2 de setembro de 2014

CRAV - A CRISE DO RUGBY PORTUGUÊS À TONA DE ÁGUA

Num e-mail enviado à FPR o Clube de Rugby de Arcos de Valdevez solicita a sua despromoção para a 1ª Divisão, numa atitude que ficamos sem saber se constitui apenas uma sondagem, ou se significa efectivamente a desistência de participação na Divisão de Honra, direito que tinha conquistado no final da época passada, ao vencer o derradeiro jogo do play off de descida.

Invocando razões de diversa natureza, desportivas e financeiras, o CRAV acaba por ser mais um exemplo da crise por que passa o rugby interno, que já atingiu, com diversos graus de intensidade, equipas de todos os níveis as competições nacionais, com especial incidência nos clubes de fora da capital.


Claro que não podem ser atribuídas culpas exclusivas à FPR ou às suas gerências, já que reside nos próprios clubes a principal responsabilidade na gestão do seu património físico e desportivo, o que fazem, na maior parte dos casos, navegando à vista sem respeito pela realidade das suas possibilidades financeiras - alguém pagará... - nem tendo em consideração a sua real capacidade desportiva (competitiva) num período que ultrapasse o curto prazo...

Não dizemos que seja este o caso do CRAV, clube que nos habituámos a respeitar e com o qual tivemos oportunidade de colaborar por diversas vezes - em particular como presidente da Comissão Organizadora do velho Lisboa 7´s, como presidente dos Barbarians Portugueses, ou como Coordenador das Selecções Nacionais - mas isso não impede que tenhamos sobre o seu insólito pedido, uma opinião bem definida.

Assim, e como o próprio CRAV refere no e-mail enviado à FPR, existe um Regulamento Geral de Competições que é bem claro quanto às consequências de uma desistência de participação numa competição, após a realização do respectivo sorteio, e que passa "apenas" pelo impedimento de participação da equipa em qualquer competição no decurso da época em que a desistência ocorre, e a obrigatoriedade de regresso à competição pelo mais baixo escalão competitivo - no caso a 2ª Divisão - na época seguinte, ou seja em 2015-16.

Uma situação semelhante ocorreu em ano não muito distante, quando a Agrária de Coimbra desistiu de participar na 1ª Divisão, e apenas participou na 2ª Divisão por aceitação das equipas da sua região, sob condição de não poder disputar o acesso à 1ª Divisão - este é um cenário que pode muito bem vir a acontecer ao CRAV.

Uma coisa é certa, o pedido de participação na 1ª Divisão na época 2014-2015 não tem qualquer cabimento e certamente levantaria a oposição forte de muitas daquelas equipas que a irão disputar, já que implicaria ou a passagem de outra equipa para a 2ª Divisão, ou a alteração do quadro competitivo da 1ª Divisão, numa altura em que se encontra definido - e bem! - como a época irá decorrer, as equipas já estruturaram os seus orçamentos e estão já com os seus calendários organizados.

Quanto à DH, o regulamento prevê com exactidão o que se passará, e em caso de desistência de uma equipa, após realizado o sorteio, a Divisão será disputada apenas pelas equipas restantes. Ou seja, no caso por nove equipas, sem recurso a nenhum ajustamento ou rectificação.

Perante isto acreditamos que o CRAV possa rever a sua posição, procurando outras soluções que lhe permitam cumprir com os seus compromissos desportivos, o que passa pela disputa da Divisão de Honra.

Quanto ao apoio e compreensão que o CRAV pede às outras equipas, clubes e organismos, estamos inteiramente de acordo que seja concedido, dentro do quadro acima referido.

O CRAV tem dificuldades financeira?
Então os clubes que o queiram apoiar aceitem disputar os dois jogos da prova em Arcos de Valdevez, e a FPR que estude uma forma para que o CRAV possa cumprir as suas obrigações financeiras de uma forma repartida, ou que seja negociada a utilização das suas instalações desportivas em acções federativas.

Finalmente uma palavra para o comércio e a autarquia de Arcos de Valdevez, que tem tido no seu Clube de Rugby um exemplar representante por todo o lado por onde tem passado, e que tem levado à edilidade milhares de atletas e apoiantes de outras equipas e de outros países, que apenas ouviram falar na vila minhota através do rugby - este é um momento em que a sua ajuda mais é necessária, para que um serviço público que tem beneficiado a juventude arcoense e o comércio local há mais de 30 anos seja comprometido, não abandonem o CRAV!

46 comentários:

Anónimo disse...

Este é um caso, a meu ver, de dar um passo maior que as pernas, durante várias épocas o CRAV tem tido nas suas fileiras jogadores estrangeiros, jogadores que recebiam , por pouco que seja é dinheiro!! E o que conseguia era manter-se na DH, relegando jogadores da formação para a equipa B, que caso a A não jogasse, nem na equipa B jogavam!! Portanto, se o CRAV está em crise há muitas outras equipas que estão muito pior!! Há outras tantas que nem apoios da Câmara recebem, que nunca tiveram hipótese de gerir o clube como o CRAV geriu nos últimos anos, com jogadores estrangeiros, ou com jogadores da qualidade de Varetas e cª. O dinheiro não dura sempre, e certos investimentos pedem outros resultados! Não conseguindo, só tinham de repensar a estratégia, pois quando o dinheiro acaba, os mercenários são os primeiros a ir embora. Agora mereciam era que o futuro dos CRAV, que eram os jogadores da cidade e de formação, que forma relegados para a B e que outras vezes nem na B jogavam porque as vedetas precisavam de rodagem, fossem jogar para outro lado!!

Marafado disse...

