22 de julho de 2018

MUNDIAL DE SEVENS - O REGRESSO ÁS ORIGENS

Depois de seis edições do Mundial de Sevens, em que o foco dos organizadores se fixou em fases de apuramento em grupos, para se entrar então numa decisiva fase final em jogos a eliminar, finalmente a World Rugby decidiu regressar às origens dos torneios de rugby de sevens, onde todos os jogos eram a eliminar.

A única diferença em relação a esses torneios que se disputavam - e ainda disputam - na Escócia, é que no Mundial os derrotados continuam a jogar, acabando todas as equipas por fazer o mesmo número de jogos, excluindo as oito primeiras do ranking, que não disputam a primeira eliminatória, enquanto nos torneios originais os derrotados arrumavam as botas e iam diretos para o bar...

Assim, 16 equipas disputam um total de cinco jogos cada uma, em três dias de competição - sexta-feira 2 jogos, sábado 1 jogo e domingo 2 jogos - enquanto as primeiras do ranking mundial disputam apenas quatro (1-1-2).

A AUSÊNCIA DE PORTUGAL
Este é também o Mundial da lusitana decepção, com a ausência da nossa seleção nacional na competição, depois de ter participado em 1997, 2001, 2005, 2009 e 2013, e apenas não tendo conseguido estar presente na edição inaugural da prova em 1993.

Não me vou alargar em considerações sobre esta ausência, mas não posso deixar de citar o nome dos dois maiores (ir)responsáveis por esta triste conclusão - Amado da Silva e Cassiano Neves.
Estes dois últimos presidentes da nossa federação mostraram uma total incapacidade de reconhecer o extraordinário serviço que os sevens podem trazer a um pequeno país como Portugal, e provocaram, cada um a seu modo, um dano de difícil solução para o nosso rugby.

Aguardamos ansiosamente a prometida demissão de Cassiano Neves, esperando que reste um pouco de bom senso a Amado da Silva para não se recandidatar ao cargo que exerceu de forma tão deficiente, na esperança que surja uma equipa capaz de encarar os problemas e apresentar as melhores soluções para o crescimento e desenvolvimento do rugby por todo o país.

O DECORRER DOS DOIS PRIMEIROS DIAS
Não houve grandes surpresas nos resultados dos dois primeiros dias, apenas sendo justo referir o crescimento da França, única equipa que não fazendo parte do grupo das oito melhores do ranking conceguiu chegar ao quartos de final do Championship.
O seu afastamento das meias finais frente a Nova Zelândia (por escassos 7-12) não foi uma surpresa, mas foi surpresa sim a forma como os franceses se apresentaram para a competição.

Quanto ao resto, estão nas meias finais três campeões do Mundo: Inglaterra (1993), Fiji (1997 e 2005) e Nova Zelândia (2001 e 2013), apenas estando ausente o campeão de 2009, o País de Gales.
Quanto ao quarto participante nas meias finais - África do Sul - embora não tenha conseguido melhor nas seis anteriores edições que o segundo lugar em 1997, não podemos esquecer que ela é a atual vencedora do Circuito Mundial, como já fora no ano anterior, e foi ainda segunda classificada em 2015-16.

Fiquem com o quadro dos resultados dos dois primeiros dias, e os jogos deste domingo, que vão decidir a classificação final da prova, e os interessados na história do Mundial de sevens podem conhecer os seus detalhes aqui.




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