20 de setembro de 2014

BUCARESTE 7´S EM CORES NEGRAS PARA PORTUGAL

Portugal começa da pior forma a última etapa do Grand Prix Sevens 2014, registando três derrotas em outros tantos jogos, e sem dar mostras de ter evoluído de qualquer forma em relação à semana passada.

A menos de um mês do início do Circuito Mundial a situação começa a ser preocupante, já que não se vislumbra uma efectiva renovação na equipa, nem o recurso a jogadores em fim de carreira ou com carreiras que já não passam por Portugal, parece ter trazido o desejado equilíbrio e evolução.

Nestas alturas é fácil "bater no ceguinho" e o Mão de Mestre não vai enveredar por esse caminho, mas a verdade é que algo está mal no que diz respeito aos sevens nacionais, e não basta argumentar que os "outros" evoluíram muito para justificar a situação.

Se os outros evoluíram, porque não evoluímos nós? Será que eles fizeram o trabalho de casa e nós ficámos sentados à sobra dos louros das conquistas - de grande mérito - conseguidas ao longo de uma década?
Onde está a competição nacional, onde estão as competições regionais, onde está a formação das equipas dos clubes?
Será que o sistema adoptado de abandono quase total das provas e dos clubes nacionais, em favor do trabalho exclusivo com um grupo reduzido de jogadores - por melhores que eles sejam - é o mais adequado?

Quem nos conhece sabe que achamos que não, achamos que a excelência só pode vir do alargamento da base de jogadores e da melhoria contínua das competições regionais e nacionais.
Fora disso podemos ter um bom resultado aqui, outra ali, mas quando nos falta este ou aquele jogador, quais são os nossos reais recursos?

Não se pense no entanto que na nossa opinião os melhores não devem ser trabalhados noutras condições e com outra intensidade - apenas achamos que para existir topo, tem que existir base, e que essa base passa precisamente pelas tais competições regionais, por competições entre seleções regionais, e por uma escadaria a que todos possam ter acesso.

Se isso não se fizer, bem pode Santo António, São João e São Pedro vir em nosso socorro, e mesmo assim são poucos santos.

Sem comentários para as derrotas sofridas aqui fica o quadro completo dos resultados de hoje e os primeiros jogos de amanhã.

10 comentários:

Anónimo disse...

Fácil foi bater no ceguinho do ano passado sem condições nenhumas , agora é mais difícil quando tem tudo à disposição . Mas tem razão ao que diz sobre as competições e a base da pirâmide , mas esse trabalho é da competência do DTN Tomas Morais que nada fez quando se previa este cenário , porque quem vê o campeonato de seniores em declínio desde à alguns anos e nós escalões de formação mais do mesmo , é de perguntar o que esse senhor anda por lá a fazer .

PaddyG disse...

Porque escrevem as pessoas anônimamente?

Anónimo disse...

O dia de hoje foi demasiado mau para ser verdade!

Continuamos a cometer erros crassos e desses erros resultam ensaios. De que nos serve ter posse de bola e estar instalado no meio-campo do adversário durante a maior parte do tempo quando este das poucas vezes que vai aos nossos vinte e dois marca?
O jogo com a Rússia foi exemplo flagrante...

É verdade que este circuito europeu está a servir para fazer experiências, que estão a ser utilizados jogadores novos e outros que regressam à actividade, mas isso não pode justificar estes resultados!

O circuito mundial está ja aí à porta!
Se continuarmos assim vai ser ainda pior do que a humilhação que foi o ano passado!

Podemos e devemos fazer melhor. Uma selecção com a nossa qualidade (que a temos!!) não se pode contentar em disputar a Bowl num circuito europeu.

Quero acreditar que vamos estar melhores no circuito mundial. E que aí, estarão presentes os melhores jogadores nacionais...
Pois num país como o nosso, se quisermos fazer algo, temos imperativamente de jogar com os nossos melhores jogadores...



Anónimo disse...

Não tenho contra os sevens, mas se agora fôssemos seguir o mesmo raciocínio que várias pessoas seguiram quando a nossa selecção de XV teve resultados muito maus, agora teríamos que dizer que o melhor é concentrar esforços e recursos no XV.

Anónimo disse...