Saudações ao CRAV, clube que muito gosto.
Esta situação infelizmente não é estranha ao Rugby Clube de Loulé que sempre que joga fora, tem no mínimo, sim no mínimo 300 kilometros só de ida pela frente com todos os custos inerentes.
Nota: Ainda temos de contar com as muitas equipas das camadas jovens a norte do Algarve, que nem sempre tem vontade ou pachora para virem até Loulé.

Anónimo disse...

è pena que isto se passe, pois um clube como o Crav não pode acabar para o Rugby Portugues.
Referente ao regulamento geral de competições não se pode avaliar pois só o presidente é que pode, ele é que define na altura o que fazer ou o que alterar.
Ja agora o Caldas tambem vai jogar para a II divisão ?
Bom inicio de epoca para todos

Anónimo disse...

Quem disse que o CRAV vai acabar? Pode não participar na DH, mas daí até estar em causa o futuro vai um grande passo. Não se esqueçam que o CRAV tem mais escalões a funcionar e o clube não é a equipa senior. O clube é tudo aquilo que representa para Arcos de Valdevez.

Anónimo disse...

No final da época passada, era aceitável mas agora não faz qualquer sentido.
Querem convencer que só agora é que souberam que não tinham dinheiro para a época?
Ninguem acredita nisso.
Segundo ouvi dizer, foram os varetas que deixaram o clube e com eles muitos dos jogadores.
Sejam homens e não desistam! Isso não é espírito de quem anda no rugby.

Anónimo disse...

Um clube modelo como tantas vezes foi apregoado pelos seus dirigentes, vem agora pedir para jogar na 1 divisao.
Espero que a Fpr tenha a decência de cumprir com os regulamentos para não prejudicar outros clubes. Isto e, quem se inscreve e depois desiste, ficará um ano sem competir

Anónimo disse...

O CRAV merece a minha simpatia e compreensao. Posso estar enganado mas nao estou a ver os outros clubes da DH aceitarem fazer duas deslocacoes a Arcos pois se ja so uma e um problema! Ja agora, o que vai fazer o clube nos outros escaloes a disputar campeonatos nacionais?
Por fim, o subito impeto regulamentador do presidente podera ja ter efeitos que nao me parece que fossem os desejados, ja que, a nao haver compreensao da situacao, tanto a DH Seniores como provavelmente o Grupo A do CN Sub16 ficarao coxos, o que nada de positivo trara aos restantes clubes. Mas, a proposito, pergunto se as alteracoes recentemente introduzidas ao RGC tem aplicacao pratica na nova temporrada ou se so poderao ter na proxima?

Anónimo disse...

O CRAV faz falta ao rugby nacional !

Imagino o quanto deve ser dificil criar um plantel em Arcos de Valvedez, terra bem pequena.

O rugby portugues tem que voltar a ser 100% amador, com jogadores que jogam pelo prazer de praticar a modalidade e amor ao seu clube.

Ninguem diz o que se passou.
A FPR passou a pagar subsidios a determinados jogadores, alguns clubes lisboetas aproveitaram e foram busca-los dando-lhes mais uns trocos.
Vão ter jogadores pagos pela FPR.
E isto não vai ficar por aqui, vamos ver até ao inicio do campeonato as restantes movimentações.

Anónimo disse...

Pelo que li, não me parece que o problema principal sejam as despesas com as deslocações. Aliás, nem sei se essas despesas na I divisão não serão maiores do que na DH.

O problema parece ser semelhante ao que o Presidente do Lousã referiu: dificuldade em motivar os jogadores para deslocações longas quando eles sabem que o resultado "normal" desses jogos vão ser derrotas pesadíssimas.

Anónimo disse...

Com todo o respeito pelo CRAV. Nas depois de ja existir um calendario agora é que repararam que não tinha dinheiro ou q estavam com dificuldades financeiras??? não houve respeito pelos outros clubes

O que deve acontecer ao CRAV é o q esta disposto nos regulamentos.

Agora se outros clubes começarem a também a olhar para as finanças deles nesta altura o que acontece???

Aqui acho q não é culpa da FPR

Anónimo disse...

O problema do CRAV é claro e, infelizmente, é incontornável. O CRAV sofre com a deserteficação do interior do nosso país e com a contínua concentração dos centros de decisão em Lisboa e alguma pouca coisa em cidades como Porto e Braga - o resto do país é paisagem para turistas. Um jovem dos Arcos, de Ponte de Lima, da Ponte da Barca, Monção e de outros locais próximos, que pretenda evoluir e ter uma carreira profissional em determinados setores, terá que, no auge da sua idade desportiva, sair da sua terra para estudar, estagiar ou trabalhar. É muito complicado durante a semana ir duas ou três vezes aos Arcos para treinar. O CRAV é formado por gente com este perfil e por outros que são de outras cidades, algumas algo distantes como Porto e Braga, e isso implica uma enorme logística para estarem presentes nos poucos treinos que vão fazendo. O problema poderá estar aí, no tipo de jogadores que o CRAV se tem focado ou tem conseguido atrair. Alguma coisa está errada quando o "motor" da equipa ou núcleo duro é maioritariamente constituído por gente de fora dos Arcos ou que já não mora nos Arcos. A motivação e empenho parecem ser maiores de quem anda centenas de kms para fazer um treino do que de quem está nos Arcos a viver.

