21 de dezembro de 2021

LOUSÃ E CALDAS SÓ COM VITÓRIAS SEGUEM NA FRENTE

Com dois jogos por disputar em cada grupo regional da 1ª divisão, vamos encerrar o ano desportivo com o RC Lousã e o Caldas RC comandando invictos as respectivas tabelas, e ambos sem qualquer jogo em atraso.

No Grupo Norte estão por disputar o Braga-Guimarães e o CDUP B-Bairrada, enquanto no Grupo Sul falta jogar o Santarém-Elvas e o Setúbal-Galiza. Com a próxima jornada a ser disputada a 15/16 de janeiro esperamos que seja possível disputar a oitava jornada com o calendário em dia.

Neste final de semana no Grupo Norte a Lousã recebeu o Arcos de Valdevez e ao vencer o encontro por 24-10 os beirões mostraram que estão decididos a chegar ao fim na frente da tabela, enquanto o Guimarães derrotou o CDUP B por 15-12 e o Bairrada derrotou o Braga por 40-37.

No Grupo Sul o Caldas recebeu e derrotou o Vila da Moita por 43-14, registando-se a sétima vitória dos pelicanos e a sua firme caminhada para a vitória do grupo, ao mesmo tempo que o Santarém derrotou o Setúbal por 36-21 e o Galiza bateu o Elvas por 38-22.

RC LOUSÃ 24-10 CR ARCOS DE VALDEVEZ (2-1)
Depois de já ter vencido a equipa de Arcos duas vezes este ano - em Arcos por 18-12 e na Lousã para a Taça por 43-0 - aguardava-se com alguma expectativa para se ver a evolução positiva ou negativa de ambos os conjuntos. 
A equipa visitante pareceu-nos melhor estruturada que nos anteriores encontros, enquanto os lousanenses, desfalcados de 4 atletas habitualmente titulares da equipa, melhoraram nitidamente nos aspetos táticos e com algumas boas jogadas pelas linhas atrasadas. 
O jogo começou praticamente com um ensaio perdido pelos beirões no primeiro minuto. A pressão
continuou, mas só aos 10 minutos abriram o marcador através duma penalidade (3-0). 
Dominando o jogo num setor onde os arcoenses sempre foram mais fortes nas duas ultimas décadas, (situações estáticas de jogo de avançados), a ocupação do meio campo adversário continuou e aos 16 minutos numa nova penalidade o resultado dilatou-se (6-0), para logo de seguida em nova penalidade passar para 9-0. 
A partir daqui a equipa visitante melhorou e teve algumas jogadas bem interessantes que se traduziram na redução do resultado para 9-3 aos 25 minutos. Mais uma falta dos visitantes permitiu aos 36 minutos aumentar para 12-3, resultado com que se atingiu o intervalo.

O jogo recomeçou com forte pressão dos lousanenses que alcançaram o 1º ensaio da partida aos 9 minutos (17-3). 
A partir daí o jogo repartiu-se nos dois meios campos até que aos 24 minutos numa excelente jogada pelas linhas atrasadas os beirões aumentaram para 24-3. As várias substituições de ambos os lados quebraram um pouco o ritmo de jogo, com a equipa visitante nos últimos 10 minutos a ter algum domínio territorial inclusive ao nível dos avançados. Não foi portanto de estranhar que aos 40 minutos os minhotos alcançassem um merecido ensaio que transformado diminuiu o resultado para 24-10.

Com este resultado os lousanenses mantém-se isolados a 3 jornadas do final desta fase de apuramento com 33 pontos, seguido pela equipa do CRAV com 23 pontos, o que garante desde já a passagem à fase final para disputa do titulo de campeão.

