13 de maio de 2009

Rugby de XV e Rugby de VII - Parte 1

Lembrar o passado

Aproxima-se o final da época 2008-2009 e urge refletir sobre uma questão que tem atravessado o rugby português de forma constante, há, pelo menos, 20 anos.
Na verdade, se até 1986 o Rugby de VII apenas era praticado de forma esporádica em torneios de final de época organizados por clubes como Direito, ou de uma forma mais constante e organizada, pela Acadêmica de Coimbra, depois do surgimento do Lisboa Sevens tudo isto se alterou.


Desde bem cedo que o Lisboa Sevens se tornou numa referência do rugby em Portugal, de tal forma que em poucos anos apareceram equipas especialistas na prática da modalidade, e se espalharam outros torneios por todo o país.

O jogador português demonstrou uma especial habilidade para o jogo reduzido e, em pouco tempo, as equipas portuguesas começaram a enfrentar as grandes equipas da especialidade, de igual para igual.

Por outro lado, como resultado da importância internacional que o Lisboa Sevens adquiriu, começaram a surgir convites para a participação de equipas nacionais em torneios um pouco por toda a Europa.

Até que, como corolário desta crescente importância que o jogo de VII atingiu no nosso país, surgiram os primeiros convites para a seleção nacional participar em torneios do Circuito Internacional da IRB.

A partir daí foi uma escalada galopante, com a vitória em diversos Campeonatos da Europa de VII, com a conquista de um lugar entre os dez primeiros do ranking da IRB e a presença no Campeonato do Mundo de 2009.

Por outro lado, e como conseqüência de um intenso trabalho de desenvolvimento iniciado por Andy Cushing, e que mais tarde Tomás Morais abraçou de maneira brilhante, Portugal esteve presente por mérito próprio no último Campeonato do Mundo de Rugby de XV, e se encontra a um passo de repetir a façanha ganhando um lugar no próximo Campeonato do Mundo a realizar em 2011.

Importa deixar aqui registada a importância de Tomás Morais também no desenvolvimento do Rugby de VII em Portugal.

Sem ele nada teria sido assim.

Ele encontra-se indubitavelmente ligado ao período de maior projeção do nosso rugby (tanto de VII como de XV) pelo mundo fora.

Então, se as coisas correm assim tão bem, qual a questão que tanto me preocupa?

Por hoje fico por aqui. Mas dentro de poucos dias aqui voltarei, para abordar essa questão com a Parte 2 – Caim e Abel?

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