Conheço o CRAV, tenho admiração pelo que têm feito mas o problema de sempre mantém-se. Falta gente, falta motivar gente , falta massa crítica e falta assumir-se como uma verdadeira bandeira das gentes daquela região. Tem que deixar de ser um clube formado por jogadores que fazem parte de um determinado meio e estar fechado a outras pessoas. É preciso divulgar-se o clube nas terras próximas, chamar gente que more e trabalhe na região. Penso que alguma (muita) coisa está a ser feita mas tem que se insistir por aí pois é a única saída para o clube. A auto-estrada não veio resolver pois mesmo com ela os Arcos continuam longe, além da portagem ser cara e ser precisa muita mais vontade para treinar quando se tem uma deslocação desde Braga ou do Porto. O caminho é chamar para o clube gentes das terras próximas. Trata-se do único clube, entre todas as modalidades desportivas, que no distrito de Viana do Castelo disputa o escalão máximo em Portugal. O CRAV tem que ser uma bandeira para a região e chamar gentes e apoiantes. O clube tem instalações e estrutura quase únicas em Portugal, falta gente. Com gente e visibilidade, chegam os apoios. Não é fácil mas é a única saída para o CRAV se manter vivo e fazer sentido.

Curioso que o CRAV tem precisamente o problema oposto do outro clube do Norte que está na Honra e que é o meu clube. Ao CDUP não falta gente, faltam sim infra-estruturas para se poder treinar e jogar em condições. Coisa que nos Arcos até sobra.

Anónimo disse...

Ao anónimo de 2 de Setembro das 18:29 !

Diz você: "Referente ao regulamento geral de competições não se pode avaliar pois só o presidente é que pode, ele é que define na altura o que fazer ou o que alterar."

Ai isso é assim ? Então para que se fazem regulamentos se, como você diz, o presidente é que define o que fazer ou alterar ??

Quanto ao caso do Caldas, se você seguisse estes casos com atenção e lesse os regulamentos, perceberia que são casos distintos.

Anónimo disse...

Tenho toda a simpatia pelo CRAV, mas acho que só há uma solução para este problema do clube.

E não passa por nenhuma das 2 hipóteses que estão a ser encaradas.

A primeira é um atropelo completo aos regulamentos, criando-se uma situação absurda que serviria de precedente para um completo caos no futuro.

A segunda, faltas de comparência na DH, como todos reconhecem, seria péssima.

A única coisa a fazer é os jogadores do CRAV encherem-se de brio e, mesmo pensando que vão fazer deslocações longas sem uma equipa competitiva, jogarem os jogos todos.

Mesmo com as saídas, o plantel deve ser muito numeroso (o CRAV tem equipa B), o dinheiro para as deslocações deve estar assegurado, senão o CRAV não quereria ir para a I Divisão, que tem deslocações enorme.

Se os jogadores fizerem os jogos todos estarão a impedir que o CRAV, em 2015/16, esteja na II divisão e pelo contrário esteja na I divisão como deseja. Será uma prova de amor ao clube.

Anónimo disse...

O mal de muitos clubes é quererem ir para onde não têm condições óbvias. E essas condições óbvias, são como alguém disse atrás, a massa critica de atletas, ou seja, como exemplifica, é fácil no Porto ter centenas de atletas, enquanto algumas poucas dezenas em Arcos é muito complicado.
Por isso, o clube tem de apostar em jogar no escalão, onde o números de atletas, a sua qualidade técnica, e o orçamento o permite. Não é vergonha nenhuma jogar-se no segundo ou terceiro escalão do rugby português, sobretudo quando o clube dá aos atletas locais a possibilidade de fazerem desporto. Esse espirito associativo é o mais importante. O dinheiro não resolve tudo e a população local apercebe-se muito bem dos valores que o clube dá à sua juventude. A travessia do deserto irá fortalecer ainda mais o CRAV, como já tem fortalecido muitos outros clubes ao longo dos anos.

Anónimo disse...

A situação é lamentável, de facto, para o CRAV, que é já um «histórico» do rugby nacional.

Só não se percebem as críticas do costume aos outros clubes. Que culpa têm os clubes de Lisboa... por serem de Lisboa?

E por ser em Lisboa (também no Porto e em Coimbra)o local onde, em teoria, há maior base de recrutamento Afinal são cidades com instituições universitárias e onde reside um grande número de cidadãos.

Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, como diria um humorista brasileiro.

António Ferreira Marques disse...

Esta notícia e os já diferentes comentários sobre ela, não consideraram, até agora, uma das perspectivas que a situação do CRAV (certamente particular a este clube mas mto semelhante a muitas outras, principalmente de Clubes e equipas fora da macrocéfala Lisboa) poderá suscitar: o modelo de organização das competições do Rugby português.
Já no passado recente esta questão foi aflorada em diferentes notícias do MM; tb. se viu escrito algumas ideias para lançar um "forum" ou "congresso" ou "encontro" do Rugby para discutir este e outros temas da n/ modalidade. NADA ACONTECEU !
Como tb já alguns publicaram, sendo o Rugby uma modalidade c/ bases na Universidade, seria talvez possível aproveitar trabalhos académicos que desenvolvessem análises sobre os modelos competitivos e apontassem possibilidades para o caso português (caso essas análises não existam ...).
Sem pretensões de investigador ou sequer conhecedor, e apenas por análise mto sumária parece-me que:
- não existe dimensão para + do que 6 equipas na DH; uma redução para este numero - cerca de 2 a 3 meses a menos de competição abriria espaço para as Selecções e outros torneios - p.e. tipo as "províncias" do Hemisfério Sul, para os não internacionais e jogadores da 1ª Divisão; estas "equipas", p.e. 3 correspondentes às zonas Norte-Centro, Lisboa-Centro e Lisboa-Sul (3 zonas de 6 equipas para a 1ª Divisão)podiam ser "vendidas" a um patrocinador e esses torneios (tipo 6 nações, só a uma volta)"vendidos a uma TV (5 canais da Sport TV mais a BTV e a SportingTV ...) - partimos do princípio que não nos cansamos de exprimir que o Rugby é um desporto de valores ...
- a 1ª Divisão poderia tb contemplar 6 equipas mas em 3 zonas, ou 8 equipas em 2 zonas - a estudar.
Enfim, são ideias, se calhar líricas, mas o que importa transmitir é que o modelo das competições tem que ser completamente repensado ... a partir de uma ESTRATEGIA de M/L prazo para o Rugby Português.
Vai começar + uma época. Bons jogos e bom Rugby.

