu Patricio Lamboglia refrescando a primeira linha aos 52 minutos.
O Caldas passou a dominar no jogo de avançados e, aos 55 minutos, chegou ao ensaio. Alinhamento bem conquistado já nos últimos 10 metros e entrada decidida do flanqueador Agustin Capoccetti, para o toque de meta. Cristóvão Monteiro, num pontapé difícil, não conseguiu transformar.

O Caldas voltou a mexer, agora na 3ª linha, e acentuou a pressão com o seu jogo de avançados. Contudo a falta de ligação com as linhas atrasadas não permitia o desenvolvimento de jogadas de perigo, também fruto da defesa competente do Elvas.

Finalmente, aos 67 minutos, a oval logrou chegar até à ponta e o André Filipe conclui uma jogada bem construída a partir de plataforma de avançados e um bom passe de “fly-half” Jonathan Nolan. Cristóvão Monteiro não logrou a transformação. Marcador em 3-13.

Instalou-se o Caldas nos últimos 10 metros, procurando um terceiro ensaio, mas uma intercepção a um último passe de risco, proporcionou uma corrida costa a costa do ponta Elvense Tiago Pintão, que só terminou entre os postes. Transformação fácil para o médio de abertura da equipa da casa e o placard em 10-13, aos 72 minutos, relançando a partida e colocando em aberto o resultado final.

O Caldas procurou, nos últimos minutos, garantir a vitória, instalando o seu jogo de avançados no meio campo contrario. Defendia como podia, muitas faltas na formação ordenada, o Elvas e o cartão amarelo aos 78 minutos para o pilar Tadeu Galguinho, proporcionou, ao Caldas, uma penalidade tentada aos postes, bem convertida por Cristóvão Monteiro, fechando o marcador.

Nos últimos momentos os Caldenses seguraram o resultado.

Resultado Final: RC Elvas – 10 (1E, 1T, 1P) Caldas RC – 16 (2E, 2P)

Vitória muito difícil da equipa Pelicana. O Elvas equilibrou todo o encontro e apenas na fase final o Caldas conseguiu controlar a partida, instalando-se no meio-campo adversário, mas sem lograr momentos de superioridade.

Arbitragem personalizada do jovem Diogo Inácio, hoje já um valor seguro da arbitragem nacional. Duas equipas que se entregaram à luta mas sempre com grande desportivismo.

O troféu de MVP da partida foi atribuído ao jovem José Contreras, muito sólido na 3º linha asa do pack avançado Pelicano.

Uma última palavra para a cordial recepção e 3ª parte proporcionada pelo Clube Elvense.

BRAGA RUGBY 3-66 RUGBY CLUB DA LOUSÃ (0-10) - Campo da Caseta
A deslocação a Braga antevia-se fácil, face aos resultados das duas equipas na presente temporada.

A equipa beirã aproveitou esse facto para apresentar alguns atletas que têm sido menos utilizados.
Do lado do Braga a satisfação pela utilização do novo sintético da Caseta para o primeiro jogo oficial, num espaço que passará a ser a sua casa e que será apenas para o rugby.

.O jogo começou com a habitual forte pressão dos lousanenses que aos 6 minutos alcançam o 1º ensaio (0-7). Aos 16 minutos novo ensaio (0-14, para aos 21 minutos o Braga reduzir através duma penalidade (3-21).

Daí até ao intervalo o sentido do jogo manteve-se com os beirões a marcarem mais 3 ensaios (3-33) resultado com que se chegou ao intervalo.

O Braga que até aí tinha sido sempre uma equipa inconformada recomeçou o jogo com algum ascendente sobre o adversário e mostrando inclusive boa qualidade de jogo. 
Não foi portanto de admirar que só aos 65 minutos os visitantes marcassem o 1º ensaio da 2ª parte (3-40). numa altura em que a maior força física dos lousanenses se começava a fazer sentir.

Daí até ao final foram alcançados com alguma naturalidade mais 4 ensaios que elevaram mo marcador para o resultado final de 3-66. Os 10 ensaios alcançados não deixam duvida quanto à superioridade dos lousanenses que assim mantém o 1º lugar isolados.

CLUBE DE RUGBY ARCOS DE VALDEVEZ 36-15 GUIMARÃES RUGBY UNION FC (6-2) - Estádio Municipal de Arcos de Valdevez
No sábado dia 11 de dezembro, no estádio de Rugby de Arcos de Valdevez, as equipas do C.R. Arcos de Valdevez e do Guimarães RUFC defrontaram-se em jogo a contar para a sexta jornada da fase de apuramento do Campeonato Nacional 1, com uma vitória da equipa da casa por 36-15.

O jogo iniciou-se sob um forte domínio dos arcuenses, que aos 17 minutos de jogo já tinham marcado três ensaios. Com forte supremacia no bloco avançado, sobretudo ao nível das formações ordenadas, a equipa do CRAV ia dominando territorialmente e em termos de posse de bola: perfurações constantes e rápidas movimentações iam consolidando um domínio arcuense, que, a continuar assim, ditaria um resultado volumoso.
No entanto, na sequência de um contra-ataque a meio da primeira parte, a tendência alterou-se: o Guimarães reagiu e procurou impor durante cerca de 15 minutos o jogo no meio campo adversário à procura de um ensaio que não surgiu. No final da primeira parte, o CRAV deu uns ares de querer repetir o que tinha acontecido no início do jogo, logrando um ensaio que cifrou o resultado ao intervalo de 26-3.

A segunda parte iniciou-se com mais um ensaio dos da casa. Com 31-3 aos 45 minutos, começava a desenhar-se uma vitória expressiva dos arcuenses. 
Contudo, a partir desse momento a partida mostrou-se algo incaracterística e confusa. Talvez fruto das muitas substituições efetuadas, a equipa do CRAV perdeu coesão, cometendo muitos erros e faltas, o que fez o Guimarães aproveitar a situação a seu favor. 
O jogo ficou mais equilibrado, com os visitantes a mostrarem a sua galhardia e a vontade de se imporem no campo e no marcador. Conseguiram o primeiro ensaio cerca do minuto 60, o que obrigou o CRAV a reagir e a tentar voltar a impor a supremacia da primeira parte. Assim, pouco depois eram os da casa a marcar, e, no último minuto de jogo, o Guimarães ripostou com um segundo ensaio que ditou o resultado final.

No final do encontro ficou presente a diferença de potencial entre as duas equipas, com o CRAV a não conseguir essa materialização, quer pela atitude aguerrida do adversário, quer pela soma de erros próprios em momentos fulcrais.



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