22 de agosto de 2009

UM PROJETO DE SUCESSO

Um projeto de sucesso para os sevens portugueses está ao alcance das nossas mãos.

Falei na última postagem da organização da época de sevens, e, em particular dos Campeonatos Nacionais de Sevens, nos vários escalões, e do Campeonato Inter Regional.

Hoje vou falar do que poderia ser o enquadramento técnico para pôr em movimento uma organização daquele tipo.

Vejamos a partir das seleções nacionais.
Naturalmente a equipa técnica deverá ter um vértice, chamemos-lhe um Treinador Chefe.

19 de agosto de 2009

ACHEGAS PARA UM PLANO

Chegou a altura de começarmos a ajudar a preparar um Plano de Desenvolvimento de Sevens em Portugal, tendo em vista a participação nos Mundiais de 2013 e 2017, e, eventualmente, nos Jogos Olímpicos de 2016.

E não o faço na convicção de que mais ninguém o saberia fazer.

Faço-o apenas porque não tenho por hábito criticar sem apontar algumas alternativas.
E como tenho criticado, aqui fica a minha contribuição.
Se alguém quiser pegar no que escrevo e daí aproveitar alguma coisa, já fico satisfeito.

14 de agosto de 2009

UM ENORME SUCESSO

O dia de hoje ficará certamente marcado na história do rugby e do desporto no mundo. Na história recente do rugby, a mera hipótese de ver a modalidade inscrita no programa Olímpico de 2016, representa um marco de tal importância que ninguém, repito ninguém, tem o direito de ficar indiferente. Os que se tem oposto, de forma sistemática, à implantação dos sevens, tem agora oportunidade de se redimirem. Muita coisa vai mudar, e mesmo os que apenas agora se convertam, serão bem vindos para essa tarefa. Mas essa tarefa começa HOJE!! O rugby em Portugal não pode perder este comboio. É uma situação única. Antes da modalidade ser importante, já Portugal era importante no seio dela. Mesmo que em Outubro o Rugby não venha a ser votado favoravelmente por 50% mais um dos 115 membros do Comitê Olímpico Internacional – o que não acredito que seja possível – o mundo nunca mais será igual para o jogo do melão. Para já porque só esta escolha da CE do COI é a maior manobra de publicidade que o rugby podia esperar. Em muitos recantos do mundo a modalidade é falada pela primeira vez, e só por isso, já valeu a pena. E nós por cá? Por cá, como no resto do mundo, os sevens começaram por ser apenas um divertimento de final de época, mas aos poucos foram ganhando um estatuto especial e, nos últimos anos, afirmaram-se como um Jogo independente, onde as diferenças para o Jogo de XV são, cada dia, maiores. O jogador de sevens é hoje tão diferente do jogador de XV como os especialistas de futebol na areia são dos futebolistas tradicionais, ou os jogadores de volei de praia dos jogadores do volei de pavilhão. E cada dia que passa, por esse mundo fora, são menos os jogadores de XV capazes de competir a alto nível em sevens e as exigências físicas e técnicas – quer individuais, quer coletivas – cada vez mais marcantes. O grande diferencial em relação a outras modalidades desportivas, é que a quase totalidade dos jogadores de Sevens jogam também XV, e o jogo reduzido tem sido um enorme manancial humano para as tropas do Rugby em geral. A recente RWC Sevens foi disso a prova que faltava, com a crescente tendência dos treinadores das grandes equipas em optar por jogadores de Sevens com provas dadas na especialidade. Desta forma, treinadores como Gordon Tietjens da Nova Zelândia, Ben Ryan da Inglaterra ou Paul Treu da África do Sul, escolheram jogadores que eles sabem poder suportar as exigências físicas e técnicas do jogo reduzido, ou seja, aqueles jogadores que tem jogado com frequência e dado provas no Sevens. Concluindo, na opinião dos referidos treinadores – a quem eu muito respeitosamente junto a minha voz - o Sevens moderno é um jogo diferente que muito poucas estrelas do rugby de XV conseguem acompanhar. Em 1992 quando fui convidado pelo então presidente da FPR, Eng° Raúl Martins, para organizar a participação de Portugal no torneio de apuramento para a 1ª RWC Sevens (1993), ninguém acreditava que seria possível à nossa seleção vir a jogar de igual para igual com as grandes potências do rugby mundial. Mas, e apesar do pouco tempo de preparação, dos problemas que foram detectados e mais tarde resolvidos, da descrença da própria direção da FPR, no seu conjunto, naquele primeiro apuramento, a seleção portuguesa ficou apenas a um ensaio do apuramento. Ensaio concedido frente à Espanha no jogo decisivo, no último segundo de jogo, fruto de um erro tático de um dos maiores jogadores de XV que passaram pela nossa seleção. Erro esse que aquele jogador nunca teria cometido se tivesse tido tempo de aprender, jogando, as particularidades do Sevens. E, por outro lado, é verdade que desde a implementação do Torneio Internacional Lisboa Sevens em 1986, foi evidente a facilidade do jogador português para o jogo reduzido, e rapidamente o Jogo se espalhou por todo o país abraçado por uma multidão de praticantes para quem a participação no Lisboa Sevens era a grande motivação para a prática da modalidade. Na década de 80 e princípios dos anos 90, o desenvolvimento do Sevens foi tímido, fruto especialmente de alguns carolas que se atreveram a desafiar o poder bolorento, que julgava o Rugby um jogo imutável e que apenas era digno de ser disputado por equipas com 15 jogadores.... Hoje, quando se vira a página da 5ª RWC Sevens, o Jogo reduzido e o seu formato de enorme intensidade - depois da escolha da Comissão Executiva do Comité Olímpico Internacional que hoje comemoramos - estão a um passo de fazerem parte dos Jogos Olímpicos, como se espera venha a ser decidido no Congresso Olímpico que terá lugar no próximo mês de Outubro, deixando para trás aqueles Velhos do Restelo que falam muito, empatam muito, talvez receosos de ver as suas quintinhas invadidas e desbravadas. Aliás, como já aconteceu tantas vezes...Esperamos que o membro português no Comité Olímpico Internacional – Engº Lima Bello - tenha uma visão ampla desta matéria, do espírito de camaradagem que envolve este desporto altamente competitivo, e em particular do evidente prazer com que os sevens são praticados por todo o País e as potencialidades de Portugal em lutar por uma medalha nesta modalidade. Estamos certos que sim, e que não deixará de ajudar a abrir as portas para o nosso rugby... Engenheiro! A malta agradece o seu voto! E é neste contexto que devemos analisar a posição da FPR em relação ao Sevens. Uma semana para preparar uma seleção participante de um campeonato do mundo, como aconteceu este ano, é, em qualquer circunstância, insuficiente. Deixar que se misture o jogo de XV com o jogo de Sevens, é fechar os olhos ao que se passa no mundo. Portugal já demonstrou claramente que é capaz de jogar e ganhar a qualquer equipa de Sevens do mundo. Ao longo dos últimos 23 anos, passo a passo, essa certeza deixou de estar apenas na cabeça de alguns carolas para fazer parte das “verdades” universalmente aceites no meio. Perante tudo isto, o que se pode esperar da FPR? Apenas 1- Que reconheça a importância do Sevens, e a especial habilidade dos portugueses na sua prática. 2- Que assuma que Portugal é uma das grandes equipas de Sevens do mundo 3- Que dê à seleção portuguesa todas as condições de preparação e estabilidade, para que Portugal seja um efetivo candidato ao título mundial em 2013 e em 2017, e ao primeiro título Olímpico em 2016, caso se confirme a introdução do Sevens nos Jogos. 5- Que promova e apóie o aparecimento de novas equipas de Sevens em Portugal e de torneios internos que permitam que o jogador português se aperfeiçoe e desenvolva. 6- Que promova e facilite a aprendizagem do Sevens em Portugal pela contratação de técnicos especialistas da modalidade, que circulem por todo o país, divulgando e ensinado o Rugby em geral, e o Sevens muito em particular. Finalmente 7- Que englobe todas estas iniciativas num único projeto, escolha alguém com provas dadas e reconhecida proximidade ao Jogo Reduzido, a quem seja dado todo o apoio, quer de meios quer de influência, que leve a tarefa a cabo, apenas com os objetivos definidos como meta. Será pedir muito? Não me parece, e se tal não for feito, os responsáveis ficarão conhecidos apenas pela sua incompetência em acelerar um projeto de sucesso! Porque, não tenham dúvidas, mais cedo ou mais tarde, os Sevens portugueses vão ser um enorme sucesso!

