A nova competição lançada pela Rugby Europe , a Super Cup, será disputada nesta primeira edição por 8 equipas dividida em duas Conferências : Leste e Oeste.
Prevê-se que no futuro, caso a competição tenha sucesso, seja expandida a novos países e a mais que uma franquia por país.
A FPR decidiu e bem, inscrever uma equipa portuguesa nesta nova competição, a que foi dada a designação de Lusitanos e que participará na Conferência Oeste juntamente com Brussels Devils, The Dutch Delta e Castilla y Leon Iberians.
Na conferência Leste participarão os russos do Enisei-STM e Lokomotive Penza, The Black Lion da Geórgia e The Telaviv Heat de Israel.
Uma equipa com a mesma designação, Os Lusitanos, já havia participado, há umas épocas atrás, numa competição europeia, sem grande sucesso aliás.
O QUE FAZER PARA TER SUCESSO
Algumas realidades noutras latitudes.
O QUE FAZER PARA TER SUCESSO
Algumas realidades noutras latitudes.
Nos países de menor população a estrutura do Rugby assenta em três ou quatro níveis competitivos: clubes, seleções regionais, franquias e seleção nacional.
É o caso da Nova Zelândia e da África do Sul.
No caso da Argentina, Escócia, Irlanda, Itália e País de Gales não existe o nível seleção regional.
Nas nações com maior população e consequentemente maior número de praticantes, França e Inglaterra, passa-se diretamente dos clubes para a seleção.
No continente europeu, todos os outros países têm número de praticantes limitado, como é o caso de Portugal. Portanto a política de estabelecer um nível competitivo entre clube e seleção é, no meu ponto de vista, a estratégia correta.
Como estabelecer esse princípio em Portugal? Dado o atual índice de desenvolvimento do Rugby em Portugal poderemos estabelecer duas franquias: uma centrada à volta de Lisboa e uma outra abrangendo o Centro e o Norte. Estas franquias deverão, em minha opinião, partir de uma associação entre os clubes da região e dirigidas diretamente por um comité emanado dos clubes constituintes e não uma equipa comandada diretamente pela Federação.
Para isso é indispensável que os clubes ultrapassem as suas rivalidades e se associem para criar essas franquias.
A experiência anterior dos Lusitanos (veja no final do texto os resultados dessa equipa) controlados diretamente pela Federação não mostrou resultados positivos. Por exemplo, em Espanha, os “ The Castilla y Leon Iberians” são o resultado da associação dos três principais clubes da região, Valladolid Rugby Atletic Club ( VRAC ), o El Salvador de Valladolid e o Universidad de Burgos. Um bom exemplo dos nossos vizinhos aqui ao lado que, apesar da forte e longínqua rivalidade entre os dois clubes de Valladolid, a souberam ultrapassar e constituir uma equipa conjunta adicionando os vizinhos de Burgos.
No caso de Portugal, se não houver envolvimento direto dos clubes que fornecerão jogadores para os Lusitanos, corremos o risco de conflito entre interesses potencialmente concorrentes e que poderá inviabilizar um projeto que é de alto interesse para o Rugby português.
No caso de Portugal, se não houver envolvimento direto dos clubes que fornecerão jogadores para os Lusitanos, corremos o risco de conflito entre interesses potencialmente concorrentes e que poderá inviabilizar um projeto que é de alto interesse para o Rugby português.
Os Lusitanos e outra franquia que venha a aparecer irão proporcionar novas experiências competitivas a um conjunto de jogadores, que serão altamente vantajosas para o futuro da seleção nacional.
E seria bom que os jogos a realizar em Portugal não se concentrassem num único local, usando esses jogos para promoção do Rugby em locais onde as respetivas instalações o possibilitem.
A política da franquia irlandesa do Munster, alternando jogos entre Cork e Limerick, é um bom exemplo a seguir.
No caso dos Lusitanos, Caldas da Rainha, Loulé e Setúbal são locais, além de Lisboa, que têm condições para organizar estes jogos. Caso se venha a estender a uma nova franquia Centro/Norte, Arcos de Valdevez, Coimbra, Lousã e Porto serão, locais apropriados.
Que os responsáveis da Federação e dos clubes tenham a clarividência necessária para entender quão importante é para o futuro do Rugby português o sucesso deste projeto e encontram as melhores soluções para o seu êxito.
Que os responsáveis da Federação e dos clubes tenham a clarividência necessária para entender quão importante é para o futuro do Rugby português o sucesso deste projeto e encontram as melhores soluções para o seu êxito.
LUSITANOS XV - PARTICIPAÇÃO NA CHALLENGE CUP NA ÉPOCA 2013-2014
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