CALDAS RUGBY CLUBE 43-14 RUGBY VILA DA MOITA (7-2)
Já com alguns regressos no XV inicial o Caldas entrou muito forte, garantindo a superioridade desde os primeiros alinhamentos, e impondo-se nas fases de jogo de avançados, obrigando os Moitenses a conceder as primeiras penalidades.
Aos 4 minutos, o primeiro ensaio pelo, hoje, 2ª linha Gonçalo Sampaio, a concluir à ponta uma boa fase dos avançados Caldenses após boa recuperação no ruck. Carlos Prieto, com pontapé difícil, transformou com êxito, marcador em 7-0.
Muito fortes na formação ordenada e nos alinhamentos, várias conquistas na introdução adversária, os Pelicanos imprimiram forte ritmo à partida. Várias iniciativas a colocarem forte pressão na extrema defesa Moitense que defendia com tudo, obrigando a algumas perdas no último passe, mas com a oval rapidamente recuperada.
Aos 16 minutos, finalmente, uma quebra de linha pelo defesa Carlos Prieto, a evitar várias placagens e a chegar ao ensaio. Pontapé de transformação fácil para o mesmo Carlos Prieto que, infeliz, acertou no poste. Placard em 12-0.
A pressão Pelicana acentuou-se, com várias jogadas a não resultarem na decisão final, mas aos 22 minutos uma penalidade conquistada já nos 10 metros do Moita, o Caldas escolheu formação ordenada, bem conquistada e o 2ª linha Ricardo Marques a concretizar o toque de meta. Carlos Prieto não falhou a transformação e resultado em 19-0.
Não tirou o pé do acelerador o Caldas e o jogo a ser disputado nos últimos 22 metros dos visitantes.
Aos 30 minutos, mais uma mellée conquistada e a oval jogada rápida, o médio de abertura Jonathan Nolan a descobrir uma nesga na defesa e, com uma bem executada finta de passe penetrou e marcou entre os postes. Carlos Prieto não falhou para mais dois pontos e o 26-0 no marcador.
Até final dos primeiros 40 minutos a mesma toada ainda que ligeira reação do Moita, que aos 34 minutos teve um primeiro ensejo de pontuar, uma penalidade tentada aos postes mas o nº 10 Mauro Coelho a não ser feliz.

1ª Parte: Caldas RC – 26 (4E, 3T) RV Moita - 0

Total domínio dos Caldenses, desde o apito inicial, imprimindo grande velocidade ao jogo e colocando a oval constantemente no meio terreno adversário.
O RV Moita defendeu abnegadamente, mas foi incapaz de parar as muitas iniciativas Pelicanas, sempre a partir de boas plataformas de fases estáticas e muito dinâmicas no jogo à mão das suas linhas atrasadas.

Esperava-se uma segunda metade de mesmo cariz, mas no logo no início não foi o que aconteceu.
Logo aos 42 minutos o Caldas viu-se obrigado a substituir o muito influente pilar Gio Turabelidze, a ressentir-se de um problema muscular.
Pouco a pouco, ainda que com o Caldas instalado nos últimos 22 metros adversários, o Moita foi tomando algumas iniciativas, sempre a partir do poderoso flanqueador Wanderlei Mata. Muito difícil de travar.
Numa destas arrancadas, aos 46 minutos o Moita concretizou entre os postes pelo centro Simão Oliveira. Transformação exemplar por Mauro Coelho, e 26-7.
Alertado, o treinador Patricio Lamboglia refrescou a 2ª linha Pelicana, mas o Moita, galvanizado, continuou a desenvolver poderosos contra-ataques, aproveitando a dificuldade do Caldas em travar os seus avançados.
Aos 51 minutos, em jogada muito semelhante, os Moitenses chegaram ao segundo toque de meta, desta feita pelo centro Flavio Gonçalves, a concluir uma excelente jogada à mão. Mauro Coelho não teve dificuldade em transformar e 26-14.
Marcador relançado, mas o Caldas reagiu quase de imediato, e voltou a refrescar a equipa, na primeira linha e no primeiro centro.
Aos 55 minutos, e após uma sucessão de faltas nos últimos 5 metros Moitense, com os Pelicanos a escolherem formação-ordenada, finalmente o pilar Luis Gaspar a chegar ao toque de meta. Carlos Prieto não acertou o pontapé e marcador em 31-14.
Patricio Lamboglia refrescou ainda mais a equipa com a entrada do regressado scrum-half Salvador Cambournac e ainda com novas substituições na 1ª linha.
E foi precisamente Salvador Cambournac que aos 69 minutos protagonizou uma jogada de magia, que acabou por ser concluída pelo pilar Luis Gaspar, entre postes. Fácil a transformação para Carlos Prieto que não falhou e 38-14.
O Moita não baixou os braços e voltou a lutar por mais um ensaio. Foi uma fase muita luta, com o Caldas a defender a sua linha de vantagem, gorando as iniciativas do seu adversário.
E na bola de jogo, aos 80 minutos, mais um alinhamento nos últimos 5 metros Moitenses, conquista limpa e a oval a ser transmitida para o asa Agustin Capoccetti que, pelo lado fechado, facilmente fez o toque de meta. Carlos Prieto falhou o pontapé, algo fácil.

Resultado Final: Caldas RC – 43 (7E, 4T) RV Moita – 14 (2E, 2T)

Vitória indiscutível do Caldas RC, que dominou em todas as vertentes do jogo, sobretudo na primeira parte.
Boa resposta do RV Moita, na segunda metade, nunca deixando de lutar por um melhor resultado até final.
Com este resultado, e o ponto bónus ofensivo conquistado, os Pelicanos seguem invictos no comando e garantem, a três jornadas do fim desta fase regular o apuramento para a fase final, o Top 4.


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