No Grupo Sul o Caldas - líder da tabela - foi a Elvas defrontar o lanterna vermelha, mas ao contrário do que se imaginava a vitória dos pelicanos foi bem suada, graças às dificuldades que a equipa da casa lhes criou. O resultado de 10-16 diz bem das dificuldades dos caldenses.
Já o segundo classificado do Grupo, o Santarém foi à Moita sofrer uma inesperada derrota por 14-9 num jogo de baixo nível técnico em que o Vila da Moita se destacou pela pressão defensiva e no aproveitamento dos erros escalabitanos.
No Grupo Norte jornada tranquila para os primeiros, com a Lousã a ir a Braga vencer por 3-66, e o Arcos de Valdevez a vencer o Guimarães em casa por 36-15
Nota negativa para os dois jogos adiados para o dia 8 de janeiro - CDUP B-Bairrada e Setúbal-Galiza.
Embora se entenda que as condições deste ano são bem complicadas, em especial devido aos casos de Covid, pensamos que os clubes devem fazer tudo o que puderem para evitar adiamentos, que dão uma péssima imagem do nosso desporto perante a sociedade.
RUGBY CLUBE DE ELVAS 10-16 CALDAS RUGBY CLUBE (1-2) - Estádio Municipal de Elvas
Magnifico relvado, uma sugestão à FPR para vir a organizar futuras partidas internacionais fora de Lisboa.
Regressava o CN1, após paragem para disputa da Taça de Portugal e semana de descanso.O Caldas apresentou-se com algumas baixas nas suas linhas atrasadas e via o regresso, ainda que com limitações, de alguns lesionados, que já estiveram no banco. O Elvas apresentou-se bem composto, alguns jogadores mais experientes a darem estrutura a uma equipa muito jovem e com futuro.
Desde o início o Caldas procurou impor o seu jogo. Mas, falta de concentração e indecisão nas jogadas, erros não habituais de manuseamento, principalmente no passe e uma atitude competitiva muito forte do Elvas não permitiram que o rugby Pelicano estivesse, esta tarde, no verde Alentejano.
Pouco a pouco o Elvas ia-se superiorizando, e aproximando.se de situações em que a quebra de linha adversária esteve eminente.
Aos 17 minutos, uma oportunidade de transformação de penalidade aos postes foi bem conseguida, e o Elvas inaugurou o placard, 3-0.
A partida prosseguiu na mesma toada e apenas aos 31 minutos o Caldas conseguiu uma superioridade ao conquistar uma penalidade no jogo no solo. O faltoso, o pilar Pedro Rodrigues foi admoestado com 10 minutos no “sin bin”, e Cristóvão Monteiro aproveitou para transformar aos postes, com êxito. 3-3 no marcador.
Com vantagem de mais um homem em campo esperava-se que o Caldas passasse à ofensiva, mas pouca clareza no explanar do jogo e nas decisões das jogadas e uma excelente defesa Elvense comprometiam qualquer possibilidade de ultrapassar a linha de vantagem.
1ª Parte: RC Elvas – 3 (1P) Caldas RC – 3 (1P)
O marcador espelhava o equilíbrio que se registou dentro das quatro linhas. Ambas as equipas sem grandes ocasiões para pontuar, o Caldas sem conseguir impor o seu jogo, o Elvas sempre a responder com forte pressão defensiva a todas as iniciativas e sempre a procurar colocar a oval nos 22 metros adversários.
Entrou melhor o Elvas para a 2ª parte e logo a abrir uma boa jogada à mão desde os seus 22 metros apenas foi travada “in-extremis” já à entrada dos últimos 10 metros Caldenses.
Os Elvenses acreditavam e colocaram forte pressão na linha defensiva Pelicana. O Caldas não conseguia ligar as suas jogadas, falhas na última transmissão a comprometer as iniciativas.
Adivinhava-se o ensaio da equipa da casa, e respondeu Patricio Lamboglia refrescando a primeira linha aos 52 minutos.
O Caldas passou a dominar no jogo de avançados e, aos 55 minutos, chegou ao ensaio. Alinhamento bem conquistado já nos últimos 10 metros e entrada decidida do flanqueador Agustin Capoccetti, para o toque de meta. Cristóvão Monteiro, num pontapé difícil, não conseguiu transformar.
O Caldas voltou a mexer, agora na 3ª linha, e acentuou a pressão com o seu jogo de avançados. Contudo a falta de ligação com as linhas atrasadas não permitia o desenvolvimento de jogadas de perigo, também fruto da defesa competente do Elvas.
Finalmente, aos 67 minutos, a oval logrou chegar até à ponta e o André Filipe conclui uma jogada bem construída a partir de plataforma de avançados e um bom passe de “fly-half” Jonathan Nolan. Cristóvão Monteiro não logrou a transformação. Marcador em 3-13.