Anónimo disse...

Boa Noite

Sinceramente não vejo sinal de crise, vejo apenas um clube devido a uma situação conjuntural não ter os argumentos que teve noutros anos para lutar por permanecer na DH.

O que vejo é um clube que transformou uma situação conjuntural numa situação estrutural, colocou mesmo em termos de "vida ou morte" para o clube. Eu diria que a direcção do CRAV não tomou esta atitude de forma reflectida como querem fazer querer, eu penso que a direcção do CRAV entrou em pânico e não teve o discernimento suficiente para preparar a equipa para tempos difíceis.

A direcção do CRAV com esta decisão não vai ensinar nada aos jovens que lá jogam a não ser "em caso de dificuldade fujam, desistam, peçam piedade aos outros mas não enfrentem a adversidade". O que a direcção do CRAV diz é "quando estiverem a defender na linha de ensaio, desistam, não vale a pena lutar", se os jogadores do CDUL tivessem esta atitude o ano passado nunca teriam sido Campeões Nacionais, porque na final foram uns heróis e defenderam durante 20 minutos sobre a linha.
Que moral vão ter os jogadores do CRAV para enfrentarem o campeonato? qualquer que venha a ser o seu futuro serão conhecidos como aqueles que tiveram medo de jogar na DH e pediram para ser despromovidos.

O que a direcção do CRAV faz e propôs é do mais antidesportivo que alguma vez vi, se as pessoas do rugby concordam com esta atitude então o rugby em Portugal ainda está pior do que dizem. A direcção do CRAV deveria ter vergonha do que propôs e se acreditam no que dizem então é porque em 33 anos de rugby não aprenderam nada e se nada aprenderam e persistem nesta sua decisão então devem mesmo ir para a segunda divisão, porque é lá que tudo começa, é lá que se começa a aprender.

No Caldas com a saída da Groundlink tocou-se a reunir, apelou-se á união de novos e velhos e deitámos mão á obra, não se procurou arranjar desculpas por se estar mais fraco este ano.


Anónimo disse...

Façam uma fusão entre o CDUP e o CRAV, ficam com instalações, jogadores e treinadores, ou seja, toda a estrutura necessária para se manterem a jogar e a captar mais jogadores para a formação.

Anónimo disse...

anonimo das 22:23 , vender jogos de equipas regionais??? mas em que país vives??? a FPR paga para conseguir que transmitam os jogos da SN , os jogadores qd ha 2 ou 3 anos se fizeram as seleccoes regionais q tinham como atractivo o facto de o vencedor ir jogar a espanha a maior parte deles torcia o nariz

Anónimo disse...

No Caldas com a saída da Groundlink tocou-se a reunir, apelou-se á união de novos e velhos e deitámos mão á obra, não se procurou arranjar desculpas por se estar mais fraco este ano. > então porque não foram para a DH como era suposto????

Anónimo disse...

Ao comentário das 11.42. É fácil pedir aos jogadores fazerem os jogos todos. Recordo-me do Benfica que fez isso e mesmo perdendo por resultados históricos não desistiu.
Mas esquecem-se dum pormenor. É que ir jogar a Lisboa e depois fazer 400 kms de regresso não é o mesmo que qualquer equipa de Lisboa que depois dos jogos nem viagem de regresso têm de fazer. Pedir a esses atletas, para 15 dias depois voltar a levar uma surra, não há clube nenhum que aguente a não ser que tivesse um grupo de 50 ou mais atletas e se fossem revezando nas deslocações.
Não misturem clubes de Lisboa ( que até se servem da Federação para terem atletas à borla) com os clubes da Província que se quiserem ter atletas de fora até têm de lhe pagar as viagens.

Anónimo disse...

O projecto do CRAV é um projecto que claramente falhou e para o qual não vejo futuro. Nunca conseguiram envolver a vila e a região com o clube. Sempre foi um clube e uma equipa suportada por gente de fora dos Arcos de Valdevez e sempre foram esses que tentaram levar o clube para a frente. Salvo raras excepções, as gentes da terra sempre se mostraram acomodadas e com pouco interesse pelo clube. Muitos de fora acabaram por desistir e por se afastar. Como acima escreveram, o CRAV nunca procurou envolver verdadeiramente a região e sempre se socorreu de atletas do Porto, Braga e outras cidades. Esses fazem centenas de kms para fazer um treino e os da região, muitas vezes, ficavam em casa e não apareciam nos treinos. Não existe uma mentalidade de empenho e sacrifício na região que deveria ser condizente com o espírito do rugby. E esta atitude e comunicado da direção do CRAV só vem comprovar isso. É com pena que vejo isto acontecer pois o Rugby em Portugal precisa de mais clubes e neste foi feito um grande investimento no que respeita a infraestruturas, Saúdo o aparecimento de clubes em Guimarães e em Braga, dos quais se espera que sejam o verdadeiro motor do rugby no Minho.

Anónimo disse...