Ficar fora dos seis primeiros tem graves consequências , não só desportivas como financeiras , os apoios serão para metade não retirar consequências destes resultados será enfiar a cabeça na areia para fingir que não se vê as evidências .

Anónimo disse...

Não aproveitámos os Sevens na altura devida, quando os outros não lhes ligavam e nós éramos dos melhores e agora... Chapéu. É vê-los passar. Não sei mesmo se já iremos a tempo. Continuem a fomentar o rugby só em Lisboa e depois queixem-se.

Anónimo disse...

Parabéns pela final da Bowl , temos que festejar visto que já se tinha percebido que a fasquia está colocada bem cá em baixo . Dá dó ver a equipa a jogar , aliás de equipa tem pouco porque jogam cada um por si a atacar e defender , dá a bola ao Joe que ele resolve é táctica do momento, mau de mais . Talvez um novo estágio na tropa é que falta para o Morais ir à frente na corrida e fazer mais flexões que a malta toda e depois fazem-se à água com o surfista Netto com dois tt para ele mostrar como se faz , esperem , e rugby ?, calma , disso eles não percebem e nunca perceberam .
Pena tem-se é de alguns jogadores levarem com estes filmes , mais do mesmo .
O Cabé certamente mandará um comunicado a dizer que estava tudo previsto e programado e tudo na mesma como a lesma ,e assim anda o rugby nacional .

Anónimo disse...

No rescaldo de Bucareste.

A etapa da Roménia mais pareceu um filme de terror passado lá na Transilvânia, onde o Conde Drácula atormentava as populações.

A equipa nacional, essa, já não atormenta ninguém e apenas a Itália continua teimosamente a não nos querer ganhar, quando já todas as outras - Bélgica, Roménia, Geórgia, Alemanha - o fizeram.

Afinal as condições, o leque alargado de jogadores não passa de um bluff (com 2 F). Bem pode o treinador Netto (com 2 T)ir à prateleira buscar jogadores e fazer-se acompanhar do Sr Morais e do Sr Carvoeira, que o cenário não muda, só piora.

O circuito IRB está à porta e, pelo que se vê, na Austrália, o trio técnico será reforçado pelos treinadores Henrique Rocha, Henrique Garcia, João Luis e João Catulo. Quantos aos 12 jogadores, aguarda-se com expectativa a convocatória do Portela e o Piçarra, que andam a treinar para o Iron Man e devem estar em boa forma e, porque não, o Frederico Sousa, que ainda o ano passado treinava com a malta.

Falando agora a sério, não está na altura de correr com uns quantos - e falo do Sr Morais, responsável pelo Estado a que isto chegou e do Sr Neto - e tudo fazer para a equipa melhore, volta a jogar como sabe e permaneça no circuito mundial?

Ainda estamos a tempo...

Anónimo disse...

Este torneio foi pior que o anterior, mas segundo o P Netto temos mais condições este ano.
Qual o trabalho que tem sido feito (ultimos 4 anos)para criar jovens jogadores de qualidade para representar a seleção de sevens.
Quantos jogadores das duas seleções de sub 19 de sevens foram aproveitados, sra que não tem condições.
Meus senhores continuamos a não fazer o trabalho de casa, e agora ja é muito tarde .
Mas o que se passou nestes dois torneios não tem nada haver com isto, mas sim a equipa não defende como defendia unida e com garra, depois o ataque voltamos as voltas e não avançamos existe muito pouco apoio, isto não são táticas mas sim trabalho.
Na minha opinião ja é muito tarde.
Tenho pena dos jogadores que fazem o seu melhor sobre ordem e planeamento .
Por isso digo ALGO ESTA MAL

Anónimo disse...

Estamos a bater no fundo e só vejo uma solução, que se calhar já nem irá a tempo. PARAR PARA REFLECTIR. Foi isso que os alemães fizeram no futebol quando tiveram resultados fora do que estavam habituados. Tal como nós agora. É confrangedor ver esta equipa a jogar. Dizer que o Netto não percebe nada, é mentira, pois até percebe, como outros que lá estão. Mas algo está errado nas estruturas e no saber aproveitar alguns valores e prepará-los para a luta. O Rugby é um desporto de combate e a equipa parece estoirada e sem garra. E tal como alguém dizia atrás, isto dos J.O. fez despertar muitos interesses políticos.