Parte 4 – E agora, que vamos fazer?
Não pretendo neste espaço dar soluções.
Apenas apontar alguns caminhos, levantar algumas pistas e suscitar a discussão.
Vamos aos fatos.
O próximo Mundial de VII terá lugar em 2013 e o próximo Mundial de XV em 2011, com os jogos de apuramento a serem realizados até ao final da próxima época.
Parece então natural que se concentrem esforços para garantir o apuramento para Mundial de 2011.
Mas não se pode largar a seleção de VII e deixar de participar em torneios do Circuito Mundial, onde os jogadores ganham experiência e se preparam para o futuro.
Por isso acho que a preparação para o Mundial de VII em 2013 deve começar desde já, com a escolha de um lote alargado de jogadores jovens, na casa dos 20 a 22 anos - com a participação de alguns mais velhos que possam transmitir a experiência e os conhecimentos já adquiridos pela seleção como um todo - e que estarão na plenitude das suas capacidades em 2016, quando, esperamos, o Rugby de VII fizer parte do programa Olímpico.
Desta forma teríamos em 2013 uma equipa bem jovem mas com 3 anos de preparação para um Mundial, e em 2016, nos Jogos, ou em 2017 em novo Mundial, uma equipa de verdadeiros especialistas, capaz de lutar por um lugar na final.
Quanto à equipa para o Mundial de XV, devem-se concentrar esforços em torno do núcleo de jogadores que dela já fazem parte, a que se juntariam os jogadores que hoje ainda não tem lugar nela, e que estão agora na faixa dos 23, 24 e 25 anos.
Estes jogadores mais jovens serão, por seu lado, a base da seleção que disputará o Mundial de XV de 2015, quando tiverem 28, 29, 30 anos...sempre, claro está, com alguns dos mais velhos e resistentes para dar consistência ao grupo.
De acordo com as últimas notícias, vamos enfrentar em breve outra dificuldade: o afastamento do Tomás Morais do cargo de treinador das seleções.
Espero que essa questão comece desde já a ser equacionada, e que – por favor! – não deixem o Tomás ir embora!
Ele já é demasiado importante para o rugby português para que isso possa acontecer.
Há tanto a fazer, e tanto que ele pode fazer, que a questão não deve ser “em que vamos aproveitar o Tomás, o que lhe vamos oferecer?”
A questão deve ser posta de outra forma: “Tomás, o que queres fazer pelo rugby português?”
E pronto.
Por agora, apenas quero sugerir que a substituição de Tomás Morais seja feita por fases.
E que a primeira fase seja agora, com a escolha de uma equipa técnico-administrativa para a seleção de VII.
O tempo é agora.
Mais tarde poderá ser tarde de mais.
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