Li agora um entrevista ao Presidente do CRAV no P3 do Público de 2 de Setembro.

E, de facto são surpreendentes algumas declarações, que passo a citar:

«...o presidente do CRAV salienta que o desejo dos minhotos “é ir para a I Divisão”. “Sabemos que é um processo difícil e que não será fácil estar a mudar a constituição da I Divisão para 11 clubes. O ideal seria haver uma equipa disponível em ir para a Divisão de Honra e nós para a I Divisão.”

Para isso, no entanto, é necessário que “haja compreensão e solidariedade”: “Se cada um olhar apenas para o seu umbigo o râguebi português ficará feito em frangalhos. Tudo depende da boa vontade dos clubes e fazemos um pedido de ajuda.”

Filipe Machado lembra que “o râguebi português precisa de mais clubes como o CRAV que estejam em locais isolados a fazer qualquer coisa pelo râguebi”, advertindo que “o râguebi nada ganha” em dar aos minhotos “uma golpada tão forte como seria a que está prevista pelos regulamentos”.»

Mas em que país vive esta malta?

O rugby nada ganha em cumprir os Regulamentos?

Aí é? Quer dizer então que os Regulamentos existem mas é como se não existissem... Quando dá jeito a uns ou outros - sejam clubes ou a própria FPR - assobiamos para o lado e os regulamentos que se lixem?

Muito bem Sr. Presidente do CRAV!

Fique sabendo que a situação não requere solidariedade e boa vontade e muito menos a compreensão dos demais clubes ou da FPR. Os clubes aqui nada podem fazer, porque ultrapassa a sua competência e a FPR (sob pena do descrédito total) deve limitar-se a aplicar os regulamentos.

Aliás, não será contraditório estar a dizer que saíram x jogadores e que não têm jogadores, quando toda a época passada competiram com uma Equipa na DH e uma equipa B na I divisão (contas redondas 23+15 jogadores - isto se a equipa B não tivesse suplentes = dá 38. Se saíram 6 ficam 32. Não chegam para a Divisão de Honra?)

Concluindo, se querem compreensão e sobretudo a admiração do pessoal do rugby, façam das tripas coração, deixem de se armar em «coitadinhos» e, independentemente do que possa acontecer a nível dos resultados, horem o nome do Clube!

Caso contrário, faço votos para um simpático ano sabático da equipa sénior e um bom regresso ao CN II Divisão em 2015/2016.

Anónimo disse...

Por não se seguir os regulamentos à risca e com rigor e estar sempre a tapar o sol com a peneira é que o Rugby Nacional se tornou oque é.

FPR seja mais exigente, não interessam números, interessam pessoas com capacidade para organizar clubes e jogar rugby, os que não conseguem não podem estar envolvidos.

Anónimo disse...

Fala-se que o Sporting se ofereceu para substituir o CRAV na Divisão de Honra. Não ganham juízo. Como se os clubes de Lisboa e arredores como O Vila da Moita, Benfica, Setubal, S. Miguel, Santarém aceitassem ir jogar a Arcos, podendo jogar praticamente em casa. E depois temos o Loulé que em vez dos 600 Kms a Lisboa para jogar com o Sporting teria de fazer 1.600 com agravante de ter de ir na véspera.

Anónimo disse...

Agronomia 64-0 Sporting
jogo treino hoje na tapada.

Anónimo disse...

A entrevista ao Presidente do CRAV é surreal. Seria interessante verificar como seia o rugby no futuro se as suas propostas a serem aceites. Regulamentos na gaveta e.... navegação à vista. Um clube gasta mais do que o devia, endivida-se para estar em patamares em que humanamente é impossível, salvo se vier um árabe qualquer investir, e depois... ai Jesus, salvem-nos porque nos enganámos. Compreendo que seja difícil fazer rugby em Arcos, como certamente seria difícil arrancar agora com um clube de hóquei em gelo em Bragança, mas depois do excelente trabalho e paixão que dedicaram ao rugby no Minho, é hora de meter os pés no chão e crescer de acordo com as condições física e HUMANAS de que dispõem. Seria mais fácil fazer rugby em Lisboa, ou certamente na Nova Zelandia, mas a realidade é o que é e não à volta a dar-lhe que não seja crescer de acordo com as circunstâncias. Infelizmente devíamos ter uma Federação que trabalhasse para estender o rugby a todo o país, mas já vimos que não iremos por aí. O apoio aos clubes "grandes" de Lisboa em relação aos da província, é chocante e perante isso os minhotos têm de mostrar o que valem em dobro, triplo, ou muito mais.

Anónimo disse...

VAMOS A REGULAMENTOS JÁ QUE HÁ MUITA HIPOCRISIA

REGULAMENTO GERAL DE
COMPETIÇÕES
Julho de 2013
Artigo 15.º
(Inscrições de equipas)

4. Os clubes que inscrevam equipas na Divisão de Honra deverão obrigatoriamente apresentar equipas em pelo menos um dos dois escalões dos sub-16 e sub-18 e ainda no sub-escalão senior, sendo que, caso o não façam, a sua posição naquela competição será ocupada pelo clube melhor classificado na época anterior da divisão anterior e que preencha estes requisitos.

Divisão de Honra 2013/14
CLUBE SUB-ESCALÃO SÉNIOR
AA COIMBRA
GD DIREITO X
CR ARCOS DE VALDEVEZ
CDUL X
CDUP X
AEIS TÉCNICO X
AE AGRONOMIA X
GDS CASCAIS
RC MONTEMOR
CF BELENENSES X

ACADÉMICA, CRAV, CASCAIS E MONTEMOR NA 2ª DIVISÃO.