Instalou-se o Caldas nos últimos 10 metros, procurando um terceiro ensaio, mas uma intercepção a um último passe de risco, proporcionou uma corrida costa a costa do ponta Elvense Tiago Pintão, que só terminou entre os postes. Transformação fácil para o médio de abertura da equipa da casa e o placard em 10-13, aos 72 minutos, relançando a partida e colocando em aberto o resultado final.
O Caldas procurou, nos últimos minutos, garantir a vitória, instalando o seu jogo de avançados no meio campo contrario. Defendia como podia, muitas faltas na formação ordenada, o Elvas e o cartão amarelo aos 78 minutos para o pilar Tadeu Galguinho, proporcionou, ao Caldas, uma penalidade tentada aos postes, bem convertida por Cristóvão Monteiro, fechando o marcador.
Nos últimos momentos os Caldenses seguraram o resultado.
Resultado Final: RC Elvas – 10 (1E, 1T, 1P) Caldas RC – 16 (2E, 2P)
Vitória muito difícil da equipa Pelicana. O Elvas equilibrou todo o encontro e apenas na fase final o Caldas conseguiu controlar a partida, instalando-se no meio-campo adversário, mas sem lograr momentos de superioridade.
Arbitragem personalizada do jovem Diogo Inácio, hoje já um valor seguro da arbitragem nacional. Duas equipas que se entregaram à luta mas sempre com grande desportivismo.
O troféu de MVP da partida foi atribuído ao jovem José Contreras, muito sólido na 3º linha asa do pack avançado Pelicano.
Uma última palavra para a cordial recepção e 3ª parte proporcionada pelo Clube Elvense.
BRAGA RUGBY 3-66 RUGBY CLUB DA LOUSÃ (0-10) - Campo da Caseta
A deslocação a Braga antevia-se fácil, face aos resultados das duas equipas na presente temporada.
A equipa beirã aproveitou esse facto para apresentar alguns atletas que têm sido menos utilizados.
Do lado do Braga a satisfação pela utilização do novo sintético da Caseta para o primeiro jogo oficial, num espaço que passará a ser a sua casa e que será apenas para o rugby.
.O jogo começou com a habitual forte pressão dos lousanenses que aos 6 minutos alcançam o 1º ensaio (0-7). Aos 16 minutos novo ensaio (0-14, para aos 21 minutos o Braga reduzir através duma penalidade (3-21).
Daí até ao intervalo o sentido do jogo manteve-se com os beirões a marcarem mais 3 ensaios (3-33) resultado com que se chegou ao intervalo.
O Braga que até aí tinha sido sempre uma equipa inconformada recomeçou o jogo com algum ascendente sobre o adversário e mostrando inclusive boa qualidade de jogo.
Daí até ao final foram alcançados com alguma naturalidade mais 4 ensaios que elevaram mo marcador para o resultado final de 3-66. Os 10 ensaios alcançados não deixam duvida quanto à superioridade dos lousanenses que assim mantém o 1º lugar isolados.
No sábado dia 11 de dezembro, no estádio de Rugby de Arcos de Valdevez, as equipas do C.R. Arcos de Valdevez e do Guimarães RUFC defrontaram-se em jogo a contar para a sexta jornada da fase de apuramento do Campeonato Nacional 1, com uma vitória da equipa da casa por 36-15.
O jogo iniciou-se sob um forte domínio dos arcuenses, que aos 17 minutos de jogo já tinham marcado três ensaios. Com forte supremacia no bloco avançado, sobretudo ao nível das formações ordenadas, a equipa do CRAV ia dominando territorialmente e em termos de posse de bola: perfurações constantes e rápidas movimentações iam consolidando um domínio arcuense, que, a continuar assim, ditaria um resultado volumoso.
No entanto, na sequência de um contra-ataque a meio da primeira parte, a tendência alterou-se: o Guimarães reagiu e procurou impor durante cerca de 15 minutos o jogo no meio campo adversário à procura de um ensaio que não surgiu. No final da primeira parte, o CRAV deu uns ares de querer repetir o que tinha acontecido no início do jogo, logrando um ensaio que cifrou o resultado ao intervalo de 26-3.
A segunda parte iniciou-se com mais um ensaio dos da casa. Com 31-3 aos 45 minutos, começava a desenhar-se uma vitória expressiva dos arcuenses.
No final do encontro ficou presente a diferença de potencial entre as duas equipas, com o CRAV a não conseguir essa materialização, quer pela atitude aguerrida do adversário, quer pela soma de erros próprios em momentos fulcrais.
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