13 de agosto de 2009

QUENTE E BOAS!

Agora é de vez! O nosso rugby é uma das duas modalidades escolhidas pela Comissão Executiva do COI para serem votadas no próximo mês de Outubro, como candidatas à inclusão no Programa Olímpico!! MALTA O RUGBY VAI MUDAR!!

UM GALARDÃO PARA TER NA PRATELEIRA

E pronto. Por agora fico por aqui, com o resumo dos jogos realizados e a caracterização dos nossos adversários. Estes quadros serão actualizados conforme me cheguem as informações, em falta, sobre os torneios de Benidorm 1992, Catania 1992, Lisboa Sevens 1993 e Madrid 2002. Essas informações completam o que acredito sejam todos os jogos realizados pela seleção nacional de sevens. Em breve publicarei a lista de participações em torneios e aí, mais uma vez, espero a vossa colaboração para verificar se falta alguma presença. Hoje quero apenas fazer uns breves comentários sobre os quadros que apresento. Não estejam os jogadores ansiosos pela hipótese de marcar o 10.000º ponto de Portugal. Com os resultados em falta, esse numero já foi com, toda a certeza, ultrapassado. Em termos desse tipo de registo, o próximo deverá ser o 500º jogo da equipa, já que por agora ainda vamos no jogo 472. É clara a tendência para que o maior numero dos nossos adversários sejam europeus, fruto especialmente da participação no Campeonato da Europa. Como é curioso, também, o facto de já termos defrontado 67 seleções de outros tantos países, mais de metade das quais (36) da Europa. Ah, já me esquecia de referir um dado muito interessante: a única derrota da nossa seleção frente a equipas de clube foi contra o Cascais do Nuno Durão, Tomás Morais e Companhia, em Madrid em 2000, num torneio de preparação para o torneio de apuramento para a 2ª RWC. Um belo “galardão” para ter na prateleira...E não se esqueçam que é já amanhã que se sabe da decisão da Comissão Executiva do COI. É altura de , todos juntos, dar-mos o último empurrão àquela CE, de tal forma que só se pare na área de validação e se marque o ensaio mais desejado. Atenção malta, ao meu sinal...