Anónimo disse...

Vá lá, vá lá, não pedirem que para jogar na Divisão de honra os clubes não terem de ter uma equipa de viololinistas, coxos, cegos, etc. É uma sorte. Porquê uma Sub-23. São parvos de verdade. Que eu saiba sub-23 são seniores e se querem que se inscreva uma equipa sub-23 é porque os clubes de Lisboa têm excesso de Sub-23 ao contrários dos clubes da província que precisam deles para jogarem nos seniores. Que se exija que os clubes da DH tenham equipas de Sub-18 e Sub-16 até se compreende, pois demonstra que a Federação quer que os clubes dinamizem esses escalões com vista ao futuro deles próprios. Mas equipas de Sub-23 é o que se pode dizer uma verdadeira filha putisse que não tem razão de ser. Se têm jogadores a mais, então os clubes de Lisboa façam uma competição entre eles e que se deixem de "merdas" que só Servem para ridicularizar os regulamentos que depois, obviamente não podem ser cumpridos.

Anónimo disse...

Concordo com o comentário das 22.09
Não se entende como se faz a exigência dos clubes da DH terem equipas Sub-23. Sabe-se que só os clubes das grandes cidades têm quantidade de atletas suficientes para apresentarem essas equipas. Se é para proteger os clubes todos, então que façam um campeonato obrigatório tal como exigem agora para Sub-23, mas para equipas BB. Aí podem jogar sœ sub-23 (que são seniores) como atletas de todas as idades. Aliás o CRAV teve nos dois últimos anos equipa B, mas não acredito que consigam uma Sub-23, tal como o Montemor. Por isso o Regulamento foi feito no sentido de proteger as equipas de Lisboa, como foi afirmado pelo tal comentário.

Anónimo disse...

Vejo aqui muitos comentários de gente de Lisboa, inclusivamente um comentário de alguém a dizer que o CDUL é um exemplo, e que foram uns verdadeiros heróis na final na linha de ensaio blablabla e que a atitude do CRAV em desistir é ridícula. Pa, tenham vergonha na cara, cai-vos tudo do céu. Tenham respeito por quem anda a tentar dinamizar o rugby onde ele praticamente não existe. Aqui no Norte as coisas não funcionam como aí. Aí é tudo para os amigos, campos a dar com um pau, filhos de patrocionadores na selecção, favores para ali favores para aqui, convocatórias rídiculas.. Se não fosse esta crise, o Estado Português continuava a pôr 5 milhões de euros todos os anos no CDUL.. Vergonhoso! Só não põe porque não dá para mais desperdícios! Paguem vocês as vossas camionetas, os vossoS campoS, nós também o fazemos! Enquanto Portugal for só Lisboa e Futebol, o rugby não vai a lado nenhum. Podem ter a certeza absoluta. E com gente mesquinha centralista na Federação com esta mentalidade, isto vai correr muito mal. O que se passa por aí, é uma vergonha. Felizmente, e dou os parabéns ao criador deste blogue, vão-se desmistificando as parvoeiras que andam a ser feitas pela capital, de gente incompetente que ainda se vangloria de fazer parte do rugby nacional ao mais alto nível. Enganam-se: o rugby em Portugal é um degredo neste momento, muito por culpa vossa!

José Silva disse...

Eu não concordo com o comentário das 22:09.

Com todo o respeito, essa visão é de quem quer um rugby regional e representativo e não está interessado num rugby de alto nível, uma seleção de alto nível e a participação em JO e CM.

A obrigação de uma equipa sub23 e/ou equipa B faz todo o sentido. E o caso do CRAV é mais que prova disso.
Quem acha que miudos de 18 anos estão preparados para entrar directamente nos seniores engana-se. Talvez 1 ou 2 dotados fisicamente e tecnicamente, mas num clube com boas camadas jovens, basicamente de 2 em 2 anos soube uma equipa completa aos seniores. Falamos talvez de 10-15 miudos por ano. Será que apenas uma equipa senior os consegue absorver? Claro que não.
O que acontece sem equipas sub23 ou equipas B? Maior parte deles desiste e nem sequer pensa em ir para outro clube (porque nós somos amadores e temos amor à camisola).

Aliás, eu considero que os clubes da DH deveriam ter equipa sub23 e equipa B e mesmo C. E essas equipas B poderiam jogar até à divisão anterior (1ª divisão). Isto só iria aumentar o nível das nossas competições e equipas.

Imaginem uma 1ª divisão com a equipa B do Cdul, Direito e Agronomia?
Essas equipas B ao treinarem com as equipas A (e muitos jogadores tendo lugar no banco ou quase das equipas A) teriam uma preparação bastante boa e dariam boas replicas a Evoras, Benficas e companhias. E essas equipas ao subirem para a DH estariam muito melhor preparadas do que estão agora.

E depois, quem jogasse nas equipas Bs dos clubes continuaria a jogar com regularidade e a tentar entrar na equipa A. E ao haver alguma lesão de um titular da equipa A, o jogador da equipa B que o substituisse teria rodagem de jogo e entraria na equipa muito melhor, não decaindo a qualidade de jogo.

Neste momento o que acontece é que quando há uma lesão, entra um jogador que tem treinado mas tem jogado muito pouco ou quase nada.

Os proprios "novatos" que sobem aos seniores não teriam de estar anos a ganhar cabedal nos treinos até terem lugar na equipa. Continuariam a competir e a evoluir.

