19 de agosto de 2009

ACHEGAS PARA UM PLANO

Chegou a altura de começarmos a ajudar a preparar um Plano de Desenvolvimento de Sevens em Portugal, tendo em vista a participação nos Mundiais de 2013 e 2017, e, eventualmente, nos Jogos Olímpicos de 2016.

E não o faço na convicção de que mais ninguém o saberia fazer.

Faço-o apenas porque não tenho por hábito criticar sem apontar algumas alternativas.
E como tenho criticado, aqui fica a minha contribuição.
Se alguém quiser pegar no que escrevo e daí aproveitar alguma coisa, já fico satisfeito.


Vou começar pelo calendário e organização dos Nacionais de Sevens.

Hoje o Campeonato apenas se joga em seniores e numa data indefinida de final de época.

Eu sugiro que, a partir do próximo ano, isto se altere, passando o mês de Setembro a ser considerado o mês dos sevens em Portugal.

Seriam organizadas as seguintes competições:

1- Campeonato Nacional de Seniores (CNS), em duas fases.

Na primeira fase, os participantes serão agrupados em oito Grupos distribuídos regionalmente, com oito equipas cada um.
Será um total de 64 equipas participantes.
Para atingir este numero, os clubes serão mobilizados para apresentarem mais do que uma equipa, sempre que necessário, até perfazer aquele numero.
Estes Grupos poderão, por exemplo, ter por sede Arcos de Valdevez, Porto, Coimbra, Lisboa, Carcavelos, Santarém, Évora e Setúbal.
Estes oito grupos disputarão um total de quatro torneios cada um, em dois fins de semana, um no sábado e outro no domingo.
Cada Grupo apurará duas equipas que disputarão a final do campeonato, no terceiro fim de semana.
Esta final será disputada em quatro séries de quatro equipas, no sábado, e depois, no domingo, em jogos a eliminar.

2- Campeonato Nacional Feminino Seniores (CFS), em modelo a determinar, mas ocupando o quarto fim de semana de Setembro e o primeiro de Outubro.

3- Campeonato Nacional de Sub-19 (S9M), em modelo a determinar, mas ocupando os mesmos fins de semana do Campeonato Feminino.
A organização destes campeonatos em Setembro terá a vantagem de pôr em movimento quase todos os jogadores nacionais das três categorias, sem interferir de nenhuma forma com as restantes competições, servindo-lhes, pelo contrário de incentivo e publicidade.
Mas não ficaria por aqui a actividade de Sevens.
Pelo contrário, a realização do CNS terá uma dupla função.
A primeira, óbvia, será apurar o Campeão Nacional de Sevens.
A outra será a de servir de base de observação para a formação de oito grupos regionais de 20 jogadores cada – um por série – que realizarão treinos no terceiro e quarto fim de semana de Setembro.

Desses treinos surgirão oito equipas regionais para disputar, no primeiro fim de semana de Outubro, um Campeonato Inter Regional.
Nesse Campeonato serão escolhidos os 30 jogadores que irão constituir duas Seleções Nacionais de Seniores para 2010/11: uma para disputar os jogos das Séries Mundiais, e outra para disputar o Campeonato da Europa.

Os Treinadores das seleções regionais poderão escolher um máximo de três jogadores de outros Grupos, que tenham sido rejeitados, para completar a lista dos seus convocados.
Esta flexibilidade entende-se dado que o principal objetivo destas equipas regionais é a escolha dos jogadores para as Seleções Nacionais.

Dentro de dias direi o que penso sobre a organização técnica que enquadrará todas estas seleções, regionais e nacionais.

1 comentário:

Vasco M. disse...

Off Topic

«In an attempt to simplify the laws surrounding the rolling maul, IRB Referee Manager, Paddy O'Brien, has issued a list of instructions to be coached, played and refereed with immediate effect.

The changes will be implemented in all South African competitions from the weekend of August 28/29.

The changes are as follows:

1. When a maul is formed originally, the ball carrier must be in contact with the ball and in front of the maul formation. In other words, at this time the opposition must be able to contest the possession at the formation.

2. The player at the back of the maul, must be bound – AS PER LAW, FROM HAND TO SHOULDER – at all times. Should he detach or not be bound as per above, then the players in front of the ball carrier is obstructing the opponents

3. When the maul stops GOING FORWARD in the first instance, the referee is to call “restart or use it”. When it stops going forward in the second instance, the referee is to call “use it or loose it”. The maul may not move backwards or side ways!

http://www.sport24.co.za/Content/Rugby/264/e3a31d058c774683a 177e9c91c6c7cfa/19-08-2009-04-30/IRB_alter_maul_interpretati on »


Os vídeos são muito elucidativos. Estas leis já estão a vigorar em todo o mundo.

Certamente os nossos jogadores, treinadores, árbitros e adeptos já as conhecem, mas, mesmo assim, se o responsável pelo blog assim o entender, fica aqui mais este lembrete.

São alterações muito significativas. Acho que mais de metade dos mauls que se viam antes seriam considerados ilegais sob estas novas leis.