12 de agosto de 2009

ESPERAMOS COLABORAÇÃO

Publico hoje os mapas referentes aos jogos da nossa seleção com equipas da Europa e da Oceania. Amanhã será a vez de um mapa resumo, e de um outro com a caracterização dos adversários por continente. De notar que, além das faltas de resultados já referidas na segunda feira, também faltam os jogos e os resultados da participação no Lisboa Sevens 1993 (com exceção do jogo com os USA), e jogos e resultados correspondentes à fase de grupos do Torneio de Apuramento para o Campeonato da Europa em Madrid no ano de 2002 (apenas tenho os resultados dos jogos dos quartos, meia e final). Conforme expliquei na segunda feira, além dos resultados, falta também a lista dos jogadores participantes em cada torneio e os marcadores dos pontos. Essa parte do trabalho, estou a fazer com o Bernardo Rosmaninho – na verdade é ele quem está responsável por reunir os elementos – e agradeço desde já qualquer contributo que queiram prestar. Esses contributos devem trazer as seguintes informações: 1º Torneio e data; 2º Jogos realizados e respectivos resultados; 3º Lista dos jogadores participantes ou em cada jogo, ou no conjunto do torneio; e, finalmente, 4º Os pontos marcados por cada jogador, ou em cada jogo, ou no total do torneio. Podem mandar para mim (mrrcabral@gmail.com) ou para o Rosmaninho (bernardorosmaninho1984@gmail.com), que desde já agradecemos. Prometemos publicar esses e os outros elementos em tempo oportuno, e aí serão referidos os créditos de todas as informações prestadas. Para terminar a conversa de hoje, quero apenas lembrar que é já na sexta feira que a Comissão Executiva do Comitê Olímpico Internacional decide quais serão os dois desportos a apresentar como candidatos a fazerem parte do programa Olímpico, no primeiro fim de semana de Outubro. Pensem nisso e – mal não faz – nos vossos sonhos “empurrem” os membros daquela CE a votar no nosso rugby! Pensamentos positivos, malta!

10 de agosto de 2009

JOGOS OLÍMPICOS E JOGOS DA NOSSA SELEÇÃO

Todos ouviram falar da hipótese dos Sevens passarem a fazer parte do programa Olímpico a partir dos Jogos de 2016. Essa decisão será tomada na Assembléia Geral do Comitê Olímpico Internacional que terá lugar nos próximos dias 2 e 3 de Outubro. Mas nessa Assembléia apenas dois desportos serão considerados e votados. E apenas com 50% mais um dos votos dos 115 membros do COI eles serão integrados. Mas antes dessa votação, há um passo muito importante que vai ser dado esta semana. Na verdade, é na reunião da Comissão Executiva do COI que se vai realizar nos dias 13 e 14, na Alemanha, que será tomada a decisão de quais serão - entre um grupo de seis a saber: Rugby, Golfe, Karate, Softbol, Basebol e Corriddas em Patins - os dois desportos candidatos à inclusão, a apresentar à votação na tal Assembléia de Outubro. Ou seja, para chegar à votação, o rugby terá primeiro de ser uma das duas modalidades escolhidas pela C.E. do COI, esta sexta-feira. Enquanto esperamos por essa decisão, vou tornar públicos alguns dados da nossa seleção de sevens que a FPR não tem, ou não divulga. Mas passo a explicar: criei uma base de dados com (quase...) todos os jogos realizados pela seleção nacional, desde 1992, altura em que ela foi pela primeira vez formada. Infelizmente ainda não consegui arranjar os seguintes dados: Resultados dos jogos realizados no Torneio de Benidorm em 1992, e os pontos marcados e sofridos nos jogos do Torneio de Catania em 1992, no apuramento para a 1ª RWC (com exceção para o último jogo contra a Espanha). De resto creio que consegui reunir todos os torneios em que participámos, o resultado de todos os jogos, onde foram disputados esses torneios e quando. Para a informação ficar completa falta apenas (eheheh...) a lista dos jogadores participantes em cada torneio e os marcadores dos pontos. Hoje ficam aqui os jogos contra equipas de África, da Ásia e das Américas. Quarta-feira publicarei os jogos contra equipas da Oceania e da Europa, e na quinta feira à tarde, um Mapa Resumo de todos os jogos, e um outro com a distribuição geográfica e por tipo de equipa, dos nossos adversários. Divirtam-se e façam força para a Comissão Executiva do COI acordar com as botas calçadas. O seu Presidente, Jacques Rogge foi internacional de rugby pela Bélgica... Será que isso ajuda?