Com estas medidas nao haveria CRAVs, nem Montemores, nem Cascais na DH? Secalhar não havia nos primeiros 2-3 anos mas depois os clubes iriam apostar nesses escalões para poderem ir a DH e quando chegassem a DH estariam preparados para renovar a equipa ano após ano.

CRAVs e Montemores não iriam conseguir ter estas equipas por os jovens irem para a cidade? É a vida. Paciência. É a mesma razão porque os grandes do futebol serem os das grandes cidades.

Claro que é giro e interessante vermos rugby por todo o país, mas se queremos evoluir temos de ver a melhor forma e se isso implicar outras regiões não conseguirem acompanhar, paciencia, ficam no nível que conseguirem (seja 1ª ou 2ª).

Se formos a Inglaterra por exemplo, todas as equipas têm equipa B, C, D, etc e todos os fim de semana todos jogam. Os melhores 25 vão para a A, os 2ºs 25 vão para a B e assim sucessivamente.
E assim se consegue ter 60,70,...100 jogadores a jogarem constantemente. Vamos ver e há clubes da DH com 60 ou mais jogadores nos treinos. Quantos jogam? 10 jogam todos os jogos, outros 10 jogam metade dos jogos, outros 10 jogam 3-4 jogos por ano, outros 10 jogam 1 a 2 e os outros nunca jogam e são sacos de batata!

As nossas equipas de topo têm de ter muitos jogadores para poderem absorver o impacto da desistência de 5-10 jogadores num ano de repente (caso do CRAV) e poderem manter o nivel e continuar a evoluir.

Esta decisão da FPR de não haver equipas B foi das piores para o nosso rugby. Centenas de seniores vão ficar sem jogar (e divertir-se) e a meio do ano irão desistir.

Anónimo disse...

Ao das 11.33
Parece que afinal já perceberam que a questão não é ter equipas BB. O problema é exigirem que os clubes da DH tenham equipas Sub-23. As equipas sub-23 são uma enorme condicionante para os clubes da provincia, pois como já se disse atrás, os Sub-23 são necessários para as equipas AA e os clubes não têm assim tanta quantidade de seniores que se possam dar ao luxo de tger equipas Sub-23. O enorme problema, enormíssimo digo eu, foi a Federação por causa dum problema que houve na ultima época. CULPA DA FEDERAÇÃO QUE QUIS FAZER UM CAMPEONATO DE EQUIPAS BB, O QUE SÓ MOSTROU COMO NÃO PERCEBEM NADA DO ASSUNTO. Ter pura e simplesmente terminado com a possibilidade das equipas BB participarem na 2ª divisão foi dum leviandade tremenda.

Anónimo disse...

PROPOSTA

1ª DIVISÃO

PASSAR A TER 14 EQUIPAS
(CRAV, GUIMARÃES, AGRÁRIA E FAMALICÃO INTEGRAM ESTE CAMPEONATO)

DUAS SÉRIES (DUAS FASES)

ZONA NORTE/CENTRO

- CRAV
- GUIMARÃES
- FAMALICÃO
- LOUSÃ
- AGRÁRIA
- SANTARÉM
- CALDAS


ZONA SUL

- SÃO MIGUEL
- BENFICA
- SPORTING
- VILA DA MOITA
- VITÓRIA
- CR ÉVORA
- LOULÉ

1. PASSAM 3 EQUIPAS POR ZONA PARA FASE CAMPEÃO
2. NA FASE DA DESCIDA, EQUIPA LEVAM METADE DOS PONTOS E CONTINUAM EM MODO REGIONAL. DESCE O ULTIMO DE CADA ZONA.

(agradeço que comentem sem insulto)

João Costa

Anónimo disse...

Mais um pouco e alteram-se as fórmulas do campeonato a meio da temporada .estamos a 15 duas de começar a DH e a 3 semanas da Primeira. Ponto final.

Anónimo disse...

Sem querer discutir se está errado ou certo, venho só alertar que não há nenhuma obrigação dos clubes da DH apresentarem uma equipa SUB23. Têm que apresentar duas entre SUB23, SUB18 e SUB16. Em Portugal será dificil jogar na DH sem equipas SUB16 e SUB18, só se forem "comprar" jogadores!

Anónimo disse...

Boa tarde!

Todas as ideias, propostas, eventuais soluções podem ser encaradas como bem-vindas, desde que exequíveis e construtivas.

Porém, é uma questão de timing. Como bem diz o comentário das 13:22 de 9/Set, estamos a 2 semanas de começaram os campeonatos e não se pode andar - nem tal é permitido pelos regulamentos - a fazer alterações para resolver problemas de uns e de outros.

Mais, é absurdo que todos os anos - TODOS - se andem a fazer sistemáticas alterações aos regulamentos e a criar regulamentos novos, a criar novas competições e a fazer desaparecer outras, sem que para isso exista um fundamento válido ou sejam demonstrados benefícios daí resultantes.

Uma coisa com que a FPR se deveria preocupar era com a estabilidade das normas, com a criação de regulamentos que se mantivessem estáveis no tempo e apenas ser alterados pontualmente quando necessário.

Por exemplo, o Regulamento Geral de Competições deve ser o mais completo e abrangente possível, deixando apenas para regulamentos setoriais (por exemplo o da DH) as normas específicas que lhe sejam aplicáveis.

Concordo com a necessidade de acabar com esse campeonato de equipas Sub-23.Não existe, por assim dizer, um escalão de Sub-23. Sub-23 é um atleta sénior para todos os efeitos (que se saiba não estão impedidos de jogar nos seniores) e, como já se viu, muitos fazem falta aos seus clubes para jogarem na equipa Sénior A.

Daí que a FPR deveria emendar a mão e voltar a possibilitar que as equipas B dos Clubes joguem no CN II Divisão, o que só trará benefícios a todos, inclusivamente aos adversários.

Portanto, voltando um pouco atrás, à questão das ideias e sugestões, parece-me ser hora de verdadeiramente se pensar num congresso do rugby (chamem-lhe o que quiserem), onde todos possam, democraticamente, expor as suas ideias, sejam sobre o futuro da modalidade, modelos competitivos, etc, etc.

E, sobretudo, começar a pensar numa reforma dos modelos competitivos, feita com pés e cabeça, ouvindo todos, para que seja colocada em vigor daqui a 3 ou 4 anos. Tal permitirá um período transitório para tudo e todos a ela se adaptarem, com calma e sem pressas.

E, também, é tempo de refletir se é este o modelo de FPR que queremos, fechada sobre si mesma, a todos impondo as suas ideias (algumas peregrinas), sem que possam ser previamente conhecidas e discutidas. Aqui incluiria a questão do corpo técnico, diretores nacionais e regionais, treinadores, team managers, etc, e das tarefas que verdadeiramente devem desempenhar.

O modelo existente está, além de pouco eficiente, a tornar-se demasiado caro (basta olhar para a folha de pagamentos com ordenados)para aquilo que produz. Há, a meu ver, demasiada gente cujo ordenado não parece justificado ou justificar-se. O nível de decisão e de responsabilização também me parece próximo do zero. Se a FPR fosse uma empresa privada, com este modelo de gestão já estaria em processo de falência ou insolvência.

Resumindo, como procurei explanar, há muito que falar, trocar ideias, discutir sobre o rugby nacional. De forma aberta, transparente, democrática,com elevação e civismo.

Não basta dizermos que o rugby é um desporto diferente. Há verdadeiramente que o demonstrar.

Claro, caso os atuais dirigentes da FPR estejam verdadeiramente interessados nessa discussão e não preocupados em permanecer agarrados ao lugar.

Era uma boa ocasião para demonstrarem que estão ao serviço do rugby e não a servirem-se dele.

Aguardemos...

António Ferreira Marques disse...

Gosto da opinião do anónimo da 16:34. Reflecte algumas das ideias que tb subscrevi na minha opinião de 4.Setembro

"... o modelo das competições tem que ser completamente repensado ... a partir de uma ESTRATEGIA de M/L prazo para o Rugby Português ...", i.e. discutir, analisar, em primeiro lugar, e implementar com bases em seguida.

"... Já no passado recente esta questão foi aflorada em diferentes notícias do MM; tb. se viu escrito algumas ideias para lançar um "forum" ou "congresso" ou "encontro" do Rugby para discutir este e outros temas da n/ modalidade. NADA ACONTECEU !
Como tb já alguns publicaram, sendo o Rugby uma modalidade c/ bases na Universidade, seria talvez possível aproveitar trabalhos académicos que desenvolvessem análises sobre os modelos competitivos e apontassem possibilidades para o caso português ...", i.e. soluções alicerçadas em estudo. Certamente que o corpo dirigente e técnico da FPR tem em si mesmo e pode aliar-se/procurar apoio a instituições que possuam o saber para tal.

Anónimo disse...

O meu acordo e sobretudo os meus parabéns pela excelente análise do texto das 16.34
Creiam que gostava de saber quem o redigiu.
José Redondo

Anónimo disse...

Caro Anónimo de 6 de Setembro de 2014 às 12:38,

explique-me lá porque é que o Cascais deveria estar na 2ª Divisão?

Se ler bem, verá que os Regulamentos dizem "pelo menos um dos dois escalões dos sub-16 e sub-18 e ainda no sub-escalão sénior", ou seja, 2 de 3 escalões possíveis (e não a obrigação de ser sub-23 + um dos dois anteriores).

Mas mesmo que seja assim (que nâo é), o Cascais terá este ano escalão sub-23, perfazendo todos os escalões.

Pode-me explicar ou nem por isso?

Lá porque tem direito a opinião não quer dizer que a deva usar, ao menos não dirá estupidezes como esta.

Um abraço.

Anónimo disse...

Não tenho nada nada a haver com esta discussão, mas português é português, bem como lógica é lógica.

Quem não percebe isso não devia dizer que os outros (não sei quem são, nem me interessa) dizem"estupidezes".

Anónimo disse...

TRANSCRIÇÃO DO TEXTO

"pelo menos um dos dois escalões dos sub-16 e sub-18 e ainda no sub-escalão sénior"

A ou B e C

ou seja Sub-16 ou Sub-18 e Sub-escalão sénior

Percebeu?

Tem sub-escalão sénior para esta época, então cumpre o Regulamento.

Teve sub-escalão sénior em 2013/14? NÃO. Então não cumpriu o regulamento.

Anónimo disse...

O cascais devia descer porque na época passada não teve equipa sub23... Não te lembras?

Anónimo disse...

Volto a dizer - os regulamentos dizem que são 2 de 3 equipas e não sub23 obrigatoriamente + uma das outras duas.

Sei do que falo já que foi a própria da FPR que elucidou os clubes por via oficial e uma coisa é a sua interpretação das Leis, outra é a das pessoas que fazem os regulamentos.

Tem dúvidas? Ligue para a FPR. Não tem dúvidas? continue a dizer barbaridades (para não dizer estupidezes).

Anónimo disse...

Quando até a lógica é tratada insistentemente desta maneira, não vale a pena dizer mais nada. Portugal bateu no fundo.

Anónimo disse...

Ainda não se sabe de nada?
A FPR está à espera que chegue a 1ª jornada do campeonato?